Repórter especial de economia em Brasília

PIB fraco mostra que o Brasil não pode esperar sempre pela próxima semana


Incertezas continuam pairando no ar, boa parte provocada pelo próprio governo

Por Adriana Fernandes

BRASÍLIA - O Brasil perde tempo. A alta de 1,1% do PIB do presidente Jair Bolsonaro frustra não só porque o novo governo ganhou as eleições prometendo mais crescimento, mas também porque a trajetória de recuperação mais rápida da atividade econômica do Brasil não está contratada.

Pelo contrário, as incertezas continuam pairando no ar – boa parte delas provocada pelo próprio governo. O PIB de 2019 – primeiro ano de Bolsonaro no Palácio do Planalto – é menor do que os de 2017 e 2018, entregues pelo ex-presidente Michel Temer

Não dá para culpar o mundo. Os dois primeiros meses de 2020 foram marcados por tensão, que vêm de fora, é claro, com o avanço do coronavírus e outros fatores geopolíticos, porém, governo e Congresso parecem não entender que o País precisa avançar. 

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A desordem é grande. Ela chegou também ao Ministério da Economia e à agenda econômica, que pareciam blindados e contavam com confiança dos agentes econômicos. A percepção é de que voltamos há um ano, nos primeiros meses do governo Bolsonaro, quando presidente e lideranças do Congresso se engalfinhavam em debates e brigas em torno da articulação política. 

Déjà-vu completo. Presidente e seus ministros tentam novamente constranger os congressistas com estímulo às manifestações de rua. A diferença agora que não temos uma reforma da Previdência “salvadora” para liderar a agenda. A pauta de projetos econômicos é tão diversa e reúne tantas frentes de interesse que até agora ninguém sabe dizer o que é prioritário. Nem a queda mais acelerada dos juros pelo Banco Central deu jeito, por enquanto, no problema do baixo crescimento.

Nada mais representativo do cenário atual do que a queda de braço entre governo e Congresso sobre quem manda mais no dinheiro do Orçamento. Enquanto no plenário do Congresso, ontem, ninguém entendia direito o acordo para o Orçamento de 2020, o ministro da Economia, Paulo Guedes, se reunia com representante dos movimentos de manifestações marcadas para o domingo, 15. Se era para negociar, por que Guedes não foi ao Congresso?

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Senadores e deputados reagiram e não votaram o acordo. “Pera aí, Guedes, cadê as suas reformas? E a reforma administrativa? E a reforma tributária?”, reclamavam. Desde o início do segundo semestre Bolsonaro, Guedes, Senado, Câmara prometem para a “próxima semana” a votação de projetos importantes. 

A reforma da Previdência foi aprovada em outubro e nada mais importante foi feito. Todos só pensam na reeleição. O Brasil precisa de conserto agora. Não dá para esperar pela próxima semana.

O PIB de Bolsonaro, mais tímido do que os dois últimos de Temer, mostrou que os problemas de baixo crescimento do Brasil são bem mais profundos.

BRASÍLIA - O Brasil perde tempo. A alta de 1,1% do PIB do presidente Jair Bolsonaro frustra não só porque o novo governo ganhou as eleições prometendo mais crescimento, mas também porque a trajetória de recuperação mais rápida da atividade econômica do Brasil não está contratada.

Pelo contrário, as incertezas continuam pairando no ar – boa parte delas provocada pelo próprio governo. O PIB de 2019 – primeiro ano de Bolsonaro no Palácio do Planalto – é menor do que os de 2017 e 2018, entregues pelo ex-presidente Michel Temer

Não dá para culpar o mundo. Os dois primeiros meses de 2020 foram marcados por tensão, que vêm de fora, é claro, com o avanço do coronavírus e outros fatores geopolíticos, porém, governo e Congresso parecem não entender que o País precisa avançar. 

A desordem é grande. Ela chegou também ao Ministério da Economia e à agenda econômica, que pareciam blindados e contavam com confiança dos agentes econômicos. A percepção é de que voltamos há um ano, nos primeiros meses do governo Bolsonaro, quando presidente e lideranças do Congresso se engalfinhavam em debates e brigas em torno da articulação política. 

Déjà-vu completo. Presidente e seus ministros tentam novamente constranger os congressistas com estímulo às manifestações de rua. A diferença agora que não temos uma reforma da Previdência “salvadora” para liderar a agenda. A pauta de projetos econômicos é tão diversa e reúne tantas frentes de interesse que até agora ninguém sabe dizer o que é prioritário. Nem a queda mais acelerada dos juros pelo Banco Central deu jeito, por enquanto, no problema do baixo crescimento.

Nada mais representativo do cenário atual do que a queda de braço entre governo e Congresso sobre quem manda mais no dinheiro do Orçamento. Enquanto no plenário do Congresso, ontem, ninguém entendia direito o acordo para o Orçamento de 2020, o ministro da Economia, Paulo Guedes, se reunia com representante dos movimentos de manifestações marcadas para o domingo, 15. Se era para negociar, por que Guedes não foi ao Congresso?

Senadores e deputados reagiram e não votaram o acordo. “Pera aí, Guedes, cadê as suas reformas? E a reforma administrativa? E a reforma tributária?”, reclamavam. Desde o início do segundo semestre Bolsonaro, Guedes, Senado, Câmara prometem para a “próxima semana” a votação de projetos importantes. 

A reforma da Previdência foi aprovada em outubro e nada mais importante foi feito. Todos só pensam na reeleição. O Brasil precisa de conserto agora. Não dá para esperar pela próxima semana.

