Homens-bomba detonam explosivos no sul da Arábia Saudita, diz TV

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Por Redação
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Dois supostos militantes da Al Qaeda detonaram neste sábado explosivos atados aos seus corpos após serem cercados dentro de um edifício do governo na Arábia Saudita, em ato ocorrido depois de um ataque a um posto de controle na fronteira com o Iêmen, informou a emissora de televisão Al-Arabia. O canal por satélite, em informação publicada em seu website, citou fontes que confirmaram a explosão dos homens-bomba na região de Sharurah, perto do posto de controle fronteiriço de Wadia. Os militantes ofereceram “dura resistência” às forças de segurança que cercaram a dupla, disparando armas automáticas e atirando granadas. Não há informações sobre vítimas nas forças sauditas. As forças de segurança sauditas faziam buscas em edifícios para encontrar os militantes, depois que eles fugiram após o ataque no posto fronteiriço, ação que deixou seis mortos. A Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo do mundo, vê há muito tempo a sua fronteira de 1.800 quilômetros com o Iêmen como um grande desafio de segurança e, por isso, construiu uma cerca para deter militantes e criminosos. Na noite de sexta-feira, homens armados mataram o comandante de uma patrulha no lado saudita do posto de controle, onde três militantes também morreram, informou a agência de notícias estatal SPA. A agência afirmou que as forças de segurança prenderam um dos homens e buscavam por outros dois que se escondiam nas cercanias. A agência de notícias estatal do Iêmen, Saba, afirmou que um militante suicida guiou um carro cheio de explosivos para o lado iemenita de Wadia, matando um soldado e ferindo outro. Após o ataque, as forças de segurança do Iêmen seguiram os militantes, que fugiram da região em dois carros até o deserto, afirmou a Saba, citando uma fonte militar. Mas uma autoridade iemenita, aparentemente se referindo ao mesmo incidente, disse à Reuters que os homens armados fugiram para a Arábia Saudita após o ataque. Segundo a fonte, os homens eram membros da Al Qaeda. A passagem de Wadia liga a Arábia Saudita com a província iemenita de Hadramout, que tem vales áridos e deserto, um local que militantes da Al Qaeda têm usado para operar no Oriente Médio. A Arábia Saudita superou a sua própria insurgência da Al Qaeda há quase uma década, mas afirmou em maio que prendeu 62 supostos militantes da rede que tinham ligações com radicais na Síria e no Iêmen, e temiam que eles estavam planejando ataques contra o governo e alvos estrangeiros dentro da nação.

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