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Flutuação em águas cristalinas, a principal atração de Nobres

Cidade é uma espécie de versão rústica de Bonito, no Estado vizinho do Mato Grosso do Sul, com rios límpidos repletos de peixes

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Por Priscila Mengue
Atualização:
Flutuaçãono Reino Encantado, em Nobres Foto: Priscila Mengue/Estadão

Águas de uma transparência azulada, que permitem a contemplação de peixes coloridos, são o principal atrativo do distrito de Bom Jardim, em Nobres, a cerca de 2 horas de Cuiabá. Por vezes comparada a Bonito, a região tem uma estrutura mais rústica, quase caseira, e aposta nos passeios de flutuação.

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Começamos o dia na cidade com um almoço seguido de uma breve sesta em redes de couro e madeira, enquanto aguardávamos o passeio no Reino Encantado. Antes de fazer a flutuação no Rio Salobra, pusemos colete salva-vidas, uma bota especial e pegamos o snorkel e os óculos de mergulho. Filtro solar e repelente são proibidos, para não contaminar o rio.

As águas são límpidas, azuis-turquesa. Ao entrar, já percebemos que são menos geladas do que a das cachoeiras da Chapada dos Guimarães, mas enfrentamos outro desafio: não colocar o pé no chão durante a flutuação. Para não deixar a água turva, disputamos espaço sobre troncos enquanto tentávamos nos equilibrar para uma foto em grupo.

Logo na entrada, os funcionários jogaram ração para atrair os peixes. Depois, o passeio seguiu o curso do rio, que nos levava quase naturalmente pelo caminho, sem exigir esforço, mas dificultando algum retorno para um ponto que chamasse a atenção.

Com o rosto para fora da água, conseguimos observar melhor a vegetação no entorno do rio e evitar trapalhadas com troncos. Mas a graça é usar o snorkel e os óculos para procurar os peixes, que são de tamanhos e cores distintos. 

O passeio pelo Aquário Encantado é bem semelhante. As principais diferenças são que a trilha segue por um caminho repleto de macacos-prego e, eventualmente, alguns quatis. Além disso, os funcionários costumam jogar milho para atrair os peixes, que tentam transportar os grãos na boca. 

Ambas as opções de flutuação custam R$ 90. Em Nobres, o ingresso para os atrativos é comercializado exclusivamente por agências de turismo, isto é, não adianta ir diretamente até a atração turística. 

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Entardecer na Lagoa das Araras, em Nobres Foto: Priscila Mengue/Estadão

Pôr do sol

Hospedados em Bom Jardim, saímos da pousada de quadriciclo até a Lagoa das Araras. O caminho é tranquilo e passa ao lado de um terreno de pastagem de gado. A condução pode ser feita até por quem não sabe dirigir, após um breve treinamento. O custo é de R$ 120 por pessoa, por 1h30.

A trilha até a lagoa é curta e autoguiada. Lá, encontramos dois deques, dos quais observamos o entardecer e o retorno de mais de uma dezena de araras até os ninhos – feitos no topo de buritis, palmeiras que chegam a ter 30 metros de altura. A entrada custa R$ 20 e também precisa ser comprada em agência.

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Além de Nobres, visitamos também o Sesc Serra Azul, que leva o nome de sua principal atração: uma cachoeira de 46 metros de altura. O acesso até a queda d’água é por uma escadaria de mais de 400 degraus. Embora o número assuste, os degraus são baixos e apenas uma parte do trajeto é de subida. A entrada na cachoeira pode ser feita apenas com colete de flutuação e o ingresso inclui ainda óculos para contemplação dos peixes. 

Da cachoeira, é possível fazer parte do trajeto de regresso por uma tirolesa de 700 metros de extensão e 50 metros de altura. A descida passa pela copa das árvores, aterrissando em campo aberto. A tirolesa custa R$ 60, enquanto a flutuação na cachoeira tem o preço de R$ 80. Há, ainda, um pacote combinado das duas por R$ 130, com desconto para comerciários, além de opções de cicloturismo e arvorismo. Ali também é preciso comprar o ingresso nas agências da cidade.

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