Morte de primo de Bruno não tem relação com o caso Eliza, diz polícia

Sérgio Rosa Sales, de 24 anos, era o único acusado de envolvimento na morte de Eliza Samudio que aguardava a conclusão do processo em liberdade

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Por Marcelo Portela - O Estado de S. Paulo
Atualização:

Texto atualizado às 19h12.

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BELO HORIZONTE - A Polícia Civil de Minas Gerais encerrou as investigações em torno da morte de Sérgio Rosa Sales, de 24 anos, primo do goleiro Bruno Fernandes, após um casal, que já está preso, se apresentar e assumir a culpa pela morte do rapaz, que teria motivação passional. Sales foi responsável por fornecer algumas das principais informações na apuração do desaparecimento da ex-amante do jogador, Eliza Samudio, também de 24, e era o único acusado de participar do sequestro e assassinato da jovem que aguardava julgamento em liberdade.

Ele foi morto perto de sua casa, no bairro Minaslândia, na região norte de Belo Horizonte, no último dia 22. Sales levou seis tiros e a polícia chegou a investigar a possibilidade de o crime estar relacionado com a morte de Eliza. Além de Sérgio, são acusados da morte o próprio Bruno, seu ex-braço direito Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola.

Na segunda-feira, Denilza Cesário da Silva, de 30, e Alexandre Ângelo de Oliveira, de 28, que também moram no Minaslândia, se apresentaram na corregedoria da instituição, que assumiu as investigações. Apesar de ser casada e ter quatro filho, Denilza assumiu que era amante de Alexandre e contou que, no dia anterior à morte, Sales mexeu com ela quando a mulher seguia para o trabalho.

De acordo com os depoimentos, ela contou a história ara o amante. No dia do crime, Denilza mais uma vez seguiu a pé em direção ao trabalho, enquanto Alexandre a seguia à distância em sua moto. Sales estava no portão de casa e mais uma vez teria cantado a mulher, além de tentar tocá-la. Ainda segundo os depoimentos, Alexandre, que já havia passado da residência, viu a cantada pelo retrovisor e voltou. Sérgio percebeu, começou a correr e tentou pular um muro, mas foi baleado nas mãos.

Alexandre alegou que a vítima se escondeu atrás de uma árvore e gritou que também estaria armado. O suspeito afirmou que, diante da ameaça, escondeu-se atrás de um carro, recarregou sua arma e a descarregou em direção à vítima. O casal alegou ainda que, após o crime, Denilza deixou o marido e foi morar com o amante e, na segunda-feira, resolveram se apresentar, acompanhados de advogados.

Segundo a polícia, com a apresentação as investigações em torno do assassinato foram encerradas. Os dois tiveram as prisões temporárias decretadas pela Justiça. Alexandre foi encaminhado para o Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) São Cristóvão e Denilza, para uma prisão feminina.

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Sales aguardava julgamento pelo assassinato de Eliza, ainda sem data prevista para ocorrer, junto com Bruno, o amigo do goleiro, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. Todos respondem por sequestro, cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver de Eliza. Ela desapareceu junho de 2010 enquanto tentava provar que Bruno é o pai do seu filho. Seu corpo nunca foi encontrado.

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