Cacá Diegues cunhou o termo “patrulha ideológica” em entrevista histórica ao Estadão. Leia a íntegra

Entrevista feita em 1978 pela crítica de cinema Pola Vartuck com o diretor teve tanta repercussão que foi republicada pelo jornal 10 dias depois com análises e opiniões

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Por Acervo Estadão
Atualização:

Um negócio que eu também acho muito grave é essa espécie de patrulha ideológica que existe no Brasil. Uma espécie de polícia ideológica que fica te vigiando nas estradas da criação, para ver ser você passou da velocidade permitida. São patrulheiros que ficam policiando permanentemente a criação, a criatividade, tentando limitar ou dirigir para essa ou aquela tendência. Quando a grande riqueza do cinema brasileiro, a grande qualidade básica que deveria ser alimentada é exatamente a sua pluralidade, a sua multiplicidade.

Cacá Diegues, Estadão - 31 de agosto de 1978

Página do Estadão de 10 de setembro de 1978 sobre a entrevista em que o cineasta Caca Diegues cunhou o termo "patrulha ideollógica". Foto: Acervo Estadão

Dois anos após o grande sucesso de bilheteria de “Xica da Silva”, o diretor de cinema Cacá Diegues [1940-2025] lançava seu novo filme, “Chuvas de Verão”. Na semana de lançamento da obra, Cacá Diegues deu uma entrevista ao Estadão que caiu como uma bomba no meio cinematográfico brasileiro. Numa longa conversa com a crítica de cinema Pola Vartuck, Cacá Diegues, um dos pais do movimento Cinema Novo, reclamou que, além da censura da ditadura militar, a criação artística no cinema brasileiro era afetada também pelas “patrulhas ideológicas” de setores do cinema e da crítica especializada por causa de suas motivações políticas.

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Com o título Cacá Diegues: por um cinema popular, sem ideologias”, a entrevista foi publicada na quinta-feira de 31 de agosto de 1978. Com a ditadura militar ainda em vigor, o eterno debate sobre arte, engajamento político e sucesso popular teve naqueles dias um de seus grandes capítulos escritos através das páginas da imprensa escrita.

A repercussão foi tanta que o Estadão decidiu republicar a entrevista na íntegra dez dias depois, acompanhada de uma página inteira com opiniões de outros cineastas e críticos de cinema com o título “Cinema em transe depois a entrevista do diretor”.

Eu acho que no Brasil estão se fazendo ótimos filmes e péssimas teorias cinematográficas. A teoria cinematográfica que está sendo discutida no Brasil é de péssima qualidade porque está toda baseada nessa espécie de patrulha ideológica.

Cacá Diegues, Estadão - 31 de agosto de 1978

Leia a íntegra e veja as páginas do jornal da época:

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Estadão - 31 de agosto de 1978

Entrevista de Cacá Diegues à crítica de cinema Pola Vartuck no Estadão de 30 de agosto de 1978. Foto: Acervo Estadão
Cacá Diegues durante a entrevista a Pola Vartuck no Rio de Janeiro em 1978.  Foto: Estadão Conteúdo.

Por Pola Vartuck

Com “Xica da Silva”, você abriu um novo caminho para o cinema brasileiro. Um cinema que quer conquistar o mercado tem que conquistar também o público. Mas você e alguns outros realizadores do Cinema Novo, que seguiram o mesmo caminho, têm sido muito criticados e combatidos por certas alas. Você, principalmente tem sido o mais contestado. Dizem que você traiu a proposta do Cinema Novo.

Eu absolutamente não trai nada, pelo contrário: retomei aquilo que estava perdido. Por­que o projeto inicial do cinema brasileiro moderno era o de um cinema nacional popular. Isto foi traído, sim, mas pelas cir­cunstâncias concretas objetivas do País. O impedimento de se falar numa porção de coisas, a perda do vigor cultural que os anos de censura e repressão pro­vocaram, o desespero, o desam­paro. Nessa tragédia cultural que foram certos anos, digamos de 68 a setenta e poucos, perdeu-se a linha original daquela revo­lução que foi feita no final dos anos 50 e início dos 60, que era a fundação de um cinema mo­derno no Brasil.

