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MST ocupa praça dos Três Poderes e cobra reforma agrária

Marcha acontece durante realização do 5º Congresso do movimento, em Brasília

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Por Redação
Atualização:

Os 18 mil integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) que participam de 5º Congresso Nacional do movimento, em Brasília, ocuparam nesta quinta-feira, 14, às 16 horas, a Praça dos Três Poderes durante a marcha para cobrar a reforma agrária. Os sem-terra estenderam uma faixa preta com 32 metros de extensão por 5 de altura, com os dizeres "Acusamos os Três Poderes de impedir a Reforma Agrária" na fachada do monumento a Juscelino Kubitschek de Oliveira, no centro da praça. Na passagem pelo Itamaraty, os sem-terra devem pedir a retirada das tropas brasileiras do Haiti e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), a anulação da privatização da Companhia Vale do Rio Doce. João Pedro Stédile e outros líderes estavam à frente da manifestação. A multidão se aglomerou junto ao alambrado que separa a praça do Palácio do Planalto e passou a gritar palavras de ordem. Às 16h45, participantes da marcha continuavam chegando à praça. A Polícia Militar do Distrito Federal mobilizou 1.100 homens para acompanhar a manifestação. Mais pressão Na quarta-feira, o dirigente nacional do movimento Gilmar Mauro disse que o governo Lula seria "mais pressionado" pelo MST no final do seu governo do que foi até agora. Para Mauro, esta seria uma forma, de conseguir algum avanço na reforma agrária ainda no atual governo. Apesar das críticas do MST ao governo, o senador Eduardo Suplicy (PT) pediu diálogo com o presidente Lula e foi aplaudido pelos sem-terra que lotavam o ginásio Nilson Nelson. "Que possa o governo Lula realizar um governo de acordo com os anseios de vocês", disse. O movimento quer, de imediato, a retomada dos assentamentos e a mudança nos índices de produtividade para ampliar a desapropriação de terras pouco produtivas. Também pretende apressar a discussão sobre a limitação no tamanho da propriedade e a compra de terras por grupos estrangeiros. A pressão será feita através de marchas e invasões. "A ocupação é a forma de luta mais contundente." Ao mesmo tempo, o MST planeja "abrir o diálogo" com a sociedade sobre a nova reforma agrária.

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