Justiça nega habeas corpus a acusado de assassinato no PR

Advogado de defesa diz que respeita decisão do Tribunal e que, por enquanto, não recorrerá ao STJ

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Por Evandro Fadel
Atualização:

A desembargadora Sônia Regina Castro, da 3ª. Vara da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, negou nesta sexta-feira, 10, liminarmente, o pedido de habeas corpus a favor de Juarez Ferreira Pinto, de 42 anos, acusado de matar o estudante Osiris Del Corso e de ferir gravemente sua namorada, Monik Pegorari de Lima, no dia 31 de janeiro, no Morro do Boi, em Matinhos, litoral do Paraná.

 

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O advogado Nilton Ribeiro, um dos defensores de Juarez, disse que respeitará a decisão e, por enquanto, não recorrerá ao Superior Tribunal de Justiça, aguardando a análise do mérito do pedido.

 

Juarez está preso desde o dia 17 de fevereiro. Contra ele pesa principalmente o depoimento de Monik, que é muito firme ao reconhecê-lo como o criminoso. Além dos ferimentos que tiraram a mobilidade das pernas, a jovem afirma que houve tentativa de abuso sexual.

 

Os advogados decidiram reforçar o pedido de liberdade para Juarez após a prisão, no dia 24 de junho, de Paulo Delci Unfried, de 32 anos, que assaltou uma casa em Matinhos e violentou a moradora

 

Como tinha algumas semelhanças com o retrato falado do acusado do crime no Morro do Boi, a polícia realizou o exame de balística em uma arma que ele portava e o resultado foi positivo para as balas que atingiram os estudantes.

 

Confrontado com essa evidência, Unfried acabou confessando ao Ministério Público a autoria também desse crime. No entanto, como houve algumas contradições em relação ao depoimento da estudante, o Ministério Público pediu mais diligências.

 

Na sentença, a desembargadora também ratificou o pedido de sigilo no processo, que já tinha sido decretado pela Justiça em Matinhos. Em razão dessa decisão, o advogado Nilton Ribeiro disse que não poderia comentar os argumentos da desembargadora. "Mas é uma decisão inteligente e sensata", acentuou. "Aumentou a confiança que sempre tive no Tribunal de Justiça." Ele acredita que a acareação entre Juarez, Unfried e Monik, marcada para o dia 23, além da reconstituição dos fatos, devem confirmar a inocência de seu cliente.

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