Panamá: o que fazer

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Por Ricardo Freire
Atualização:
Casco Antiguo da capital está badaladíssimo Foto: Ricardo Freire

Vale a pena visitar o Panamá? Qual é a melhor época e o que não se pode perder? Carlos, São Paulo

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A atração mais importante do país é, sem dúvida, o Canal do Panamá, uma obra de engenharia extraordinária. O canal aproveita lagos interiores que estão acima do nível do mar, e por isso requerem eclusas ao longo do caminho. A mais próxima da capital é a eclusa de Miraflores, que está a pouco mais de uma hora do aeroporto. Teoricamente, a eclusa pode ser visitada numa escala curta, de quatro ou cinco horas. Mas tem uma pegadinha: o programa só estará completo se o visitante conseguir ver um cargueiro gigantesco ser elevado pela força da água dentro da eclusa – e nada garante que isso aconteça quando o tempo de visita é limitado.

Na volta da eclusa, a continuação natural do passeio leva ao Museu da Biodiversidade, num prédio projetado por Frank Gehry. Trata-se de um museu “panamacêntrico”: defende a tese de que a formação do istmo panamenho isolou os oceanos Atlântico e Pacífico, criando a diferença de temperatura das águas que ocasionou a era glacial – um fato decisivo para a evolução do homo sapiens.

Desde a devolução do Canal pelos americanos, a receita (bilionária) da passagem dos navios proporcionou um boom econômico no país, que é visível tanto na parte moderna da cidade, com prédios arrojados, quanto no centro histórico, o Casco Antiguo, que está sendo restaurado com capricho e tem uma vida noturna animadíssima. Se puder, cacife o hotel American Trade, na parte antiga; mas se preferir se sentir em Las Vegas, hospede-se no Hard Rock Hotel, no centro moderno.

Comprar é um esporte nacional panamenho, e os shoppings da cidade atraem muitos compradores latino-americanos. Espere encontrar preços ligeiramente superiores aos dos Estados Unidos em eletrônicos. O shopping mais completo é o Albrook, aonde dá para chegar de metrô.

No quesito praias, você não trocaria as praias do Brasil pelos balneários do Pacífico panamenho; e o arquipélago de Bocas del Toro não chega a ser páreo para os destinos caribenhos servidos pela Copa, como Aruba, Curaçao, St. Maarten, República Domincana ou Cuba. O arquipélago de San Blas, controlado pelo povo kuna, tem ilhotas lindas, mas a hospedagem é bastante rústica. Meu veredicto: três dias inteiros na cidade estão de ótimo tamanho. Combinando com um destino no Caribe, fica redondíssimo. A época seca no Panamá vai de dezembro a fevereiro.

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