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A censura é ter­rível, mas eu não usei nem vou usar a censura como pretexto para uma falta de obra, para uma falta de trabalho. Eu não confundo o vazio cultural com o vadio cultural, que são duas coisas completamente diferentes. Graciliano Ramos, em “Memórias do Cárcere”, dizia que, no pequeno espaço que a censura permite às pessoas se mexerem, a gente constrói alguma coisa. E então me lembro de Eisenstein, trabalhando sob o stalinismo, dos grandes diretores americanos trabalhando debaixo da di­tadura dos estúdios, de Fritz Lang trabalhando sob Hitler, Rosselini sob Mussolini, Carios Saura sob o franquismo. Os exemplos estão aí.

Eu não me sinto comprome­tido com nenhuma idéia de Ci­nema Novo. Acho que Cinema Novo é uma coisa que nunca existiu de fato. O que caracte­riza essa geração da qual me or­gulho de ter feito parte, que foi a geração que fundou o cinema moderno no Brasil, são duas coi­sas muito simples: a primeira foi a modernização da linguagem — tanto na forma de fazer, produ­ção barata, equipamento leve etc — quanto na abordagem de problemas brasileiros. O outro aspecto, que eu chamaria de a única unidade ideológica do grupo, da geração, era a idéia de fazer um cinema brasileiro no Brasil. Mas a partir daí o resto é tudo diferente, os filmes não têm nada a ver, as pessoas não têm nada a ver. Os programas políticos, estéticos, ideológicos etc. são completamente diferen­tes e às vezes divergentes até. É uma ilusão querer manter a monumentalidade do Cinema Novo, da geração, do grupo, do movimento . Primeiro, é uma mentira, uma mistificação, porque isto não existe. Segundo, é uma coisa muito grave, porque essa monumentalidade, essa estatuária do Cinema Novo, essa catedral vazia, pode, como eu acho que já deve estar aconte­cendo, inibir o surgimento de novos cineastas. Que vão sem­pre ser comparados e vão sem­pre ser inibidos na sua criatividade por essa espécie de monstros sagrados que ficam eterna­mente jovens. Eu não sou mais um cineasta jovem, tenho 38 anos e 7 filmes feitos e não quero saber desse negócio de Cinema Novo. Eu me orgulho de ter per­tencido a essa geração, não es­tou rompendo nem contes­tando, nada disso. Apenas eu acho que não há mais por que invocar o caboclo Cinema Novo nessa tenda espírita do cinema brasileiro. As pessoas vivem fa­lando da economia do cinema brasileiro, disso e daquilo, e se esquecem de uma coisa impor­tantíssima: 20 anos depois de Nelson Pereira dos Santos, que é o primeiro da minha geração, cadê os jovens cineastas brasi­leiros? Ou eles existem e a gente não conhece, o que é muito grave, ou eles não existem, o que é mais grave ainda. Porque essa responsabilidade não é só da censura, da repressão, do go­verno fascista, disso ou daquilo. É nosso também, como cineas­tas. E das pessoas ligadas ao ci­nema — cineastas, jornalistas, executivos, produtores, enfim, todos nós. Então eu acho que em vez de trair, pelo contrário, eu retomei. Retomei o projeto ini­cial do cinema moderno no Bra­sil, que era fazer um cinema na­cional popular. E tanto eu tinha razão, que a discussão domi­nante do cinema brasileiro hoje é essa.

