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Brasil tem 98 casos confirmados de novo coronavírus e transmissão comunitária em SP e no Rio

SP tem 56 casos confirmados; transmissão comunitária se dá quando já não é possível identificar a trajetória da infecção

Foto do author Ludimila Honorato
Por Mateus Vargas e Ludimila Honorato
Atualização:

BRASÍLIA / SÃO PAULO - O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira, 13, que contabiliza 98 casos para novo coronavírus no Brasil. Há transmissão comunitária, quando já não é possível identificar a trajetória da infecção, em São Paulo e no Rio de Janeiro, disse a pasta. O País monitora 1.485 casos suspeitos da doença e 1.344 análises foram descartadas.

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A média de idade das pessoas diagnosticadas com covid-19 é de 41 anos, sendo que 49% estão abaixo dos 40 anos. São 51 mulheres e 47 homens. A maioria dos casos suspeitos estão em São Paulo (753), Minas Gerais (116), Rio Grande do Sul (81), Santa Catarina e Rio de Janeiro (76).

O órgão registrava 77 casos para a doença no balanço divulgado na quinta-feira, 12, e alerta que os Estados, frequentemente, têm dados mais atualizados, que vão sendo contados pelo governo federal em atualizações durante o dia.

Ministério da Saúde instaloupia na entrada do prédio para incentivar as pessoas a higienizarem as mãos. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Estado apurou que o Amazonas confirmou há pouco o primeiro caso da doença. Trata-se também da primeira infecção na região da Amazônia Legal. De acordo com o Ministério da Saúde, 12 pessoas estão internadas por infecção de novo coronavírus. Os casos estão em São Paulo (5), Pernambuco (2), Distrito Federal (1), Bahia (1), Rio de Janeiro (1) e Rio Grande do Norte. 

Casos confirmados do novo coronavírus por Estado

Rio Grande do Norte: 1

Pernambuco: 2

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Alagoas: 1

Bahia: 2

Minas Gerais: 2

Espírito Santo: 1

Rio de Janeiro: 16

São Paulo: 56

Paraná: 6

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Santa Catarina: 2

Rio Grande do Sul: 4

Goiás: 3

Distriro Federal: 2

Recomendações não farmacológicas contra novo coronavírus

O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, afirmou que para retardar o pico da transmissão ou da epidemia, são fundamentais medidas não farmacológicas. A decisão tem como base a experiência de outros países. Segundo ele, locais que não aplicaram essas medidas tiveram um aumento dos casos da doença. "O objetivo central, além de tentar evitar a transmissão, é reduzir a velocidade da transmissão", afirmou.

Oliveira explica que as medidas não farmacológicas são recomendações para reduzir o contato social e reduzir a transmissão do vírus.Segundo ele, cada gestor dos Estados, secretarias de saúde e municípios deve adaptar essas recomendaçãos para a realidade local.

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Uma das medidas não farmacológicas é o distanciamento social a fim de minimizar a transmissão. O Ministério da Saúde estima que a cada 3 dias o número de casos dobre caso as medidas propostas pela pasta não sejam adotadas. "Toda sociedade pode e deve contribuir na prevenção contra o coronavírus", diz o secretário.

A pasta também recomenda que, neste período de outono e inverno, épocas propícias para doenças respiratórias, organizadores de grandes eventos cancelem ou adiem o encontro se houver tempo hábil. Se não for possível cancelar, a pasta recomenda que o evento ocorra sem público. No caso de mortes confirmadas por coronavírus, a recomendação é que a emissão do atestado de óbito seja feita o mais rápido possível, bem como a realização do velório, que deve ser realizado sem concentração de pessoas.

O ministério também recomenda que instituições de ensino planejem a antecipação de férias com o objetivo de reduzir o prejuízo do calendário escolar ou uso de ferramentas de ensino a distância. A declaração de quarentena, que pode ser um local específico, de uma rua, quarteirão ou cidade, poderá feita ao atingir 80% da ocupação dos leitos de UTI disponíveis para atender à demanda da covid-19.

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