Jornalista e comentarista de economia

Opinião|Pessimismo lá fora e aversão ao risco


Movimento contamina também a evolução da economia brasileira

Por Celso Ming
Atualização:

Nesta quarta-feira, o Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos) decidiu manter os juros básicos (Fedfunds) entre 5,25% e 5,50% ao ano. É decisão que mexe com muita coisa também por aqui.

O simples fato de não aumentar os juros poderia parecer um aspecto positivo para a economia dos Estados Unidos e do mundo. No entanto, por trás dos movimentos do Fed existe um quadro de incertezas.

A renda (PIB) dos Estados Unidos vem crescendo à proporção de 2% ao ano, enquanto a inflação anual oscila em torno dos 5%. O desemprego avançou no último mês, para 3,8% da força de trabalho, e foi um dos fatores apontados por especialistas que nortearam o Fed a não apertar mais sua política de juros. Ainda assim, a situação está muito próxima do pleno-emprego, porque revela escassez de mão de obra em setores da economia.

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Esta foto da economia americana é o resultado de enorme injeção de moeda. Há dois anos, para combater o enrosco produtivo e a ameaça de desemprego provocados pela pandemia, o governo dos Estados Unidos tratou de ampliar a gastança e, com isso, expandiu a dívida, hoje em US$ 33 trilhões. Enquanto isso, o Fed emitiu US$ 4 trilhões, ou algo próximo dos 23% do PIB, para evitar a paradeira.

A disparada da inflação, atualmente em 3,7%, tem a ver não apenas com o encarecimento do petróleo e a desorganização global dos canais de produção e distribuição, mas, também, com essa forte injeção de dinheiro.

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Agora que a covid-19 foi embora  – ou hibernou –, o Fed precisa combater a inflação. Mas teme que, se errar na mão, possa produzir pouso abrupto com muitas vítimas. Por isso, a estratégia é manter os juros em patamar elevado, e não promover novos aumentos.

A principal consequência dessa política é o prolongamento da inflação nos Estados Unidos e sua exportação para o resto do mundo, porque vai para os preços das commodities.

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Para a economia brasileira, esta é apenas uma das fontes externas de incerteza. Há alguns anos, o desempenho fraco do PIB local era compensado por forte expansão externa, portanto, por menos incertezas. Os riscos externos são agora maiores, como explicitou o Banco Central do Brasil em comunicado após a reunião do Copom. Além destes, que se relacionam com a economia americana, há o fraco desempenho da Europa e as distorções pelas quais passa a economia da China.

E não dá para ignorar a escalada dos preços do petróleo, agora em direção aos US$ 100, mais inflação e mais abacaxis para os bancos centrais descascarem.

Daí o clima global carregado de boa dose de pessimismo e de aversão ao risco que acaba por contaminar também a evolução da economia brasileira.

Nesta quarta-feira, o Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos) decidiu manter os juros básicos (Fedfunds) entre 5,25% e 5,50% ao ano. É decisão que mexe com muita coisa também por aqui.

O simples fato de não aumentar os juros poderia parecer um aspecto positivo para a economia dos Estados Unidos e do mundo. No entanto, por trás dos movimentos do Fed existe um quadro de incertezas.

A renda (PIB) dos Estados Unidos vem crescendo à proporção de 2% ao ano, enquanto a inflação anual oscila em torno dos 5%. O desemprego avançou no último mês, para 3,8% da força de trabalho, e foi um dos fatores apontados por especialistas que nortearam o Fed a não apertar mais sua política de juros. Ainda assim, a situação está muito próxima do pleno-emprego, porque revela escassez de mão de obra em setores da economia.

Esta foto da economia americana é o resultado de enorme injeção de moeda. Há dois anos, para combater o enrosco produtivo e a ameaça de desemprego provocados pela pandemia, o governo dos Estados Unidos tratou de ampliar a gastança e, com isso, expandiu a dívida, hoje em US$ 33 trilhões. Enquanto isso, o Fed emitiu US$ 4 trilhões, ou algo próximo dos 23% do PIB, para evitar a paradeira.

A disparada da inflação, atualmente em 3,7%, tem a ver não apenas com o encarecimento do petróleo e a desorganização global dos canais de produção e distribuição, mas, também, com essa forte injeção de dinheiro.

Agora que a covid-19 foi embora  – ou hibernou –, o Fed precisa combater a inflação. Mas teme que, se errar na mão, possa produzir pouso abrupto com muitas vítimas. Por isso, a estratégia é manter os juros em patamar elevado, e não promover novos aumentos.

A principal consequência dessa política é o prolongamento da inflação nos Estados Unidos e sua exportação para o resto do mundo, porque vai para os preços das commodities.

Para a economia brasileira, esta é apenas uma das fontes externas de incerteza. Há alguns anos, o desempenho fraco do PIB local era compensado por forte expansão externa, portanto, por menos incertezas. Os riscos externos são agora maiores, como explicitou o Banco Central do Brasil em comunicado após a reunião do Copom. Além destes, que se relacionam com a economia americana, há o fraco desempenho da Europa e as distorções pelas quais passa a economia da China.

E não dá para ignorar a escalada dos preços do petróleo, agora em direção aos US$ 100, mais inflação e mais abacaxis para os bancos centrais descascarem.

