Grandeza de 'On the Road' está na simbiose entre diretor e atores


No filme, como no livro, os jovens que buscam a última fronteira da América não conseguem alcançá-la

Por Luiz Carlos Merten

Pode ser que o presidente do júri Nanni Moretti, sinta-se tentado a fazer justiça a Michel Piccoli, o extraordinário ator de Habemus Papam, que nada recebeu no ano passado. Mas se Piccoli, por grande que seja, tivesse sido o melhor ator de Cannes em 2011, talvez não tivesse começado aqui a trajetória que transformou Jean Dujardin e seu filme O Artista em fenômeno internacional. Moretti pode, assim, querer premiar um veterano como Jean-Louis Trintignant, por Amor, de Michael Haneke. Mas não seria justo com os jovens talentos de Cannes.

Matthias Schoenaert (de De Rouille et d’Os), Tom Hardy (de Lawless), mas principalmente o visceral Garret Hedlund, de On the Road. Se alguém encarna na tela a fúria de viver é Hedlund, como Dean. No final do filme, como do livro, Sal (Jack Kerouac) repete seu nome e o eco é como a perpetuação do personagem e da amizade rompida. Dean representa tudo. A intensidade dessa geração que se colocou na estrada para romper regras e viver. Sexo, drogas, tudo ele experimenta. 

No filme, como no livro, os jovens que buscam a última fronteira da América não conseguem alcançá-la. O que ocorre com eles, depois de tanta estrada? Marylou tem os filhos que deseja, Sal escreve seu livro que vai deflagrar um movimento, Carlo/Allen Ginzburg cumpre sua promessa e, aos 23 anos, escreve seu poema para a imortalidade. Dean/Neal Cassidy é o que fica no meio do caminho, o que se perde - e é a experiência dessa perda que faz a beleza devastadora do novo filme de Walter Salles.

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Tudo será dito sobre On the Road. Sobre o detalhismo cênico e a beleza formal; a busca mítica do pai como tema dominante da obra do autor; a portentosa síntese que o roteirista José Rivera e ele fazem de um livro tão cultuado quanto difícil de adaptar. Mas o que faz a transcendência do filme é a simbiose dos atores e seus personagens. Na tela, eles encarnam um velho dilema que grandes artistas e filósofos já encararam - comportamento estético versus comportamento moral. No centro de tudo, Garret Hedlund, como Dean, torna tudo visceral. A fúria, a náusea, o desgosto, o vazio. O garoto, que já era bom em Tron, é agora magnífico. 

Pode ser que o presidente do júri Nanni Moretti, sinta-se tentado a fazer justiça a Michel Piccoli, o extraordinário ator de Habemus Papam, que nada recebeu no ano passado. Mas se Piccoli, por grande que seja, tivesse sido o melhor ator de Cannes em 2011, talvez não tivesse começado aqui a trajetória que transformou Jean Dujardin e seu filme O Artista em fenômeno internacional. Moretti pode, assim, querer premiar um veterano como Jean-Louis Trintignant, por Amor, de Michael Haneke. Mas não seria justo com os jovens talentos de Cannes.

Matthias Schoenaert (de De Rouille et d’Os), Tom Hardy (de Lawless), mas principalmente o visceral Garret Hedlund, de On the Road. Se alguém encarna na tela a fúria de viver é Hedlund, como Dean. No final do filme, como do livro, Sal (Jack Kerouac) repete seu nome e o eco é como a perpetuação do personagem e da amizade rompida. Dean representa tudo. A intensidade dessa geração que se colocou na estrada para romper regras e viver. Sexo, drogas, tudo ele experimenta. 

No filme, como no livro, os jovens que buscam a última fronteira da América não conseguem alcançá-la. O que ocorre com eles, depois de tanta estrada? Marylou tem os filhos que deseja, Sal escreve seu livro que vai deflagrar um movimento, Carlo/Allen Ginzburg cumpre sua promessa e, aos 23 anos, escreve seu poema para a imortalidade. Dean/Neal Cassidy é o que fica no meio do caminho, o que se perde - e é a experiência dessa perda que faz a beleza devastadora do novo filme de Walter Salles.

Tudo será dito sobre On the Road. Sobre o detalhismo cênico e a beleza formal; a busca mítica do pai como tema dominante da obra do autor; a portentosa síntese que o roteirista José Rivera e ele fazem de um livro tão cultuado quanto difícil de adaptar. Mas o que faz a transcendência do filme é a simbiose dos atores e seus personagens. Na tela, eles encarnam um velho dilema que grandes artistas e filósofos já encararam - comportamento estético versus comportamento moral. No centro de tudo, Garret Hedlund, como Dean, torna tudo visceral. A fúria, a náusea, o desgosto, o vazio. O garoto, que já era bom em Tron, é agora magnífico. 

