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Classe executiva à moda da Polinésia Francesa

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Por Mari Campos
Atualização:

Um dos novos Dreamliners da Air Tahiti Nui. Foto: Mari Campos

Embarquei em dezembro passado em uma viagem a trabalho infelizmente extremamente corrida - mas igualmente inesquecível! - para a Polinésia Francesa, como já contei aqui. Na ocasião, tive a oportunidade de voar pela primeira vez nos novíssimos B787-9 Dreamliner da companhia aérea local Air Tahiti Nui. Os maravilhosos Dreamliner (quem já voou, sabe como são aviões mais "macios" e silenciosos) chegaram para substituir de vez os antigos A340 que faziam a rota Los Angeles-Papeete antigamente, uma das opções mais viáveis para brasileiros chegarem à Polinésia Francesa (a outra opção é via Chile, com conexões em Santiago e na Ilha de Páscoa).

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Os voos da Air Tahiti Nui ligando Los Angeles a Papeete no Dreamliner têm classe econômica, econômica premium e executiva. Tudo na aeronave, em todas as classes de viagem, faz referência ao Taiti, incluindo a própria pintura da fuselagem, que traz uma flor de tiare e tatuagens tribais.No interior, as poltronas são azuis em referência ao mar e as lagoas da Polinésia Francesa. Nas classes economy premium e econômica, os travesseiros e mantinhas são multicoloridos, fazendo referência à tropicalidade das ilhas.

A classe econômica mais colorida da aviação. Foto: Mari Campos

A classe econômica (chamada de "Moana") tem disposição dos assentos2-4-2 (para favorecer que casais fiquem sempre juntos), bom entretenimento individual e tomada e entrada USB. A economy premium dos Dreamliner da Air Tahiti Nui, por enquanto, infelizmente não tem nenhuma diferenciação de serviço em relação à econômica; apenas mais espaço nas poltronas, monitor individual maior e descanso para os pés em cada assento.

A Economy Premium tem mais espaço e melhores assentos, mas mesmo serviço da econômica. Foto: Mari Campos

Na executiva, a configuração é 2-2-2 também pela mesma razão de, sendo a Polinésia Francesa um destino muito procurado para lua-de-mel, deixar os casais sempre voarem juntos, lado a lado. O assento (com cores muito mais discretas e sóbrias, mas sem abrir mão de detalhes polinésios em itens como o travesseiro e o cobertor) vira uma confortável cama. A necessáire é de boa qualidade e achei o serviço em geral bem simpático e muito bem humorado - o comissário me mandou um "May I impose you some champagne?", me entregando uma taça da bebida assim que sentei.

Tons discretos e sóbrios e ótimos assentos e serviço na executiva. Foto: Mari Campos

Há tomadas e entradas USB suficientes para carregar tudo durante o voo (como peguei muita turbulência nos dois voos, nem tentei dormir e aproveitei para trabalhar), mas falta um pouquinho mais de espaço personalizado para guardar coisas durante o voo. Quanto às refeições, apesar de terem sido bem levinhas (pelos horários dos voos, sempre na madrugada) e sem grandes surpresas gastronômicas, estavam saborosas e foram lindamente apresentadas.

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A companhia, aliás, é craque em detalhes na Executiva: até a toalhinha quente pré-refeição vem em um suporte em formato de concha e o jogo de saleiro e pimenteiro foi inspirado nas famosas pérolas do Taiti.E os comissários trocaram de uniforme duas vezes durante os voos de oito horas cada.

O grande senão para todas as classes nestes voos? A "judiação" que é o fato do vôo Los Angeles-Tahiti chegar e partir à noite, sem qualquer chance do viajante espiar as lindas águas polinésias da janelinha. Só fui entender que estava mesmo chegando ao Tahiti e babar na vista da janelinha já no meu voo doméstico, de Papeete a Bora Bora.

Dá pra ler mais sobre minha viagem ao Tahiti aqui.

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