Simão Pedro também falou na entrevista sobre o contrato de coleta e varrição do lixo na cidade,que considera "muito favorável às empresas e pouco favorável à ação da Prefeitura." Ele diz que pretende aprimorar a fiscalização, reestruturando a Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), que, segundo ele, foi encontrada "desaparelhada" e "sucateada". Sobre a iluminação, o secretário afirmou que a cidade precisa de mais 16 mil pontos de luz, meta que considera "factível" de ser cumprida até o fim do mandato do prefeito Fernando Haddad, em 2016.
O secretário de Serviços é o sexto convidado da série de entrevistas transmitidas pela TV Estadão com a nova equipe composta por Fernando Haddad na Prefeitura. O encontro foi transmitido ao vivo, a partir das 11h30, e aberto à participação dos internautas, que podem enviar perguntas pelo Twitter, usando a hashtag #estadaosecretarios, ou pelo Facebook do Estado.
Ex-deputado estadual, Simão Pedro foi um dos coordenadores da campanha de Haddad nas eleições municipais. Ele será responsável pelos maiores contratos da Prefeitura: os da coleta do lixo e da varrição, de R$ 20 bilhões pelo período de 20 anos. Entre os seus desafios estão melhorar o serviço de limpeza, um dos pontos críticos da última gestão, e ampliar a coleta seletiva.
Nesta sexta, 1º de fevereiro, A TV Estadão entrevista o presidente da SPTuris, Marcelo Rehder. Já participaram da série o titular da Segurança Urbana, Roberto Porto; o titular da Promoção da Igualdade Racial, Netinho de Paula; o secretário de Esportes, Celso Jatene; o titular da Educação, César Callegari e o responsável pela pasta de Relações Governamentais, João Antonio.
Acompanhe os melhores momentos da entrevista:
12h09 - "Pretendemos abrir o sinal (de rede de internet sem fio) até junho em alguns lugares", disse o secretário, mencionando a Avenida Paulista e a região de Cidade Tiradentes como potenciais endereços. De acordo com Simão Pedro, a ideia é abrir os pontos em ao menos cinco ou seis pontos, de início. "Cidades mais pobres que São Paulo já têm", diz o secretário, citando o exemplo de Osasco.
12h04 - O secretário afirma que falta informatização para fiscalizar os grande geradores. "Constatamos essas deficiências e temos que fazer um trabalho forte para que tenhamos uma autarquia funcionando". A respeito de banda larga e acesso à internet sem fio: "É um absurdo uma cidade como SP não oferecer esse serviço ainda (em lugares públicos)". Segundo ele, Haddad pediu para que ele estruture esse serviço, que será transferido para a secretaria. "Os próprios telecentros estão defasados, perderam a identidade", diz. Uma nova licitação deve feita para o fornecimento dos materiais para os telecentros, informa o secretário de Serviços.
12h00 - A respeito dos grandes geradores de lixo, que têm que contratar empresas para coleta, o secretário afirma que a Guarda Civil já foi contratada e que há mais de mil processos de multa em andamento. "Encontrei um departamento de limpeza urbana em transição e desaparelhado. A última pintura foi feita na gestão da Marta Suplicy". "O departamento está completamente sucateado. Estamos remontando a Anlurb", afirma, citando que funcionários chegavam a levar água da própria casa para o departamento.
11h58 - Sobre lixo em terrenos baldios, perguntada de internautas, o secretário reafirma que o contrato atual dá pouca margem de fiscalização à Prefeitura. "Queremos criar um sistema de fiscalização mais eficiente, inclusive com a participação do cidadão". "Apenas um terço do entulho da cidade vai para aterros", diz o secretário, segundo quem há cerca de 800 pontos viciados de descarte irregular de lixo. Na Grande SP seriam 1,5 mil.
11h56 - O secretário disse que já teve conversas com o sindicato da construção civil e outras entidades. Este ano haverá uma conferência nacional sobre os resíduos sólidos. "É uma grande oportunidade para discutir o tema", acredita Simão Peedro.
11h53 - São Paulo coleta pouco mais de 1% do lixo reciclado e, mesmo assim, houve atrasos no começo do ano. "Hoje o registrado é 1%, 1,5%, mas temos vários pontos alternativos sem controle." Segundo o secretário, estamos atrasados em relação às centrais de reciclagem. "Hoje tenho a primeira reunião com o movimento nacional de catadores", diz. "Vamos estudar a situação de cada uma das cooperativas. Hoje, o sistema é muito paternalista, a Prefeitura faz tudo". Segundo Simão Pedro, pode ser estudada a possibilidade de empresas entrarem no serviço da coleta, em um sistema misto.
11h51 - Sobre a coleta de lixo no Brás: "Vamos iniciar a partir do dia 6 uma campanha de informação e pedido de apoio", menciona, para que a coleta seja feita de manhã, entre 7h e 9h30, evitando que o lixo seja remexido durante à noite e madrugada, quando a coleta era feita.
11h50 - "Certamente vamos ter que ter uma negociação para melhorar os contratos, que são muito favoráveis às empresas e pouco favoráveis à ação da Prefeitura."
11h48 - Segundo o secretário, a Subprefeitura da Sé, com cerca de 2 milhões de habitantes, tem oito fiscais apenas. "Precisamos aprimorar isso", menciona.
11h45 - Sobre a coleta de lixo residencial e comercial: cita que houve um corte de 18% nos contratos, o que postergou os investimentos, como ampliação da coleta aos domingos e da coleta seletiva. "A gestão de Kassab pagou o primeiro reequilíbrio e foi possível trazer de volta investimentos." Seria possível implantar mais 17 centrais de reciclagem até 2016, diz ele. "Ganhamos a possibilidade de melhorar a gestão e recuperar investimentos, alguns dos quais já deveriam ter sido feitos." Em relação aos novos contratos, como para capinação e limpeza de rua: "Identificamos muitos problemas: primeiro, a baixa capacidade de fiscalização".
11h42 - "Nossa grande preocupação é com mobilidade urbana", diz Simão Pedro, sobre o aterramento de fios de postes. Ele ressalva, porém, que o assunto não é inteiramente de sua alçada. O papel da iluminação sobre a segurança: "A Guarda Civil fez um levantamento sobre os locais onde foi detectada a falta de iluminação", diz. "Nossa ideia é dar total prioridade no reforço da iluminação nos locais menos seguros. Para que possamos contribuir com a melhoria da sensação de segurança".
11h40 - A cidade precisa de 16 mil novos pontos de iluminação, diz o secretário. "É uma meta factível de ser alcançada em quatro anos", diz Simão Pedro. O programa Iluminação e Cidadania está sendo preparado, afirma, para que locais-chave, como escolas e hospitais, não enfrentem a falta de luz.
11h39 - Segundo o secretario a Ilume está sendo reforçada e ele defende que mais de uma empresa presto os serviços.
11h36 - Sobre a iluminação pública, Haddad diz que quer rever o contrato. Simão Pedro: "Hoje uma unica empresa cuida de toda a iluminação", explica. "A Ilume perdeu a possibilidade de fazer gerenciamento, porque foi tudo terceirizado", diz. "Queremos reforçar a Ilume para que ela recupere seu papel de fiscalizadora e planejadora do sistema de iluminação".
11h37 - Começa a entrevista