BRASÍLIA - O presidente das duas CPIs da Petrobrás em curso no Congresso - a do Senado e a mista, integrada por deputados e senadores -, Vital do Rêgo (PMDB-PB), disse ontem ao
Estado
que não acredita em irregularidades nos trabalhos da comissão e não pensa em renunciar ao cargo.
O sr. pediu à Polícia Federal que apure o episódio. Se a PF confirmar a suspeita, vai renunciar ao cargo nas comissões?
Não. Eu vejo que qualquer irregularidade tem que ser apurada. Não tenho nenhum temor, nem o relator, de que as irregularidades, se porventura existirem, recairão sobre as pessoas responsáveis. A PF vai cumprir o seu papel, assim como os órgãos da Casa.
Mesmo se a responsabilidade recair sobre os assessores do Senado e parlamentares do PT?
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Eu confio e repito. Tenho certeza de que não houve migração (vazamento) e nenhum envolvimento de senadores do PT, até porque não foi dito na denúncia (nada sobre) participação de senador com alguma indução ou abordagem. Mas vamos esperar a apuração.
No PT, há quem critique o fato de se ter levado o caso para a PF. Como o sr. vê tal questão?
Eu entendo que eu tinha que tomar uma posição e essa posição não poderia ser questionada em termos de resultado que não fosse a decisão de apurar.
A oposição já pediu o fim da CPI do Senado por entender que ela não tem trabalhado corretamente. O sr. vai encerrar a CPI?
Eu venho pedindo que a oposição participe da CPI, que ela própria criou. Mas ao criar a comissão, a oposição passou a boicotá-la.