Cidade de São Paulo registra primeira morte por dengue em 2024

Trata-se do 6° óbito confirmado no Estado, que, até o momento, tem 66 mil casos prováveis da doença e mais de 34 mil confirmados

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Por Lara Castelo
Atualização:

Nesta quinta-feira, 8, foi registrado o primeiro óbito por dengue na cidade de São Paulo em 2024. De acordo com o painel de monitoramento da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo (SES), trata-se da 6° morte pela doença registrada no Estado em 2024. Os óbitos anteriores foram registrados em Guarulhos (1), Bebedouro (1) e Pindamonhangaba (2) e Pederneiras (1), de acordo com a SES. Originalmente, a SES havia informado uma morte em Bauru, mas, na verdade, ela ocorreu em Pederneiras.

Segundo o painel da SES, no Estado de São Paulo há 66 mil casos prováveis da doença, sendo mais de 34 mil confirmados.

Dados nacionais

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No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, foram registrados quase 400 mil casos prováveis de dengue e 54 mortes pela doença só em 2024. Segundo a Fiocruz, os casos da doença podem chegar a 5 milhões neste ano, mais do que o triplo do registrado em 2023 (1,6 milhão).

A escalada dos casos da dengue fez com que os Estados do Acre, Minas Gerais e Goiás, além do Distrito Federal e da cidade do Rio de Janeiro, decretassem emergência de saúde pública nas últimas semanas.

Temporada de dengue começou mais cedo em São Paulo e em vários locais do Brasil Foto: USDA/Divulgação

Como prevenir a dengue?

Impedir o acúmulo de água parada dentro de casa (onde, segundo o Ministério da Saúde, estão localizados 75% dos focos do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença);

  • Desobstrução de calhas, lajes e ralos;
  • Vedação de reservatórios e caixas de água;
  • Usar repelentes, especialmente de manhã e no final da tarde — horários de maior circulação do Aedes aegypti;
  • Usar roupas de manga longa e sapatos fechados em áreas reconhecidas de transmissão para evitar contato direto com o vetor;
  • Usar telas nas janelas em áreas reconhecidas de transmissão;
  • Vacinação.

Vale destacar que a ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou, em coletiva realizada nesta quarta-feira,7, que, apesar de a vacina ser importante, não é a melhor estratégia para prevenção da doença nesse momento.

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“Na situação de emergência, a vacina não deve ser vista como instrumento mágico, porque precisa de duas doses, em um intervalo de três meses, além do que já foi amplamente divulgado de que, nesse momento, a oferta pelo laboratório é restrita, o que não dá condição de vacinação mais ampla”, afirmou.

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