O celular toca e surge um verdadeiro consultório médico. São alertas que lembram de tomar a pílula, mostram o resultado da corrida feita pela manhã, fazem um gráfico da noite de sono e até indicam a melhor opção de cardápio para seu dia. Em poucos cliques, foi-se o velho e recomendado hábito de marcar consulta e falar com um especialista. Os 'doutores' de agora são os aplicativos mHealth (do inglês mobile health: saúde móvel), utilizados em celulares, tablets e iPods. Parece prático, saudável e ainda combina com a inevitável falta de tempo. Sentiu vontade de cancelar o convênio? Melhor pensar de novo. Para os especialistas, a combinação entre tecnologia e saúde pode ser um avanço importante, mas está longe de substituir o acompanhamento médico tradicional.
"Os aplicativos são ferramentas úteis hoje em dia", acredita Turíbio Leite de Barros Neto, fisiologista do Esporte Clube Pinheiros e professor adjunto da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). "Mas é preciso ter bom senso e saber usá-los apenas como complemento à orientação médica, e não como única solução", diz. O fisiologista também ressalta a importância do selo de qualidade, ou seja, aplicativo bom é aquele que tem procedência ligada a entidades de saúde confiáveis.