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Suspeito agora nega ter matado senador Olavo Pires

Por Eduardo Kattah
Atualização:

Depois de assumir em depoimentos informais a representantes do Ministério Público (MP) e a policiais civis de Minas Gerais, nos quais disse ter sido o autor do assassinato do senador Olavo Pires, em outubro de 1990, João Ferreira Lima recuou hoje e não confirmou a autoria do crime a autoridades de Rondônia, onde há quase 19 anos tramita o inquérito policial. O senador foi executado em frente a uma revendedora de máquinas pesadas de sua propriedade, na região central de Porto Velho. Ele disputava o segundo turno das eleições para o governo de Rondônia e liderava as pesquisas de intenções de votos. O delegado Márcio Mendes Moraes e a promotora Rosângela Marsaro desembarcaram hoje em Belo Horizonte após a divulgação de um vídeo gravado pela Polícia Civil e pelo MP mineiro, no qual Lima assume que usou uma metralhadora para efetuar 16 disparos contra o senador e se vangloria que 11 balas teriam atingido a cabeça da vítima. Ele havia alegado que matou Pires por supostas dívidas que o parlamentar teria com ele em função da receptação de carros furtados. Porém, após quase quatro horas de depoimento formal na sede do Departamento de Operações Especiais (Deoesp), Lima disse que não foi o autor dos disparos que mataram Pires. Ele afirmou que foi convidado para acompanhar a execução do político, mas não forneceu o nome dos supostos assassinos. "Embora ele tenha negado, ele confessa ter estado na cena do crime. Agora nós vamos juntar essas declarações ao inquérito policial", disse a promotora. Lima foi preso pela polícia na quarta-feira da semana passada, em Tocantins, e é apontado como líder de uma quadrilha especializada em assaltos a bancos e carros-fortes com atuação em vários Estados brasileiros. Ele está recolhido na Penitenciária Nelson Hungria, no município mineiro de Contagem, mas poderá ser transferido.

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