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Marqueteiro de Temer diz que tem relação com grupo JBS desde 2010

Publicitário Elsinho Mouco divulgou nota nesta sexta-feira

Por Carla Araujo e de Brasília
Atualização:

Marqueteiro do presidente Michel Temer, o publicitário Elsinho Mouco divulgou nota nesta sexta-feira para explicar a sua relação com os executivos do grupo JBS. Segundo ele, sua relação com o grupo começou em 2010, quando foi procurado para desenvolver trabalho de marketing político para a pré-candidatura ao governo de Goiás de um de seus sócios, Júnior Batista, irmão de Joesley. "Em 2014, fui novamente contratado com o mesmo objetivo, mas, pela segunda vez, Junior desistiu da candidatura. Em ambas as ocasiões as notas fiscais foram emitidas normalmente", diz.

Em pronunciamento no Palácio do Planalto, Michel Temer disse que não comprou silêncio e não renunciará Foto: DIDA SAMPAIO / ESTADÃO

De acordo com o site O Antagonista, Elsinho teria recebido R$ 3 milhões em propina da JBS na campanha de 2010. O site diz ainda que em 2012, Temer pediu mais R$ 3 milhões para a campanha de Gabriel Chalita, cujo marqueteiro seria também Elsinho. E, em 2016, o dono da JBS teria dado R$ 300 mil em espécie ao marqueteiro para que ele organizasse a defesa de Temer na internet. Elsinho diz ainda que, em 2012, não foi o responsável pelo marketing político da campanha de Chalita à prefeitura de São Paulo. "Não tive contrato nem contato algum com a família Batista, da JBS". O marqueteiro diz ainda na nota que em meados de 2016 recebeu um convite de Joesley para ir à sua casa para tratar de comunicação digital. "Chegando lá, me reuni com ele, com seu pai, José Batista, e seu irmão Wesley. Discutimos o momento político do país e as possibilidades de Júnior Batista se candidatar", explica. "Depois desta introdução, comentei que vinha auxiliando o então vice-presidente Michel Temer com um trabalho de defesa digital. Joesley mostrou-se interessado em ajudar, bem como contratar o mesmo serviço para o seu grupo. Isto pode ser confirmado pela troca de mensagens que mantivemos posteriormente", afirma o marqueteiro. Por fim, em sua nota, Elsinho explica que recentemente, "no auge da crise provocada pela operação Carne Fraca", recebeu uma mensagem de Joesley. O empresário queria saber sobre sua disponibilidade para fazer novamente a defesa digital da JBS. "Foi o último contato que tivemos", finaliza o marqueteiro. 

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