O que eu não posso respon­der. é a essa espécie de religiosi­dade que tem uma certa es­querda do Brasil, que coloca o prazer à direita do sofrimento, que prefere o sofrimento ao pra­zer, a razão à emoção, a derrota à vitória. “Xica da Silva” por exemplo, foi visto por quase dez milhões de brasileiros, ganhou prêmios, teve uma crítica quase unânime, no Rio. em São Paulo, no Brasil inteiro e até fora do Brasil. Os que contestam esse filme são exatamente essa mi­noria que sempre torceu pela derrota contra a vitória. E que sempre colocou a questão cine­matográfica em termos absolu­tamente religiosos e fora do ci­nema. Isso é que é mais grave. Sempre fora do cinema.

Eles só se interessam por cinema como instrumento para outra coisa.

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Exatamente. Para falar de outra coisa. Não se interessam por cinema, não sabem o que é cinema, não entendem nada. Não tenho mais nenhum receio de dizer essas coisas, porque es­tou convencido disso. Eu não aguento mais a pretensão de in­telectuais que acham que pos­suem o monopólio do saber. Com que direito? Mandato de quem? Eu disse uma frase que foi repetida no festival de Brasí­lia por uma outra pessoa, mas fui eu quem disse numa discus­são no Rio. As pessoas que escu­lhambaram o Pelé porque o Pelé disse que o povo brasileiro não tinha capacidade para escolher o seu presidente, são as mesmas que ficam no gabinete fazendo correção do gosto popular, di­zendo que o povo brasileiro não tem capacidade para escolher o seu filme preferido. Eu fico com os dez milhões de espectadores contra essa minoria absurda que faz desse monopólio do sa­ber um instrumento de sua luta pessoal pelo poder. Eu não te­nho nada a ver com isso. Não estou lutando pelo poder, eu es­tou ao lado do povo. Eu estou com a festa que o povo fazia nas salas de cinema onde “Xica da Silva” foi exibido, porque eu acho que o mais importante é a felicidade humana. Eu não estou mais a fim de castigar ninguém no cinema, não estou mais a fim de ensinar ninguém no cinema. O cinema não é lugar de tortura, nem uma sala de aula. Como dizia Brecht, a função social do espetáculo é divertir. Essas pessoas estão falando no passado, no fundo porque têm medo do novo. Basicamente é isso. Medo do novo e da liberdade. Então fica aquele negócio. Qual é o ideal? O Cinema Novo, lógico. O Cinema Novo é uma coisa que você já sabe o que é, tem limites precisos, não vai assustar mais. Já é um monumento. Sempre que você vira um monumento, é porque você já cumpriu o seu papel. Mas são pessoas que exatamente não têm uma visão histórica. Que não compreendem que não se trata de um movimento, mas sim de um monumento.

Um negócio que eu também acho muito grave é essa espécie de patrulha ideológica que existe no Brasil. Uma espécie de polícia ideológica que fica te vigiando nas estradas da criação, para ver se você passou da velocidade permitida. São patrulheiros que ficam policiando permanentemente a criação, a criatividade, tentando limitar ou dirigir para essa ou aquela tendência. Quando a grande riqueza do cinema brasileiro, a grande qualidade básica que deveria ser alimentada é exatamente a sua pluralidade, a sua multiplicidade, a sua multifaciedade. O Brasil — não é por patriotismo não, mas por condições concretas e reais — é um dos únicos países do mundo em que você ainda pode fazer um cinema sem uma monotendência. Um cinema que seja realmente democrático no sentido da palavra. Porque assim como não tem democracia sem povo, não tem cinema democrático sem público. E no Brasil você pode fazer um cinema democrático plural. Pode falar do campo, das cidades, fazer filmes psicológicos, filmes épicos, tristes, alegres, você tem todas as possibilidades. E isto estão querendo afogar, estão querendo sufocar.

Isto a gente pode ver bem no campo do curta-metragem, especialmente no curta de 16mm, onde os filmes são quase todos não só da mesma tendên­cia, mas quase todos absurda­mente iguais uns aos outros. To­dos voltados para uma certa rea­lidade brasileira, como se fosse a única realidade brasileira.

