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Doria anuncia novo hospital de campanha para combate ao coronavírus e vacinação para 70 e 71 anos

Unidade deve ser inaugurada nos próximos 15 dias com 180 vagas, das quais 50 serão dedicadas aos pacientes da UTI

Foto do author João Ker
Por João Ker
Atualização:

O governador João Doria (PSDB) anunciou durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 15, a abertura de um novo hospital de campanha para atender pacientes do coronavírus no centro da capital, em Santa Cecília, com capacidade para 180 leitos, dos quais 130 são de enfermaria e 50 de UTI. De acordo com ele, serão 900 profissionais na unidade, que deve ser inaugurada até o final deste mês.

O governador de São Paulo, João Doria, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes Foto: Governo do Estado de São Paulo

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Doria também confirmou a entrega de 3,3 milhões de doses da Coronavac para o Ministério da Saúde, a serem incorporadas no Plano Nacional de Imunizações (PNI), e anunciou para o próximo dia 29 o início da vacinação em idosos de 70 e 71 anos em todo o Estado. Uma semana antes, no dia 22, começa em São Paulo a vacinação para pessoas entre 72 e 74 anos. Ao longo de março, a previsão do Butantan é entregar 22,3 milhões de doses da vacina ao governo federal.   

Durante a coletiva, Doria voltou a criticar as ações do governo federal no combate à pandemia, cobrando celeridade na compra de outras vacinas contra a covid e o pagamento de leitos abertos no Estado. No domingo, 14, a Advocacia-Geral da União enviou um parecer ao Supremo Tribunal Federal, no qual afirmou que o Ministério da Saúde teria autorizado em março a abertura de novas vagas de UTI em todas as regiões do País, "inclusive no Estado de São Paulo". 

De acordo com o governador, entretanto, a última vez que o governo federal repassou verbas para leitos de UTI no Estado teria sido em dezembro do ano passado. "O Ministério da Saúde mentiu para a ministra Rosa Weber, do STF. Afirmou ter pago integralmente os leitos de UTI do SUS em São Paulo. É mentira. O Ministério da Saúde descumpriu ordem judicial e não pagou todos os leitos até o momento. É um desrespeito à saúde da população e à justiça brasileira", afirmou.

Em suas redes sociais, o governador já havia cobrado mais cedo uma ajuda financeira do Ministério da Economia para o setor do comércio. "O País aguarda medidas urgentes do ministro Paulo Guedes. Salvar empregos, crédito para micro e pequenos empresários, auxílio emergencial. E o BNDES? Não dá para ficar sempre para a semana que vem!", publicou. Durante a coletiva, ele também critiou o Ministério da Saúde

Avanço da pandemia

De acordo com os números apresentados por Jean Gorinchteyn, secretário estadual da Saúde, a taxa de ocupação nos leitos de UTI no Estado está em 88,4%, enquanto a Grande São Paulo registra 90% nesta segunda, com 10.244 pacientes internados em unidades de tratamento intensivo e outros 13.382 em leitos de enfermaria. Ele ainda alertou para a média de 180 novas internações a cada dia.

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Em comparação com a semana epidemiológica anterior, houve um aumento de 24,2% na média móvel de novos casos de infecção pela covid, 28,2% nos óbitos e 19,8% nas internações. Ao todo, São Paulo já teve 2.208242 casos e 64.223 mortes pela doença.

Ainda nesta manhã, todo o Estado entrou em uma fase emergencial do Plano São Paulo. Essa nova etapa se estende até o próximo dia 30 e aumenta as restrições em pelo menos 14 atividades, com medidas como a suspensão de atendimento presencial, fechamento de praias, proibição de cerimônias religiosas, entre outras.

Para frear o ritmo de transmissão, internações e óbitos por covid no Estado, foi instaurado um toque de recolher que restringe a circulação das 20h às 5h, com a promoção de blitze de orientação a motoristas. Não há previsão de multas para pedestres que circularem na rua, com exceção daqueles que não utilizarem máscaras ou promoverem aglomerações.

As aulas presenciais também estão temporariamente suspensas, com as escolas estaduais abertas apenas para alimentação dos alunos e distribuição de materiais e chips mediante agendamento prévio. A princípio, os recessos previstos para abril e outubro também serão adiantados para 15 a 28 de março.

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