PUBLICIDADE

Palestino mata três agentes de segurança israelenses perto de colônia na Cisjordânia

Agressor abriu fogo contra guardas que protegiam o acesso a Har Adar, que fica a 15 km a oeste de Jerusalém

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

JERUSALÉM - Um palestino armado com uma pistola abriu fogo nesta terça-feira, 26, contra agentes de segurança israelenses perto de uma colônia na Cisjordânia ocupada e matou três guardas, antes de ser morto a tiros.

O agressor abriu fogo contra membros das forças de segurança que protegiam o acesso a Har Adar, uma colônia que fica 15 km a oeste de Jerusalém, informou a polícia.

Agressor abriu fogo contra membros das forças de segurança israelenses que protegiam o acesso a Har Adar, colônia que fica 15 km a oeste de Jerusalém Foto: EFE/Abir Sultan

PUBLICIDADE

O atirador se aproximou de uma das entradas de Har Adar quando trabalhadores palestinos passavam pelos controles de segurança antes do início de suas atividades na colônia. A atitude do criminoso provocou suspeitas dos policiais e guardas privados que faziam a segurança do local.

O palestino recebeu ordem para interromper sua caminhada, mas sacou uma pistola e abriu fogo, atingindo três pessoas antes de ser morto. Um quarto israelense foi levado para o hospital em estado grave. "Quando cheguei ao local, três pessoas já estavam mortas e o terrorista estava morto", declarou Moiti Fried, do serviço de emergência.

O agressor foi identificado pela polícia israelense como um habitante de Beit Surik, região próxima à colônia israelense.

Har Adar é uma colônia que tem quase 4 mil habitantes e fica na Cisjordânia, território palestino ocupado pelo Exército israelense há 50 anos. A colônia está dentro do perímetro da barreira de segurança construída por Israel para evitar os ataques palestinos, mas que em vários trechos foi erguida em território da Cisjordânia.

Milhares de palestinos viajam diariamente a Israel ou até as colônias para trabalhar, geralmente atraídos por salários maiores. O atirador tinha permissão de trabalho israelense.

Publicidade

Desde outubro de 2015, Israel, Jerusalém e os territórios palestinos ocupados são palco de atos esporádicos de violência que já mataram mais de 300 pessoas. A maioria dos palestinos mortos eram autores ou supostos autores de ataques contra israelenses, e utilizaram principalmente armas brancas. As forças de segurança israelenses destacam que a aparente tranquilidade na Cisjordânia é precária.

Mais de 600 mil colonos israelenses vivem uma situação de conflito com quase três milhões de palestinos na Cisjordânia em Jerusalém Oriental. A colonização, ou seja os assentamentos civis israelenses em território ocupado, é considerada um dos principais obstáculos para solucionar o conflito israelense-palestino.

Analistas atribuem os ataques de palestinos às humilhações provocadas pela ocupação israelense, à ausência de qualquer perspectiva de independência, às frustrações econômicas e às divergências internas palestinas. O governo israelense cita a rejeição palestina à existência do Estado de Israel, assim como uma cultura de estímulo à violência contra os israelenses. / AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.