Brasil ultrapassa 1 mil mortes por dengue e se aproxima de recorde histórico

Desde o início do ano, já são mais de 2,6 milhões de casos da doença; nas últimas semanas, contudo, epidemia tem mostrado sinais de arrefecimento em boa parte do País

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Por Lara Castelo
Atualização:

O Brasil ultrapassou a marca dos 1 mil óbitos por dengue nesta quarta-feira, 3. No total, foram confirmadas 1.020 mortes devido à doença em 2024, sendo que outras 1.531 estão em investigação, de acordo com o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde.

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Isso quer dizer que, só nas 13 primeiras semanas de 2024, o Brasil já se aproxima do maior número de óbitos confirmados por dengue em um ano desde o início do monitoramento dos casos pela pasta, em 2000. Atualmente, o ano com o maior número de óbitos confirmados é 2023, com 1.094 mortes.

Em relação ao número de casos, contudo, 2024 já havia superado os anos anteriores ao final da 11ª semana. No momento, mais de 2,6 milhões casos prováveis da doença foram registrados pelo Ministério da Saúde, sendo que o recorde anterior era de 1,6 milhão, em 2015.

Brasil ultrapassa a marca dos 1 mil óbitos por dengue e se aproxima de recorde histórico. FOTO:WILTON JUNIOR/ESTADÃO 

Ainda segundo o Ministério da Saúde, o coeficiente de incidência da doença no País é de mais de mil casos por 100 mil habitantes. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a partir de 300 casos por 100 mil habitantes a situação já se trata de uma epidemia.

Apesar disso, nas últimas semanas, o cenário da dengue tem arrefecido na maior parte do País. Segundo comunicado emitido pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira, 2, 20 unidades federativas brasileiras apresentam tendência de estabilidade ou queda no número de casos da doença. Em contrapartida, sete ainda mostram chances de aumento.

As que sinalizam queda ou estabilidade são: AC, AM, ES, GO, MG, PI, RO, AP, CE, MT, PA, PR, PB, SC, SP, RJ, RS, RO, TO e DF. Já as que podem enfrentar aumento de casos são: AL, BA, MA, MS, PE, RN e SE.

De qualquer maneira, não é possível afirmar que o pico da doença já passou, segundo a pasta. Por isso, não é hora de baixar a guarda e é fundamental continuar com as medidas de prevenção, em especial aquelas relacionadas ao combate ao Aedes Aegypti, mosquito transmissor da doença. De olho nisso, algumas das recomendações são:

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  • Remover recipientes nos domicílios que possam se transformar em criadouros de mosquitos;
  • Vedar reservatórios e caixas de água;
  • Desobstruir calhas, lajes e ralos.
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