Daí o clima global carregado de boa dose de pessimismo e de aversão ao risco que acaba por contaminar também a evolução da economia brasileira.

Nesta quarta-feira, o Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos) decidiu manter os juros básicos (Fedfunds) entre 5,25% e 5,50% ao ano. É decisão que mexe com muita coisa também por aqui.

O simples fato de não aumentar os juros poderia parecer um aspecto positivo para a economia dos Estados Unidos e do mundo. No entanto, por trás dos movimentos do Fed existe um quadro de incertezas.

A renda (PIB) dos Estados Unidos vem crescendo à proporção de 2% ao ano, enquanto a inflação anual oscila em torno dos 5%. O desemprego avançou no último mês, para 3,8% da força de trabalho, e foi um dos fatores apontados por especialistas que nortearam o Fed a não apertar mais sua política de juros. Ainda assim, a situação está muito próxima do pleno-emprego, porque revela escassez de mão de obra em setores da economia.

Esta foto da economia americana é o resultado de enorme injeção de moeda. Há dois anos, para combater o enrosco produtivo e a ameaça de desemprego provocados pela pandemia, o governo dos Estados Unidos tratou de ampliar a gastança e, com isso, expandiu a dívida, hoje em US$ 33 trilhões. Enquanto isso, o Fed emitiu US$ 4 trilhões, ou algo próximo dos 23% do PIB, para evitar a paradeira.

A disparada da inflação, atualmente em 3,7%, tem a ver não apenas com o encarecimento do petróleo e a desorganização global dos canais de produção e distribuição, mas, também, com essa forte injeção de dinheiro.

Agora que a covid-19 foi embora  – ou hibernou –, o Fed precisa combater a inflação. Mas teme que, se errar na mão, possa produzir pouso abrupto com muitas vítimas. Por isso, a estratégia é manter os juros em patamar elevado, e não promover novos aumentos.

A principal consequência dessa política é o prolongamento da inflação nos Estados Unidos e sua exportação para o resto do mundo, porque vai para os preços das commodities.

Para a economia brasileira, esta é apenas uma das fontes externas de incerteza. Há alguns anos, o desempenho fraco do PIB local era compensado por forte expansão externa, portanto, por menos incertezas. Os riscos externos são agora maiores, como explicitou o Banco Central do Brasil em comunicado após a reunião do Copom. Além destes, que se relacionam com a economia americana, há o fraco desempenho da Europa e as distorções pelas quais passa a economia da China.

E não dá para ignorar a escalada dos preços do petróleo, agora em direção aos US$ 100, mais inflação e mais abacaxis para os bancos centrais descascarem.

Daí o clima global carregado de boa dose de pessimismo e de aversão ao risco que acaba por contaminar também a evolução da economia brasileira.

Nesta quarta-feira, o Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos) decidiu manter os juros básicos (Fedfunds) entre 5,25% e 5,50% ao ano. É decisão que mexe com muita coisa também por aqui.

O simples fato de não aumentar os juros poderia parecer um aspecto positivo para a economia dos Estados Unidos e do mundo. No entanto, por trás dos movimentos do Fed existe um quadro de incertezas.

A renda (PIB) dos Estados Unidos vem crescendo à proporção de 2% ao ano, enquanto a inflação anual oscila em torno dos 5%. O desemprego avançou no último mês, para 3,8% da força de trabalho, e foi um dos fatores apontados por especialistas que nortearam o Fed a não apertar mais sua política de juros. Ainda assim, a situação está muito próxima do pleno-emprego, porque revela escassez de mão de obra em setores da economia.

Esta foto da economia americana é o resultado de enorme injeção de moeda. Há dois anos, para combater o enrosco produtivo e a ameaça de desemprego provocados pela pandemia, o governo dos Estados Unidos tratou de ampliar a gastança e, com isso, expandiu a dívida, hoje em US$ 33 trilhões. Enquanto isso, o Fed emitiu US$ 4 trilhões, ou algo próximo dos 23% do PIB, para evitar a paradeira.

A disparada da inflação, atualmente em 3,7%, tem a ver não apenas com o encarecimento do petróleo e a desorganização global dos canais de produção e distribuição, mas, também, com essa forte injeção de dinheiro.

Agora que a covid-19 foi embora  – ou hibernou –, o Fed precisa combater a inflação. Mas teme que, se errar na mão, possa produzir pouso abrupto com muitas vítimas. Por isso, a estratégia é manter os juros em patamar elevado, e não promover novos aumentos.

A principal consequência dessa política é o prolongamento da inflação nos Estados Unidos e sua exportação para o resto do mundo, porque vai para os preços das commodities.

Para a economia brasileira, esta é apenas uma das fontes externas de incerteza. Há alguns anos, o desempenho fraco do PIB local era compensado por forte expansão externa, portanto, por menos incertezas. Os riscos externos são agora maiores, como explicitou o Banco Central do Brasil em comunicado após a reunião do Copom. Além destes, que se relacionam com a economia americana, há o fraco desempenho da Europa e as distorções pelas quais passa a economia da China.

E não dá para ignorar a escalada dos preços do petróleo, agora em direção aos US$ 100, mais inflação e mais abacaxis para os bancos centrais descascarem.

Daí o clima global carregado de boa dose de pessimismo e de aversão ao risco que acaba por contaminar também a evolução da economia brasileira.

Opinião por Celso Ming

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