Brasília - O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou no dia 5 de fevereiro que sejam colhidos novos depoimentos do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. O pedido foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e tem o objetivo de produzir esclarecimentos sobre fatos narrados pelos dois nas delações premiadas.
Conforme revelou o Estado em dezembro, o ex-diretor Paulo Roberto Costa citou ao menos 28 políticos nos depoimentos de sua delação ao Ministério Público Federal, que conduz as investigações. Os novos depoimentos servem para esclarecer a menção aos políticos feita pelos delatores. Não se trata de nenhum fato novo, mas apenas de "diligências complementares".
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é o responsável por pedir a abertura de inquéritos contra políticos e autoridades com prerrogativa de foro envolvidos no esquema de corrupção e propina envolvendo a Petrobrás. Ele só deve fazer os pedidos após concluir a nova oitiva dos dois investigados.
A expectativa, portanto, é de que o PGR só faça os pedidos de abertura de inquérito ao STF após o carnaval, mas ainda no mês de fevereiro. A condução da colheita dos novos depoimentos deve ser feita pela Polífica Federal, com acompanhamento da PGR.