BRUMADINHO - O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais afirmou que cerca de 200 pessoas estão desaparecidas após o rompimento da barragem 1 da Mina Feijão, da mineradora Vale, em Brumadinho no início da tarde desta sexta-feira, 25.
Segundo a empresa, a área administrativa, onde estavam funcionários, foi atingida, assim como a comunidade da Vila Ferteco. No momento do rompimento da barragem Mina Feijão, o refeitório da Companhia Vale do Rio Doce estava servindo o almoço. A capacidade do salão era para 2 mil pessoas. Trabalham na unidade 613 trabalhadores, em 3 turnos, mais 28 pessoas terceirizados. O refeitório foi soterrado, mas não há ainda informações sobre quantas pessoas estavam no local, de acordo com a Defesa Civil.
O Corpo de Bombeiros havia informado que a lama de rejeito atingiu o Rio Paraopeba, às 15h50. Mais tarde, retificou a informação, dizendo que não confirmava que a informação de que os rejeitos teriam atingido o rio, que é afluente do Rio São Francisco. Por enquanto, quatro pessoas foram socorridas e encaminhadas ao hospital.
Um sistema de Comando de Operações foi estruturado no Centro Social do Córrego do Feijão, nas proximidades do campo de futebol e da igreja católica da cidade. Em nota, os Bombeiros informaram que “vários órgãos, principalmente de segurança pública, estão no local e em reunião neste momento definindo as estratégias de atendimento”. O campo de futebol está sendo utilizado como área de avaliação e triagem das vítimas para atendimento médico, além de estacionamento de viaturas.
O acidente aconteceu na altura do km 50 da Rodovia MG-040. Os bombeiros enviaram equipes com policiais civis e militares, com enfermeiros e medicamentos, além de cinco aeronaves e um helicóptero. Também foram acionados militares do Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres (Bemad).
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Segundo a empresa, rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco
Um grupo de cerca de 40 moradores faz buscas por parentes e amigos que desapareceram. As famílias estão em uma quadra coberta, no centro do município, ao lado do escritório de crise montado pela mineradora Vale. No local, equipes recolhem nomes de possíveis desaparecidos.
Esses familiares reclamam da falta de informações. "Falaram para a gente vir para cá, mas não falam nada, não dão nenhuma informação. Estamos agoniados, completamente desesperados por notícias de nossos parentes e amigos", afirmou a dona de casa Márcia Oliveira, que aguarda informações de irmão e de sobrinhos.
Veja imagens do rompimento de barragem de rejeitos da Vale em Brumadinho
Tragédia em Minas Gerais
Foto: Washington Alves/Reuters ▲Moradores
Foto: Mauro Pimentel/AFP ▲Catástrofe ambiental e humana
Foto: Adriano Machado/Reuters ▲Animais
Foto: Wilton Junior/Estadão ▲Dificuldade no resgate
Foto: Douglas Magno/AFP ▲Tragédia em Minas Gerais
Foto: Douglas Magno/AFP ▲Tragédia em Minas Gerais
Foto: Washington Alves/Reuters ▲Tragédia em Minas Gerais
Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais ▲Tragédia em Minas Gerais
Foto: Washington Alves/Reuters ▲Catástrofe ambiental e humana
Foto: Adriano Machado/Reuters ▲Tragédia em Minas Gerais
Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais ▲Tragédia em Minas Gerais
Foto: Douglas Magno/AFP ▲Tragédia em Minas Gerais
Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais ▲Tragédia em Minas Gerais
Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais ▲Tragédia em Minas Gerais
Foto: Washington Alves/Reuters ▲Tragédia em Minas Gerais
Foto: Washington Alves/Reuters ▲Tragédia em Minas Gerais
Foto: Washington Alves/Reuters ▲Tragédia em Minas Gerais
Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais ▲Tragédia em Minas Gerais
Foto: Washington Alves/Reuters ▲Tragédia em Minas Gerais
Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais ▲Tragédia em Minas Gerais
Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais ▲Tragédia em Minas Gerais
Foto: Ernesto Rodrigues/Estadão ▲Presidente Bolsonaro
Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República ▲Tragédia em Minas Gerais
Foto: Paulo Fonseca/EFE ▲Tragédia em Minas Gerais
Foto: Corpo de Bombeiros de Minas Gerais ▲Tragédia em Minas Gerais
Foto: Wilton Junior/Estadão ▲Tragédia em Minas Gerais
Foto: Wilton Junior/Estadão ▲Batalha pela Vida
▲Estrada
Foto: Wilton Junior/Estadão ▲Carro atolado
Foto: Wilton Junior/Estadão ▲Helicoptero
Foto: Wilton Junior/Estadão ▲Bombeiros tentam encontrar sobreviventes em Brumadinho
Foto: Washington Alves/Reuters ▲Corpo encontrado
Foto: Wilton Júnior/Estadão ▲Ponte
Foto: Antonio Lacerta/EFE ▲Área devastada
Foto: Wilton Júnior/Estadão ▲Equipe de resgate
Foto: Antonio Lacerda/EFE ▲Resgate aéreo
Foto: Giazi Cavalcante/Código 19 ▲Hospitais
O Ministério da Saúde afirmou que todas as equipes do Samu que atuam na região afetada pelo rompimento da barragem estão mobilizadas para atendimento de vítimas e 150 leitos de hospitais foram colocados a disposição. Equipes foram mobilizadas para dimensionar a necessidade de suprimentos, abrigos e atendimento para população afetada.
A pasta informou que, numa segunda etapa, a equipe de Vigilância em Saúde vai monitorar a contaminação dos recursos hídricos, principalmente o do rio Paraopeba, que abastece as cidades da região.
Hospitais de Belo Horizonte acionaram o plano de atendimento para múltiplas vítimas de catástrofes e estão separando leitos para receber pessoas que forem resgatadas do local do acidente. Além do João XXIII, que recebeu as quatro vítimas socorridas até o momento, outros hospitais ligados à Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) também acionaram o plano. São eles: Eduardo de Menezes, Júlia Kubitschek, Maria Amélia Lins, Maternidade Odete Valadares e Instituto Raul Soares.
A medida também foi adotada pelo Hospital Risoleta Tolentino Neves e pelo Hospital Municipal Odilon Behrens.
O Hospital Público Regional de Betim (HPRB) abriu uma sala e um bloco cirúrgico. "Foram colocadas macas nos corredores, além da liberação do estacionamento para possível pouso de helicóptero. Até as 16h20, nenhuma vítima havia chegado ao HPRB", disse a prefeitura do município nas redes sociais.