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Marinha incorpora corveta Barroso à esquadra nacional

Embarcação chega com atraso de 14 anos e fará escolta de navios de primeira classe, como porta-aviões

Por Alexandre Rodrigues
Atualização:

Depois de 14 anos de atrasos por falta de recursos e R$ 263 milhões investidos, a Marinha finalmente agregou à sua esquadra a corveta Barroso. A cerimônia de incorporação da corveta à Armada Brasileira contou ontem com a presença do ministro da Defesa, Nelson Jobim, e do comandante da Marinha, almirante Júlio de Moura Neto, no Arsenal da Marinha, zona portuária do Rio. A embarcação de 103 metros de comprimento pode atingir velocidade máxima de 26 nós (59 km/h)e tem autonomia de 30 dias no mar. A corveta, cuja construção foi iniciada em 1994 e retomada há três anos, é uma embarcação de segunda classe empregada na escolta de navios de primeira classe, como o porta-aviões São Paulo. A Marinha do Brasil tem 27 embarcações desse porte e já anunciou planos para dobrar esse número. No último dia 15, a Força lançou edital para a construção de quatro novos navios-patrulha como parte do programa de reaparelhamento. Segundo informações da Marinha, a incorporação da corveta aumenta a capacidade do Brasil de proteger as plataformas oceânicas brasileiras de produção de petróleo. A primeira missão da embarcação deverá ser a Operação Atlântico, que vai simular, em setembro, ataques a plataformas no litoral brasileiro. O exercício mobilizará cerca de 10 mil militares das três Forças Armadas. O ministro da Defesa assistiu ao embarque da tripulação de 20 oficiais e 125 praças e visitou as dependências da embarcação de 103 metros de comprimento. Jobim estava acompanhado de sua mulher, Adrienne Sena, que deixou o navio usando um boné com a inscrição da corveta. Adrienne também recebeu flores dos marinheiros. A corveta Barroso tem 57% dos sistemas de bordo de origem nacional. A embarcação é o quinto navio brasileiro a ser batizada com o nome do Almirante Barroso, herói da Batalha do Riachuelo durante a Guerra do Paraguai (1865).

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