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Prefeito bolsonarista de Vitória briga com o governador do Espírito Santo e não vai a desfile

Lorenzo Pazolini, que rompeu com Renato Casagrande em maio, foi substituído no evento cívico-militar por Arnaldinho Borgo, prefeito de Vila Velha

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Por Redação
Atualização:

Mais do que celebrar a Independência do Brasil, este ano, o 7 de Setembro em Vitória (ES) será lembrado por atritos e rivalidades políticas. A cidade teve ausência do prefeito no evento oficial de comemoração da data, manifestações a favor do governo de Jair Bolsonaro (PL) e passeatas do 28.º Grito dos Excluídos — movimento defensor dos direitos das minorias.

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Conhecido como “bolsonarista radical”, Lorenzo Pazolini (Republicanos) e representantes do município não compareceram ao desfile cívico-militar da Independência do Brasil, em Vitória. Segundo o jornal Folha de Vitória, a ausência ficou evidente durante o momento de hastear as bandeiras do Brasil, do Espírito Santo e de Vitória, quando o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos), precisou assumir o posto de Pazolini.

Até o momento, Pazolini não divulgou o motivo para não comparecer ao evento, mas esteve ativo nas redes sociais. Nos bastidores, especula-se que seja pela rivalidade com Renato Casagrande (PSB), governador do Espírito Santo. Casagrande marcou presença no desfile ao lado da chefe do Ministério Público do Estado, Luciana Andrade, do superintendente da Polícia Federal, delegado Eugênio Ricas, e de alguns deputados e autoridades militares.

Ao ser questionado, o governador afirmou que o prefeito de Vitória foi convidado, assim como todos os outros prefeitos do Estado. “O prefeito (Pazolini) deve ter tido outro compromisso mais importante”, disse ao jornal Folha de Vitória.

Os atritos entre o prefeito e o governador se acentuaram em maio deste ano, quando Pazolini acusou Casagrande de envolvimento em um esquema de corrupção em contratos da administração pública sem dar detalhes. A Procuradoria-Geral do Espírito Santos acionou o prefeito, exigindo detalhes do suposto esquema, mas até agora não obteve resposta. Em entrevista ao site ES360, Casagrande disse que vai “até as últimas consequências” contra o prefeito.

Manifestações

Além do desfile cívico-militar, a rivalidade política também esteve presente em Vitória durante outros atos. A cidade capixaba teve várias avenidas e, inclusive, a BR-262 bloqueada em determinados trechos devido a manifestação em apoio ao governo de Jair Bolsonaro (PL).

Em contrapartida, a 28ª edição do Grito dos Excluídos também ocupou várias ruas de Vitória. O grupo foi criado para defender os direitos das minorias “excluídas” da Independência do Brasil. Neste ano, os atos também se colocam como opositores do governo atual.

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