O PIB de Bolsonaro, mais tímido do que os dois últimos de Temer, mostrou que os problemas de baixo crescimento do Brasil são bem mais profundos.

BRASÍLIA - O Brasil perde tempo. A alta de 1,1% do PIB do presidente Jair Bolsonaro frustra não só porque o novo governo ganhou as eleições prometendo mais crescimento, mas também porque a trajetória de recuperação mais rápida da atividade econômica do Brasil não está contratada.

Pelo contrário, as incertezas continuam pairando no ar – boa parte delas provocada pelo próprio governo. O PIB de 2019 – primeiro ano de Bolsonaro no Palácio do Planalto – é menor do que os de 2017 e 2018, entregues pelo ex-presidente Michel Temer

Não dá para culpar o mundo. Os dois primeiros meses de 2020 foram marcados por tensão, que vêm de fora, é claro, com o avanço do coronavírus e outros fatores geopolíticos, porém, governo e Congresso parecem não entender que o País precisa avançar. 

A desordem é grande. Ela chegou também ao Ministério da Economia e à agenda econômica, que pareciam blindados e contavam com confiança dos agentes econômicos. A percepção é de que voltamos há um ano, nos primeiros meses do governo Bolsonaro, quando presidente e lideranças do Congresso se engalfinhavam em debates e brigas em torno da articulação política. 

Déjà-vu completo. Presidente e seus ministros tentam novamente constranger os congressistas com estímulo às manifestações de rua. A diferença agora que não temos uma reforma da Previdência “salvadora” para liderar a agenda. A pauta de projetos econômicos é tão diversa e reúne tantas frentes de interesse que até agora ninguém sabe dizer o que é prioritário. Nem a queda mais acelerada dos juros pelo Banco Central deu jeito, por enquanto, no problema do baixo crescimento.

Nada mais representativo do cenário atual do que a queda de braço entre governo e Congresso sobre quem manda mais no dinheiro do Orçamento. Enquanto no plenário do Congresso, ontem, ninguém entendia direito o acordo para o Orçamento de 2020, o ministro da Economia, Paulo Guedes, se reunia com representante dos movimentos de manifestações marcadas para o domingo, 15. Se era para negociar, por que Guedes não foi ao Congresso?

Senadores e deputados reagiram e não votaram o acordo. “Pera aí, Guedes, cadê as suas reformas? E a reforma administrativa? E a reforma tributária?”, reclamavam. Desde o início do segundo semestre Bolsonaro, Guedes, Senado, Câmara prometem para a “próxima semana” a votação de projetos importantes. 

A reforma da Previdência foi aprovada em outubro e nada mais importante foi feito. Todos só pensam na reeleição. O Brasil precisa de conserto agora. Não dá para esperar pela próxima semana.

O PIB de Bolsonaro, mais tímido do que os dois últimos de Temer, mostrou que os problemas de baixo crescimento do Brasil são bem mais profundos.

BRASÍLIA - O Brasil perde tempo. A alta de 1,1% do PIB do presidente Jair Bolsonaro frustra não só porque o novo governo ganhou as eleições prometendo mais crescimento, mas também porque a trajetória de recuperação mais rápida da atividade econômica do Brasil não está contratada.

Pelo contrário, as incertezas continuam pairando no ar – boa parte delas provocada pelo próprio governo. O PIB de 2019 – primeiro ano de Bolsonaro no Palácio do Planalto – é menor do que os de 2017 e 2018, entregues pelo ex-presidente Michel Temer

Não dá para culpar o mundo. Os dois primeiros meses de 2020 foram marcados por tensão, que vêm de fora, é claro, com o avanço do coronavírus e outros fatores geopolíticos, porém, governo e Congresso parecem não entender que o País precisa avançar. 

A desordem é grande. Ela chegou também ao Ministério da Economia e à agenda econômica, que pareciam blindados e contavam com confiança dos agentes econômicos. A percepção é de que voltamos há um ano, nos primeiros meses do governo Bolsonaro, quando presidente e lideranças do Congresso se engalfinhavam em debates e brigas em torno da articulação política. 

Déjà-vu completo. Presidente e seus ministros tentam novamente constranger os congressistas com estímulo às manifestações de rua. A diferença agora que não temos uma reforma da Previdência “salvadora” para liderar a agenda. A pauta de projetos econômicos é tão diversa e reúne tantas frentes de interesse que até agora ninguém sabe dizer o que é prioritário. Nem a queda mais acelerada dos juros pelo Banco Central deu jeito, por enquanto, no problema do baixo crescimento.

Nada mais representativo do cenário atual do que a queda de braço entre governo e Congresso sobre quem manda mais no dinheiro do Orçamento. Enquanto no plenário do Congresso, ontem, ninguém entendia direito o acordo para o Orçamento de 2020, o ministro da Economia, Paulo Guedes, se reunia com representante dos movimentos de manifestações marcadas para o domingo, 15. Se era para negociar, por que Guedes não foi ao Congresso?

Senadores e deputados reagiram e não votaram o acordo. “Pera aí, Guedes, cadê as suas reformas? E a reforma administrativa? E a reforma tributária?”, reclamavam. Desde o início do segundo semestre Bolsonaro, Guedes, Senado, Câmara prometem para a “próxima semana” a votação de projetos importantes. 

A reforma da Previdência foi aprovada em outubro e nada mais importante foi feito. Todos só pensam na reeleição. O Brasil precisa de conserto agora. Não dá para esperar pela próxima semana.

O PIB de Bolsonaro, mais tímido do que os dois últimos de Temer, mostrou que os problemas de baixo crescimento do Brasil são bem mais profundos.

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