O grupo Meta atualizou as diretrizes de distribuição de conteúdo no Facebook nesta quinta-feira, 7, e passou a dar menos ênfase a comentários e compartilhamentos para determinar a distribuição de conteúdo político na rede social no Brasil. A medida vem após um período de respostas de usuários feitas em testes conduzidos desde o ano passado.
O feed, linha do tempo em que conteúdos são expostos aos usuários na plataforma, é definida a partir de um algoritmo desenvolvido pelo próprio grupo Meta. Ao Estadão, a plataforma destacou que quem postou o conteúdo e quando, se já houve a interação de um usuário com outro perfil, grupo ou página no passado e o formato (se o post é uma foto, vídeo ou link) estão entre os critérios considerados na distribuição de conteúdo político no Facebook a partir de agora.
Documentos obtidos pelo Estadão no ano passado revelam que um pequeno grupo de contas e páginas monopolizou a produção de conteúdo político no Facebook. A empresa afirmou em uma publicação interna de outubro de 2018 que 35% das publicações políticas veiculadas na plataforma foram produzidas por apenas 3% das contas.
Outros documentos obtidos pelo Estadão revelam que, na percepção de usuários do Facebook, conteúdos políticos são os maiores vetores de desinformação no Brasil.