Disputa com Canadá pode afetar turismo

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Com a decisão do Canadá de proibir a importação da carne brasileira - que poderia estar contaminada pela síndrome da vaca louca -, operadores e entidades turísticas nacionais ligaram o sinal de alerta: uma crise política e diplomática acabaria por afetar diretamente seu ramo de atividades e por jogar no chão o número de turistas brasileiros potencialmente dispostos a visitar o Canadá. O Canadá investiu nos últimos cinco anos US$ 10 milhões em publicidade institucional e viu o número de turistas brasileiros crescer. Em 2000, 56 mil brazucas desceram lá, superando os 50 mil canadenses que vieram conferir nossas belezas. O número de operadoras que lançam destinos canadenses dobrou em três anos e hoje são 45. A posição do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) frente a crise entre Canadá e Brasil é a do governo federal. "Se num prazo de cerca de dez dias a situação não for alterada, faremos nossas as palavras do presidente Fernando Henrique Cardoso, de que guerra é guerra", diz Bismarck Maia, presidente em exercício da Embratur. Tentando pôr panos quentes na situação, o representante da Comissão de Turismo do Canadá no Brasil, Leslie Benveniste, acredita que a crise entre os dois países deve ser resolvida em pouco tempo, sem que haja reflexo no setor de turismo. Tanto que a expectativa - um tanto otimista, é verdade, levando-se em conta as ofensas e protestos contra o país - é de que em 2001 o número de brasileiros em visita ao Canadá cresça em até 15%, passando dos atuais 56 mil para cerca de 65 mil. Na segunda quinzena de março, uma comitiva formada por 14 delegados de turismo do Canadá chega ao Brasil para uma missão comercial. "O encontro foi marcado antes do começo da crise e optamos por não cancelá-lo", diz Benveniste. Os canadenses visitarão operadoras de São Paulo e Rio. Leia mais

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.