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Vereador diz que bolsonarista pagou R$ 18 mil por painel que liga esquerda ao PCC

Parlamentar do PSOL divulga no Twitter o que seria nota fiscal emitida pela prefeitura de Porto Alegre pelo serviço

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Por Érico Almeida Fabres
Atualização:

ESPECIAL PARA O ESTADÃO/PORTO ALEGRE - O vereador de Porto Alegre Matheus Gomes (PSOL) afirmou que a empresária bolsonarista Nair Berenice da Silva pagou pouco mais de R$ 18 mil por um painel fixado em um prédio da cidade que ligava a esquerda ao narcotráfico e ao Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que age dentro e fora dos presídios do País.

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Gomes postou em sua conta no Twitter uma nota fiscal da prefeitura de Porto Alegre com o nome da bolsonarista pagando pelo painel. A empresa Life Mídias Urbanas, que instalou a peça, não confirmou se o documento é verdadeiro. A prefeitura também não comentou.

Na segunda-feira, 15, a Justiça Eleitoral havia determinado a retirada da peça publicitária - no mesmo dia, poucas horas antes, a empresa já havia divulgado que faria a retirada do material, que já não está mais no local, próximo ao Viaduto da Conceição, na Rua Sarmento Leite, desde a quinta-feira, 17.

O painel tinha um dos lados amarelo, com a bandeira do Brasil, e outro vermelho, com desenho da uma foice e um martelo cruzados, símbolo do comunismo. Em duas colunas, o material opunha ideias como “vida” versus “aborto”, “valores cristãos” versus “ideologia de gênero”, “liberdade” versus “censura”.

Leonardo Zigon, dono da Life, afirmou que suas posições políticas não têm relação com a forma que administra seu negócio. “Eu posso ter as minhas opiniões pessoais e manifestá-las, graças ao Estado democrático de direito, assim como o fizeram tantas pessoas sobre aquela exibição. As minhas opiniões pessoais não são as posições da Life”, disse.

Após a nota fiscal ser divulgada no Twitter, a empresária bolsonarista fechou sua conta no Instagram. A conta do Facebook, porém, permanece pública. Nela, a empresária tem fotos em eventos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Nair foi procurada pelas redes sociais, mas não falou com a reportagem.

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