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PT paulista apóia antecipação da eleição interna para este ano

De acordo com as normas do estatuto, as escolhas deveriam ser feitas apenas em 2008

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Por Clarissa Oliveira
Atualização:

O PT paulista confirmou no fim da tarde deste domingo, 5, o apoio à proposta de antecipar para o fim deste ano a escolha de todas as direções do partido. De acordo com as normas do estatuto, as escolhas deveriam ser feitas apenas em 2008. Durante a etapa estadual do 3º Congresso da legenda, realizada neste fim de semana na capital paulista, 710 dos 1.290 delegados que compareceram à votação foram favoráveis a que a escolha das novas direções ocorra entre fim de novembro e começo de dezembro. Os contrários totalizaram 573(44,4%) e 7 votos brancos e nulos foram computados.   Berzoini, em outra ocasião, negou que a antecipação das eleições seja uma tentativa de encurtar seu mandato, como desejavam setores do PT contrários ao seu grupo, o antigo Campo Majoritário, e afirmou apoiar a iniciativa. O deputado teve seu nome envolvido na compra de um suposto dossiê contra adversários do PSDB nas eleições de 2006.   A decisão não é determinante para que a eleição de fato seja realizada este ano, já que somente a etapa nacional do Congresso, marcada para o fim deste mês, baterá o martelo em relação ao assunto. Ainda assim, a etapa paulista ajuda a trazer ânimo aos apoiadores da proposta. Isso por que, no Estado de São Paulo, são escolhidos entre 30% e 40% do total de delegados do Congresso Nacional.   Neste domingo, os delegados que participaram do encontro já haviam votado a proposta por meio de um sistema em que cada um levanta um cartão para manifestar o apoio ou rejeição. A dificuldade de determinar visualmente qual posição obteve maioria levou a direção do Congresso a buscar a confirmação por meio do voto em urna.   O PT paulista também aprovou a proposta de reduzir de três para dois anos a duração dos mandatos dos dirigentes. Nesse caso, a sugestão recebeu 665 votos a favor e 618 contra. Brancos e nulos totalizaram 7 votos.   A etapa paulista do Congresso escolheu ainda os 264 delegados que sairão do Estado para compor o Congresso Nacional. O antigo Campo Majoritário, tendência integrada por nomes como o ex-ministro José Dirceu e o presidente da legenda Ricardo Berzoini, ficou com 112 vagas. O grupo Novo Rumo, composto em boa parte por dissidentes do Campo ligados à ministra Marta Suplicy, terá 51 representantes no Congresso.   A terceira corrente com maior expressão na votação foi o PT de Luta e de Massa, ligado à família Tatto, com 35 votos. O grupo Mensagem ao Partido terá 26 delegados. O Movimento PT, grupo do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, ficou com 20 delegados. Já a Esperança é Vermelha, representada por nomes como Valter Pomar, terá 10 representantes. As demais correntes terão, juntas, 10 delegados.

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