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Presidente da Alesp convoca reunião de líderes para tentar desfazer ‘acampamento’ e fila por CPIs

Assessores parlamentares estão nos corredores da Casa desde a tarde de ontem para garantir a instauração de investigações de interesse dos deputados

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Foto do author Davi Medeiros
Por Davi Medeiros
Atualização:

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) busca uma solução para a fila de assessores parlamentares que se formou na Casa na tarde desta terça-feira, 21, se estendeu pela madrugada e permanece na manhã desta quarta-feira, 22, em busca de vagas para protocolar Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) e apresentar projetos. A assessoria do presidente André do Prado (PL) informou que ele convocou colégio de líderes para as 11 horas e tentará um acordo para desfazer a aglomeração nos corredores. Os líderes de todos os partidos participarão da reunião, que ocorrerá a portas fechadas.

Servidores formam uma longa fila no corredor da Alesp para apresentar as proposituras definidas pelos seus deputados.  Foto: Werther Santana/Estadão

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Segundo a assessoria do presidente, a tentativa de acordo vai na direção de ordenar a apresentação de proposituras e, assim, anular a necessidade da fila. Como mostrou o Estadão, pelo menos 48 assessores parlamentares “acamparam” e passaram a noite na Alesp em busca de garantir um lugar para os deputados no rito de protocolo de requerimentos, que ocorrerá na sexta-feira, 24.

A disputa se deve ao fato de a Casa permitir o funcionamento de no máximo cinco CPIs simultaneamente, o que leva parlamentares da oposição e da base a se apressarem para propor a instauração de investigações de interesse próprio ou de aliados. As CPIs têm início por ordem de protocolo.

Ontem à noite, a Alesp afirmou em nota que não cabe à Mesa Diretora cercear a liberdade dos deputados de formar uma fila na Casa, mas o presidente está pessoalmente incomodado com a situação e quer resolvê-la, segundo a sua assessoria. A primeira tentativa de solucionar o caso foi distribuindo senhas para os assessores parlamentares, mas a fila continuou, já que representantes de outros deputados poderiam tomar os primeiros lugares à porta do plenário e pedir anulação das senhas.

A Assembleia tem um sistema on-line para receber protocolos que, em tese, tornaria desnecessária a fila. Contudo, um terço dos deputados da nova legislatura são novos na Casa e nem todos ainda têm acesso ao sistema.

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