PUBLICIDADE

Para Falcão, decisão do STF é 'caminho aberto' para atingir o PT

Presidente do PT associa processo que pode levar à cassação da sigla no TSE com entendimento do Supremo de que doação declarada pode ser 'propina disfarçada'

PUBLICIDADE

Foto do author Julia Lindner
Foto do author Vera Rosa
Por Julia Lindner e Vera Rosa
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente do PT, Rui Falcão, avaliou que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de admitir que doações eleitorais podem ser propina é "caminho aberto" para atingir o partido. Ao abrir ação penal contra o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) na Operação Lava Jato, esta semana, ministros da Corte acolheram tese da Procuradoria-Geral da República de que "caixa 1" pode maquiar ilegalidades.

O presidente do PT, Rui Falcão Foto: Beto Barata/AFP

"Essa decisão de considerar doação declarada em propina é um caminho aberto para tentar atingir o PT, em relação ao qual existe um pedido de cassação do registro baseado em supostas doações feitas no exterior", afirmou Falcão durante encontro com parlamentares. Em agosto do ano passado, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, determinou a abertura de processo contra a sigla. O processo tem como base a prestação das contas da campanha da presidente Dilma Rousseff e do Comitê Financeiro do PT em 2014, aprovadas com ressalvas, devido às suspeitas de irregularidades detectadas à época. A corte eleitoral utilizou informações da Operação Lava Jato, que levantou indícios de que o esquema de desvio de recursos na estatal abasteceu o caixa da legenda. Nesta quinta-feira, 9, o PT promove um encontro de parlamentares petistas para discutir a reforma da Previdência. O evento, que o tem como tema "Contra o Desmonte da Previdência", contou com a presença, na abertura, da líder do PT no Senado, Gleisi Hoffmann (PR), do líder da minoria no Senado, Humberto Costa (PE), do líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP) e do líder da minoria, José Guimarães (CE).