Suíça pede ajuda do Panamá e amplia investigação contra envolvidos na Lava Jato
Cunha, ex-diretores da Petrobrás e offshores da Odebrecht são citados nos Panama Papers
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Por Jamil Chade e correspondente
Atualização:
GENEBRA - A Justiça suíça amplia as investigações contra políticos brasileiros, ex-executivos da Petrobrás e offshores da Odebrecht. O governo suíço solicitou a cooperação do Panamá, Holanda e de Liechstenstein para apurar o destino de milhões de dólares identificados nas contas de bancos do país e que teriam sido transferidos ao exterior, entre eles o de Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados.
O pedido de cooperação ocorre no momento em que as revelações dos Panama Papers apontam que políticos como Eduardo Cunha teriam aberto a empresa para movimentar os recursos. No caso de Cunha, o foco é a companhia Penbur Holdings, administrada pela consultoria Mossack Fonseca.
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O deputado não é o único. No total, 57 nomes envolvidos na Lava Jato apereceram nos Panama Papers, com a abertura de 107 sociedades offshore. As companhias teriam relações com a Odebrecht, Schahin, Queiroz Galvão e outras. Nomes como o do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, também fazem parte da relação.
A nova cooperação dos suíços foi revelada por dois jornais suíços nesta segunda-feira, 18, entre eles o Tribune de Geneve que cita o caso como "a maior investigação " feita pelo MP suíço em sua história. O Estado confirmou com pessoas próximas ao processo em Brasília que os suíços já haviam informado o Ministério Público brasileiro que iria tomar essa iniciativa. O MP suíço, porém, não respondeu aos pedidos de explicação por parte da reportagem sobre os detalhes do processo.
O objetivo é tentar traçar o destino de pagamentos. A suspeita é de que, com empresas offshore e trusts, os suspeitos tentaram dificultar a identificação do benefiário. No caso de Cunha, o processo foi transferido ao Brasil e, hoje, o deputado tem suas contas bloqueadas. Segundo confirmou ao Estado o MP suíço, Cunha foi informado do congelamento de seus recursos.
Nova fase. O pedido de cooperação internacional por parte dos suíços também reflete a decisão de Berna de passar a uma nova fase nas investigações, solicitando informações de outros países para tentar confiscar recursos que possam ter saído dos bancos do país antes de seu congelamento.
Além de Cunha, outro foco da cooperação internacional se refere às contas da Odebrecht e sua rede de empresas offshore que teriam criado uma rede para camuflar o destino da corrupção. Nos Panama Papers, mais três empresas offshores são citadas e não apareciam nas delações premiadas na Lava Jato: a Davos Holdings e a Crystal Services, além da Salmet Corp.
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As empresas foram usadas para abrir contas no banco suíço PKB. O responsável seria Luis Eduardo Soares, foragido e alvo da Lava Jato.
Defesa. Segundo a imprensa suíça, cerca de uma centena de advogados de Genebra, Zurique e Lugano está envolvida na defesa dos suspeitos, entre eles Cunha.No total, mais de dez escritórios estariam atuando no caso perante o MP suíço, mas também para evitar que os dados sejam transmitidos ao Brasil.
Para liberar recursos bloqueados, os brasileiros suspeitos estão sendo obrigados a deixar 10% do valor confiscado para os advogados, caso consigam a liberação do dinheiro. A taxa é uma praxe comum entre os advogados suíços.
Na semana passada, um informe do MP suíço indicou que " várias centenas de pessoas " estariam implicados na Lava Jato. Na Suíça, cerca de US$ 800 milhões estão congelados, em cerca de mil contas.
Bancos de Genebra como o HSBC, Cramer, Julius Baer e o uso do PKB pela Odebrecht são também citados.
Câmara dos Deputados vota processo de impeachment
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Deputados votam impeachment de Dilma Foto: Andre Dusek/Estadão
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Deputado Weverton Rocha (PDT-MA) discute com colegas e gera empurra-empurra na aberturada sessão de votação do impeachment Foto: ANDRE DUSEK /ESTADÃO
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Imagemde deputados que votam aparece no telão da Câmara Foto: Andre Dusek/Estadão
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Houve gritos e empurra-empurra na abertura da sessão Foto: AFP PHOTO / EVARISTO SA
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A sessão de votação começou com tumulto e interrupções ao discurso de abertura do presidente da casa Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino
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O deputado Paulinho da Força usou o seu tempo para cantar uma paródia de Para Não Dizer Que Não Falei das Flores, de Geraldo Vandré, para criticar o g... Foto: Dida Sampaio/EstadãoMais
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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, abriu a sessão Foto: AFP PHOTO / EVARISTO SA
Deputados pró e contra o governo levaram faixas, cartazes e balões Foto: Dida Sampaio/Estadão
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Ao lado de Jair Bolsonaro, Marco Feliciano e outros deputados da legenda, o parlamentar André Moura criticou o gestão petista Foto: Dida Sampaio/Estadão
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Abertura da sessão de votação teve tumultos e manifestações individuais de parlamentares Foto: DIDA SAMPAIO /ESTADÃO
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Defensor do governo Dilma, o deputado Silvio Costa chamou Eduardo Cunha de "bandido, ladrão e canalha" Foto: Dida Sampaio/Estadão
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O presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB RJ) abre a Sessão Especial de Votação do pedido de Impeachment pelo plenário da Câmara dos Deputados Federa... Foto: DIDA SAMPAIO /ESTADÃOMais
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O presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB RJ) abre a Sessão Especial de Votação do pedido de Impeachment Foto: DIDA SAMPAIO /ESTADÃO
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Aberta a sessão Especial de Votação do pedido de Impeachment pelo plenário da Câmara dos Deputados Federais em Brasília Foto: DIDA SAMPAIO /ESTADÃO
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Deputado Paulo Teixeira (PT SP) questiona o presidente Eduardo Cunha a presença de deputados de oposicão na mesa Foto: DIDA SAMPAIO /ESTADÃO
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O presidente de Honra do PTB Roberto Jefferson e Benito Gama (PTB - BA), que foi presidente da CPI que resultou no Impeachment de Fernando Colllor em ... Foto: ANDRE DUSEK /ESTADÃOMais
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Paulo Maluf (PP SP) declarou , ao chegar à Câmara, que 'não existe motivo jurídico para o afastamento da petista'.Leia aqui Foto: ANDRE DUSEK /ESTADÃO
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O presidente de Honra do PTB Roberto Jefferson conversa comBenito Gama (PTB - BA), que foi presidente da CPI que resultou no Impeachment de Fernando C... Foto: ANDRE DUSEK /ESTADÃOMais
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Roberto Jefferson posou para fotos ao lado da filha Cristiane Brasil e de Arnaldo Faria de Sá Foto: Dida Sampaio/Estadão
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O deputado Orlando Silva (PC do B) se envolveu em discussão com parlamentares da oposição Foto: Andre Dusek/Estadão