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Souza faz nova denúncia no mensalão tucano

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Por Mariângela Gallucci e BRASÍLIA
Atualização:

O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que inclua no inquérito que apura o esquema do mensalão tucano uma nova acusação por peculato contra Eduardo Guedes, ex-secretário de comunicação do governo de Minas Gerais. Multimídia: Saiba mais sobre o esquema do mensalão tucano Souza tomou a iniciativa depois de ter analisado documentos recentes que, segundo ele, comprovam que Guedes também teria se envolvido com um desvio de R$ 500 mil do Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge). Segundo o procurador, na época em que Guedes era secretário, ele remeteu um ofício ao presidente do Bemge determinando que um evento fosse patrocinado pelo banco. Guedes não foi encontrado ontem. A denúncia no inquérito do mensalão mineiro foi feita em 2007 contra um grupo de pessoas acusadas de peculato e lavagem de dinheiro. Entre elas estão o senador Eduardo Azeredo (PSDB) e o ex-ministro Walfrido Mares Guia (PTB). Conforme as acusações do Ministério Público, o esquema do mensalão tucano teve a participação do empresário Marcos Valério, que também foi acusado de envolvimento com o mensalão petista. O esquema teria funcionado na época da campanha de Azeredo à reeleição ao governo mineiro, em 1998. Segundo o Ministério Público, teriam sido desviados pelo menos R$ 3,5 milhões dos cofres públicos para a campanha. Reiteradas vezes, Azeredo disse que não houve mensalão em Minas Gerais e que as questões financeiras da campanha de 1998 não eram de sua responsabilidade. MENSALÃO PETISTA Ontem, em Belo Horizonte, o ex-ministro Mares Guias depôs por mais de duas horas como testemunha arrolada pela defesa de Marcos Valério no processo do mensalão petista que tramita na Justiça Federal. "Não escolhi vir, mas fui intimado; vim e virei tantas vezes quantas eu for intimado", disse. Ele negou ter relacionamento com o empresário acusado de ser operador do esquema denunciado em 2005 e ter conhecimento sobre distribuição de recursos a parlamentares. O próprio Marcos Valério, muitos quilos mais magro, acompanhou o depoimento. O empresário, que foi solto em janeiro, depois de passar três meses no presídio de Tremembé (SP), acusado de envolvimento em crimes de sonegação fiscal, não quis falar com a imprensa. COLABOROU IVANA MOREIRA

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