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Blog do Viagem & Aventura

Delícias típicas para se fartar

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Por Adriana Moreira
Atualização:
Molleja, glândula bovina apreciada pelos hermanos - Foto: Mônica Nobrega/Estadão

Mônica Nobrega / CAFAYATE

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Empanadas na Argentina são como o pãozinho no couvert dos restaurantes brasileiro. Onipresentes e tão difíceis de resistir que, se não se controlar, você come até ficar sem apetite para o resto da refeição. Que, nas casas de gastronomia tradicional do país, incluirão carnes memoráveis, saladas frescas em boa quantidade e a molleja (ou timo), glândula bovina de textura esponjosa presente em parrillas e em receitas de chefs badalados. Para os destemidos.

El Solar del Convento (Caseros, 444; em Salta) - O primeiro restaurante da viagem oferece uma parrilla volumosa, individual que serve duas pessoas. Tem um quê de cantina, com mesas grandes, familiares. A conta fica entre 70 a 100 pesos (R$ 27 a R$ 39) por pessoa.

El Rancho (elranchocafayate.com.ar; em Cafayate) - No centrinho turístico, grande e simples, faz inesquecíveis empanadas fritas de queijo, as melhores da viagem, fontes garantidas de calorias e felicidade. O cardápio é básico; quem escolheu bife ancho e ojo de bife se deu bem. Assumi o risco de pedir um nhoque: não era o caso.

La Rosa (elesteco.com; em Cafayate) - Dentro da Bodega El Esteco, o restaurante do hotel Patios de Cafayate é, para começar, um lugar lindo. Você entra pela sala da enorme lareira e se acomoda entre móveis coloniais. A comida é baseada na tradição argentina, mas há destaque para as influências italianas que ajudaram a moldar a alimentação no país. A sopa de quinoa com legumes da entrada estava apenas morna. No risoto com vinho torrontés que escolhi como prato principal (95 pesos ou R$ 36), senti falta da abóbora anunciada no cardápio, mas o funghi era marcante. O sorvete de torrontés foi a melhor parte do jantar.

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Aulas de culinária no restaurante Cordillera - Foto: Mônica Nobrega/Estadão

Cordillera (cordilleramendoza.com; em Mendoza) - Com a maior faca que já tive em mãos e um medinho mal disfarçado, embarquei na aventura de picar carne, bem pequenininha, para as empanadas. Em seis alunos, dividíamos as tarefas da aula no restaurante Cordillera, do bem cotado chef Lucas Bustos. Antes, de giz em punho, ele desenhou na lousa uma esclarecedora trajetória histórica da comida na Argentina que ajudou a entender porque assar é a técnica mais usada no país. A parrilla é resultado disso.  Foram mais de quatro horas de curso e comilança, durante as quais preparamos também pães e sorrentinos (raviólis argentinos, redondos) recheados com truta. O restaurante tem cardápio econômico, com cinco a seis opções para cada fase da refeição (de 40 a 110 pesos ou R$ 15 a R$ 42). A degustação de sorvetes da casa foi o desfecho perfeito.

Siete Cocinas (sietecocinas.com.ar; em Mendoza) - Saíram da cozinha do chef Pablo del Río os pratos mais provocantes da viagem. Patê de coelho no couvert, carpaccios de pacu e truta como entrada, canelone de frango e carne grelhada foram passo a passo harmonizados com vinhos argentinos. Com destaque para o Emma Zuccardi bonarda 2011, "o melhor bonarda do país" na opinião do chef. Dessa vez, pedimos e escapamos das mollejas - mas não das risadas dos argentinos da mesa, que adoram a tal glândula.

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