Como se a realidade fosse monofacetada, não é? A reali­dade não é uma face só. A reali­dade é uma coisa riquíssima, uma coisa muito complexa. Sabe, eu acho que as pessoas que têm medo da liberdade são as que mais falam em liberdade. São essas que separam o prazer do sofrimento e tudo o que eu estava dizendo. Quando elas se encontram concretamente em face da liberdade, saem cor­rendo com pavor. Por isso eu acho que há uma coisa que tem que ser dita, sobretudo neste momento que a gente vive hoje. Não sei o que vai dar, não sei se vai abrir, se vai fechar, mas sei que é um momento de espe­rança, que alguma coisa está mudando. Então é preciso dizer. Eu considero o capitalismo a in­venção mais diabólica e desu­mana que a humanidade já fez. Não gosto de capitalismo, mas não estou a fim de trocar capita­lismo por campo de concentra­ção para intelectual ou por hos­pital psiquiátrico para dissidente. E as pessoas no Brasil estão fa­zendo hospital psiquiátrico para dissidentes. Eu não estou a fim, vão ter que me fuzilar, porque nessa eu não vou. Não é porque o torturador mudou de ideologia que ele fica mais simpático. Eu acho que partido foi feito para a ação política. E acho que polí­tica você tem de fazer, se está a fim de fazer, partidariamente, organizado para a ação. Mas a criação artística não. A criação artística é no máximo solidária, mas partidária nunca. E ela é sempre solitária. Solitária e plural. Tem que ser necessaria­mente plural. Eu não vejo ne­nhuma contradição entre um filme de grande público e um filme que pouca gente foi ver. O que importa é a existência social do filme. Godard nunca passou de 100 mil espectadores e no en­tanto mudou o comportamento da juventude no mundo todo. As pessoas que falam tanto em dia­lética. movimento da história etc. deviam aprender a viver isso na prática e a admitir a existên­cia da diferença. É fundamental a diferença, sobretudo na cria­ção artística. E a diferença signi­fica conviverem no mesmo país Júlio Bressane e Bruno Barreto, por exemplo. E cada um com a sua função social específica e muito meritória. Outro dia me perguntaram se eu estou a favor do cinemão, do cineminha ou se eu tinha uma terceira posição. Eu disse que tenho a minha e acho que deveria haver três mil posições no Brasil. Primeiro, porque eu não sei o que é cinemão e cineminha. Acho que as pessoas deve­riam ser um pouco mais realis­tas, concretas e dialéticas e fazer as contas. Porque no cinema não existe filme caro e barato. O que existe cientificamente é a relação entre custo e mercado. Se o filme custou cem e rendeu mil, é um filme barato. Se o filme custou dez e rendeu cinco, foi um filme muito caro. O que um filme como “Dona Flor e Seus Dois Maridos” rendeu para a Embrafilme, permitiu à Embrafilme financiar mais oito ou dez filmes. Então foi um filme de grande utilidade.

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Mas é que essas pessoas, es­ses intelectuais mórbidos, não gostam da vitória. Gostam da derrota. Eles cultivam a derrota, celebram o fracasso. Eu não cul­tivo mais o fracasso nem a tris­teza. Eu acho que a tristeza e a seriedade são de direita, são fas­cistas. Eu quero uma sociedade mais feliz e mais alegre, quero o homem se sentindo melhor. E não vou tentar chatear ninguém com os meus filmes. Vou tentar, pelo contrário, me entender com o meu próximo mais próximo, que é o povo brasileiro, o público brasileiro. Essa questão do mercado é a questão básica, porque a obra de arte é feita para o Ou­tro. O público é o Outro. E o resto são adequações econômi­cas. De Bergman a Spielberg, tudo é comercial, tudo passa nas mesmas salas. O que não quer dizer que tudo faz sucesso seja muito bom, excepcional.