Pode ser que o presidente do júri Nanni Moretti, sinta-se tentado a fazer justiça a Michel Piccoli, o extraordinário ator de Habemus Papam, que nada recebeu no ano passado. Mas se Piccoli, por grande que seja, tivesse sido o melhor ator de Cannes em 2011, talvez não tivesse começado aqui a trajetória que transformou Jean Dujardin e seu filme O Artista em fenômeno internacional. Moretti pode, assim, querer premiar um veterano como Jean-Louis Trintignant, por Amor, de Michael Haneke. Mas não seria justo com os jovens talentos de Cannes.

Matthias Schoenaert (de De Rouille et d’Os), Tom Hardy (de Lawless), mas principalmente o visceral Garret Hedlund, de On the Road. Se alguém encarna na tela a fúria de viver é Hedlund, como Dean. No final do filme, como do livro, Sal (Jack Kerouac) repete seu nome e o eco é como a perpetuação do personagem e da amizade rompida. Dean representa tudo. A intensidade dessa geração que se colocou na estrada para romper regras e viver. Sexo, drogas, tudo ele experimenta. 

No filme, como no livro, os jovens que buscam a última fronteira da América não conseguem alcançá-la. O que ocorre com eles, depois de tanta estrada? Marylou tem os filhos que deseja, Sal escreve seu livro que vai deflagrar um movimento, Carlo/Allen Ginzburg cumpre sua promessa e, aos 23 anos, escreve seu poema para a imortalidade. Dean/Neal Cassidy é o que fica no meio do caminho, o que se perde - e é a experiência dessa perda que faz a beleza devastadora do novo filme de Walter Salles.

Tudo será dito sobre On the Road. Sobre o detalhismo cênico e a beleza formal; a busca mítica do pai como tema dominante da obra do autor; a portentosa síntese que o roteirista José Rivera e ele fazem de um livro tão cultuado quanto difícil de adaptar. Mas o que faz a transcendência do filme é a simbiose dos atores e seus personagens. Na tela, eles encarnam um velho dilema que grandes artistas e filósofos já encararam - comportamento estético versus comportamento moral. No centro de tudo, Garret Hedlund, como Dean, torna tudo visceral. A fúria, a náusea, o desgosto, o vazio. O garoto, que já era bom em Tron, é agora magnífico. 

Pode ser que o presidente do júri Nanni Moretti, sinta-se tentado a fazer justiça a Michel Piccoli, o extraordinário ator de Habemus Papam, que nada recebeu no ano passado. Mas se Piccoli, por grande que seja, tivesse sido o melhor ator de Cannes em 2011, talvez não tivesse começado aqui a trajetória que transformou Jean Dujardin e seu filme O Artista em fenômeno internacional. Moretti pode, assim, querer premiar um veterano como Jean-Louis Trintignant, por Amor, de Michael Haneke. Mas não seria justo com os jovens talentos de Cannes.

Matthias Schoenaert (de De Rouille et d’Os), Tom Hardy (de Lawless), mas principalmente o visceral Garret Hedlund, de On the Road. Se alguém encarna na tela a fúria de viver é Hedlund, como Dean. No final do filme, como do livro, Sal (Jack Kerouac) repete seu nome e o eco é como a perpetuação do personagem e da amizade rompida. Dean representa tudo. A intensidade dessa geração que se colocou na estrada para romper regras e viver. Sexo, drogas, tudo ele experimenta. 

No filme, como no livro, os jovens que buscam a última fronteira da América não conseguem alcançá-la. O que ocorre com eles, depois de tanta estrada? Marylou tem os filhos que deseja, Sal escreve seu livro que vai deflagrar um movimento, Carlo/Allen Ginzburg cumpre sua promessa e, aos 23 anos, escreve seu poema para a imortalidade. Dean/Neal Cassidy é o que fica no meio do caminho, o que se perde - e é a experiência dessa perda que faz a beleza devastadora do novo filme de Walter Salles.

Tudo será dito sobre On the Road. Sobre o detalhismo cênico e a beleza formal; a busca mítica do pai como tema dominante da obra do autor; a portentosa síntese que o roteirista José Rivera e ele fazem de um livro tão cultuado quanto difícil de adaptar. Mas o que faz a transcendência do filme é a simbiose dos atores e seus personagens. Na tela, eles encarnam um velho dilema que grandes artistas e filósofos já encararam - comportamento estético versus comportamento moral. No centro de tudo, Garret Hedlund, como Dean, torna tudo visceral. A fúria, a náusea, o desgosto, o vazio. O garoto, que já era bom em Tron, é agora magnífico. 

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