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Simone Tebet e Sergio Moro se tornam rostos das estratégias petistas e bolsonaristas; leia análise

A questão é saber se eles podem - efetivamente - transformar apoios em votos neste segundo turno

Foto do author Daniel Fernandes
Por Daniel Fernandes

Domingo, durante o primeiro debate entre presidenciáveis neste segundo turno, a surpresa da noite ficou por conta de Sergio Moro. O ex-juiz e ex-ministro, senador eleito, apareceu com destaque ao lado de Jair Bolsonaro. É a resposta bolsonarista ao apoio a Lula da ex-candidata, e atual senadora, Simone Tebet.

Tebet e Moro serão capazes de trazer votos para seus escolhidos?

Marina Silva, Arminio Fraga e Simone Tebet em agenda nesta terça-feira. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

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Difícil afirmar com precisão, mas uma coisa é possível escrever com relativa certeza: ambos passam a ser os rostos de parte importante das estratégias adotadas pelos presidenciáveis neste segundo turno.

De um lado, Tebet representa a proposta do PT de caminhar ao centro do espectro político, de dialogar com uma fatia maior do eleitorado, com uma parcela maior da sociedade. Prova cabal foi o evento do qual a senadora participou na segunda-feira ao lado de Marina Silva e Armínio Fraga. Eles pediam votos a Lula no segundo turno.

Marina Silva acaba de ser eleita como deputada federal pela Rede Sustentabilidade. Foto: José Jácome/EFE

Do outro lado, está Sergio Moro. O rosto mais conhecido da operação Lava Jato, durante anos considerado o símbolo da luta contra corrupção, se tornou o cabo eleitoral de Bolsonaro. Não por acaso, o atual presidente focou boa parte da sua fala no debate do fim de semana no tema da corrupção, que é delicado ao petista.

Mas o teto de Moro é de vidro, enquanto Tebet saiu da eleição maior do que entrou. De acordo com relatório da empresa de monitoramento de redes sociais Torabit, de 160 mil menções analisadas até o momento sobre a participação de Moro no debate, 76% eram negativas - 14% eram positivas e, outras 10%, neutras.

Mas eleições são eleições e essa rejeição pode não significar nada: bem-vindos à reta final do segundo turno da eleição presidencial.

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