As pessoas que falam que eu traí estão redondamente en­ganadas. Pelo contrário, no meu modesto espaço, eu procurei recuperar um projeto original que eu achava e acho que é o mais viável para o Brasil. Aquele que atende ao gosto, aos interesses, à vida do povo brasileiro. De quem eu quero estar ao lado, não na frente nem em cima, nem ensinando nem guiando. As pes­soas que falam isso são uma mi­noria. Mas essa minoria faz parte de uma espécie de golpismo que se está instalando no Brasil, neo-fascista da aristo­cracia da inteligência. Vão ter que me fuzilar, porque isso eu não engulo. A gente tem que es­crever, tem que falar, tem que denunciar isso constantemente, antes que vire uma coisa mais grave. Eu acho que no Brasil se estão fazendo ótimos filmes e péssimas teorias cinematográfi­cas. A teoria cinematográfica que está sendo discutida no Bra­sil é de péssima qualidade, por­que está toda baseada nessa es­pécie de patrulha ideológica.

Não é teoria cinematográfica. É teoria ideológica.

Exatamente. Ela está domi­nada por pessoas que não se in­teressam pelo cinema, que usam o cinema para falar de outras coisas. Eu acho e insisto que a gente tem que reagir, porque se não vai ficar mais grave. Vai che­gar um momento em que antes de começar o filme, você vai ter o certificado da Censura, o certifi­cado do Concine e o certificado das patrulhas ideológicas. Eu já enfrentei a polícia em diferentes situações, tenho 7 filmes que fo­ram todos censurados e, sincera­mente, quando eu ouço essas pessoas falarem, parece que eu estou vendo os policiais que eu encontrei na Censura, em outras circunstâncias. Eu não vou dar satisfações ideológicas para a polícia. Não dei para os farda­dos, vou dar para os paisanos?

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Não interessa a ideologia do torturador. Ele está te tortu­rando. Não interessa se ele mu­dou de ideologia. Não interessa quem é que está censurando. Tanto faz você ser censurado por bandeira branca ou bandei­ra azul. Eu já vi nos jornais cha­mados alternativos, democráti­cos, os chamados jornais da redemocracia, proclamarem que certos diretores não deviam fazer filmes, não deviam fazer ci­nema. Então qual é a diferença que existe entre o sujeito que te cassa os direitos políticos e ou­tro que cassa os direitos profis­sionais de um cara fazer um filme?

Apesar dos pesares, eu ainda acredito nas utopias so­ciais de uma sociedade sem clas­ses. Mas não encontro, no mundo de hoje, um país onde eu dissesse: ah, nesse eu gostaria de viver. Aliás, acho que essa é uma grande tragédia da minha geração. Todos os projetos tes­tados fracassaram. Em qual­quer continente, de qualquer bandeira, com qualquer ideolo­gia. Nós não temos aqueles mo­delos que tínhamos na nossa ju­ventude, aquelas esperanças. Fracassaram. As bandeiras es­tão esfarrapadas. Então só me restam as utopias. Eu continuo fiel a elas. Mas nessas utopias tem que estar a liberdade in­cluída. E liberdade significa ab­sorver as diferenças. Se a dife­rença não for admitida, então é realmente monopólio do saber, ditadura de um tipo de conheci­mento.

Estadão - 10 de setembro de 1978

Página do Estadão de 10 de setembro de 1978 sobre a entrevista em que o cineasta Caca Diegues cunhou o termo "patrulha ideollógica". Foto: Acervo Estadão

Estadão - 10 de setembro de 1978

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Página do Estadão de 10 de setembro de 1978 sobre a entrevista em que o cineasta Caca Diegues cunhou o termo "patrulha ideollógica". Foto: Acervo Estadão

Cacá Diegues nas páginas do Estadão

Veja a carreira do diretor de cinema em reportagens, críticas e entrevistas ao longo dos anos

Estadão - 12 de agosto de 1979

Texto sobre o filme Bye Bye Brasil no Estadão de 12 de agosto de 1979. Foto: Acervo Estadão

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