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PMDB muda tom de críticas a Dilma e aguarda decisão sobre ministérios

Em meio às discussões sobre a reforma ministerial, partido deve aguardar definição da presidente sobre as pastas até o final do mês para tomar alguma iniciativa sobre o apoio ao PT

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Por Erich Decat
Atualização:

Brasília - Integrantes da cúpula do PMDB baixaram o tom das críticas à presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira, 16, e decidiram que o momento é de espera quanto a uma definição dos espaços da legenda no governo.

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"Não temos que ficar cobrando nada. Esse assunto de cargos é algo que a presidente deve resolver", afirmou o presidente em exercício do PMDB, senador Valdir Raupp.

O tom mais ameno difere das declarações de alguns caciques do partido, dadas na terça-feira,14, um dia após Dilma negar ampliar para seis o número de ministérios do partido.

Na ocasião, reservadamente, alguns peemedebistas chegaram até a defender a entrega dos atuais ministérios (Minas e Energia, Agricultura, Previdência, Turismo e Aviação Civil) e antecipar a convenção do partido, evento em que será batido o martelo sobre a aliança com o PT para as próximas eleições de outubro.

Um dos motivos da mudança do tom é o fato de Dilma ter dito em encontro realizado na noite de quarta, 15, com o vice-presidente Michel Temer e com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que ainda não há uma "questão fechada" sobre a reforma ministerial. Além dos atuais ministérios, o PMDB quer comandar a pasta de Integração, com o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).

A expectativa da cúpula da legenda é que o desenho da reforma ministerial seja apresentado no retorno da viagem internacional de Dilma ao Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), prevista para o próximo dia 22.

"Vamos aguardar. As conversas estão em andamento", disse o ministro de Aviação Civil, Moreira Franco.

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Jantar. Após encontro com Dilma na quarta, Temer se reuniu com integrantes da cúpula da legenda no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente, em Brasília. Além de discutir a relação com o governo, foi colocado em pauta o mapa de alianças nos Estados.

Segundo Raupp, entre os Estados com maior problema com o PT está o Rio de Janeiro e o Ceará. No Rio, o PMDB tenta emplacar a candidatura do vice-governador, Luiz Fernando Pezão. O PT, no entanto, defende a candidatura do senador Lindbergh Farias. No Ceará, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, tenta fechar um apoio com os petistas para a sua candidatura ao governo local. O PT, no entanto, pode fechar aliança com o Pros, comandado pelo governador Cid Gomes.

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