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PL se divide sobre apoio a Lula

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Por Agencia Estado
Atualização:

O pré-candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, terá de disputar o apoio do PL com outros dois prováveis adversários em 2002: a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), e o governador do Rio, Anthony Garotinho (PSB). Isto porque alas do PL já defendem o apoio a Roseana diante do resultado favorável nas pesquisas eleitorais. Um outro grupo, liderado pelo deputado Bispo Rodrigues (PL-RJ), quer ver o partido sustentando a candidatura Garotinho. O presidente nacional do PL e líder do partido na Câmara, Valdemar Costa Neto (SP), é um dos articuladores da aliança com Lula. Mas, segundo ele, a maioria dos 246 prefeitos do PL resiste à idéia. "A militância do PT, que é contra a aliança com o PL, faz oposição às administrações de nossos prefeitos. Daí, as dificuldades para convencê-los." Na Bahia, onde o PL é ligado ao ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL), os prefeitos do partido têm pressionado a direção nacional a fechar um acordo com Roseana. O deputado Eujácio Simões (PL-BA) vem articulando a realização de uma prévia, o que, na sua avaliação, pode ajudá-lo a aprovar a aliança com o PFL. "Como é que nós vamos apoiar a Roseana, se nós assumimos a oposição ao governo Fernando Henrique?", pergunta Bispo Rodrigues. Ele negocia com Garotinho uma aliança por considerar que há afinidades entre o governador e seu partido. "Além de ser evangélico, o governador tem um perfil mais liberal que o Lula." Para convencer o PL a apoiar Lula, o PT tem um trunfo: oferecer a vaga de candidato a vice ao senador José Alencar (PL-MG). "A aliança com o PL passa pela indicação do senador a vice na chapa encabeçada por Lula", diz o líder do PT no Senado, José Eduardo Dutra (SE). "Se Alencar não for vice, nem o PL vai querer a aliança com o PT nem os petistas vão aceitar a aliança com o PL."

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