Déficit da Previdência tem números contundentes, diz secretária do Tesouro


Em audiência na CPI da Previdência, no Senado, Ana Paula Vescovi defendeu necessidade da reforma

Por Eduardo Rodrigues e Isabela Bonfim

BRASÍLIA - A CPI da Previdência criada no Senado para questionar os dados do déficit apresentado pelo governo nas contas do INSS teve mais uma sessão nesta segunda-feira, 15, dessa vez com a participação de representantes do Ministério da Fazenda, que reiteraram o tamanho do rombo nas contas previdenciárias. 

A secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, defendeu a necessidade da Reforma da Previdência proposta pelo governo Temer, em análise na Câmara dos Deputados. “O governo federal fará um esforço de R$ 50 bilhões este ano apenas para mitigar o déficit da Previdência”, afirmou. “Se houvesse equilíbrio contributivo na Previdência, haveria mais recursos para investimentos sociais.”

A secretaria do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi Foto: Nelson Müller/ Secom-ES
continua após a publicidade

Ela rebateu informações de senadores, que argumentaram que, segundo dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip), a Previdência é superavitária. “Em todas as audiências públicas que fiz e com que fui brindado com a presença de algum representante do governo - e aqui eu fui brindado com uma mesa inteira -, cada um apresentou um valor, cada um fez uma salada de frutas”, afirmou o especialista em direito previdenciário Guilherme Portanova. Apenas três parlamentares participaram da sessão até o final.

Ana Paula apresentou números das três esferas de Poder argumentando que todas estão deficitárias. A situação mais grave, segundo ela, é a dos Estados. “Os municípios ainda conseguem apresentar no fluxo dos exercícios financeiros um superávit, mas os Estados não, eles apresentam um déficit que se agrava. Essa deterioração é muito forte e sempre acontece do lado das despesas”, disse.

Veja distorções existentes na Previdência brasileira

1 | 6

Militares

Foto: ANDRE DUSEK/ESTADÃO
2 | 6

Parentes de militares

Foto: AFP PHOTO / CHRISTOPHE SIMON
3 | 6

Servidores públicos

Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
4 | 6

Casamento de conveniência

Foto: Pixabay
5 | 6

Ex-parlamentares

Foto: ANDRE DUSEK / ESTAD?O
6 | 6

Veteranos de guerra

Foto: EVELSON DE FREITAS / AE
continua após a publicidade

A secretária fez ainda um alerta sobre a situação futura da Previdência ressaltando que, com o envelhecimento da população, o déficit tende a se agravar. 

O procurador-geral da Fazenda Nacional, Fabrício de Soller, detalhou que o índice de recuperação da dívida previdenciária é de 16,5%, chegando a R$ 4,1 bilhões no ano passado. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional é um órgão vinculado à Advocacia Geral da União que faz o assessoramento jurídico do Ministério da Fazenda e a cobrança da Dívida Ativa da União.

ENTENDA OS PONTOS BÁSICOS DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA

continua após a publicidade

“O estoque da dívida previdenciária era de R$ 432,9 bilhões em janeiro e continua crescendo ao ritmo de 15% ao ano. Os cem maiores devedores com débitos exigíveis - não parcelados ou suspensos judicialmente - têm dívida de R$ 33 bilhões”, afirmou Soller. “A recuperação de créditos previdenciários pela PGFN é da ordem de R$ 4 bilhões ao ano. Além disso, R$ 55 bilhões em dívidas do INSS estão parcelados.”

BRASÍLIA - A CPI da Previdência criada no Senado para questionar os dados do déficit apresentado pelo governo nas contas do INSS teve mais uma sessão nesta segunda-feira, 15, dessa vez com a participação de representantes do Ministério da Fazenda, que reiteraram o tamanho do rombo nas contas previdenciárias. 

A secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, defendeu a necessidade da Reforma da Previdência proposta pelo governo Temer, em análise na Câmara dos Deputados. “O governo federal fará um esforço de R$ 50 bilhões este ano apenas para mitigar o déficit da Previdência”, afirmou. “Se houvesse equilíbrio contributivo na Previdência, haveria mais recursos para investimentos sociais.”

A secretaria do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi Foto: Nelson Müller/ Secom-ES

Ela rebateu informações de senadores, que argumentaram que, segundo dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip), a Previdência é superavitária. “Em todas as audiências públicas que fiz e com que fui brindado com a presença de algum representante do governo - e aqui eu fui brindado com uma mesa inteira -, cada um apresentou um valor, cada um fez uma salada de frutas”, afirmou o especialista em direito previdenciário Guilherme Portanova. Apenas três parlamentares participaram da sessão até o final.

Ana Paula apresentou números das três esferas de Poder argumentando que todas estão deficitárias. A situação mais grave, segundo ela, é a dos Estados. “Os municípios ainda conseguem apresentar no fluxo dos exercícios financeiros um superávit, mas os Estados não, eles apresentam um déficit que se agrava. Essa deterioração é muito forte e sempre acontece do lado das despesas”, disse.

Veja distorções existentes na Previdência brasileira

1 | 6

Militares

Foto: ANDRE DUSEK/ESTADÃO
2 | 6

Parentes de militares

Foto: AFP PHOTO / CHRISTOPHE SIMON
3 | 6

Servidores públicos

Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
4 | 6

Casamento de conveniência

Foto: Pixabay
5 | 6

Ex-parlamentares

Foto: ANDRE DUSEK / ESTAD?O
6 | 6

Veteranos de guerra

Foto: EVELSON DE FREITAS / AE

A secretária fez ainda um alerta sobre a situação futura da Previdência ressaltando que, com o envelhecimento da população, o déficit tende a se agravar. 

O procurador-geral da Fazenda Nacional, Fabrício de Soller, detalhou que o índice de recuperação da dívida previdenciária é de 16,5%, chegando a R$ 4,1 bilhões no ano passado. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional é um órgão vinculado à Advocacia Geral da União que faz o assessoramento jurídico do Ministério da Fazenda e a cobrança da Dívida Ativa da União.

ENTENDA OS PONTOS BÁSICOS DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA

“O estoque da dívida previdenciária era de R$ 432,9 bilhões em janeiro e continua crescendo ao ritmo de 15% ao ano. Os cem maiores devedores com débitos exigíveis - não parcelados ou suspensos judicialmente - têm dívida de R$ 33 bilhões”, afirmou Soller. “A recuperação de créditos previdenciários pela PGFN é da ordem de R$ 4 bilhões ao ano. Além disso, R$ 55 bilhões em dívidas do INSS estão parcelados.”

BRASÍLIA - A CPI da Previdência criada no Senado para questionar os dados do déficit apresentado pelo governo nas contas do INSS teve mais uma sessão nesta segunda-feira, 15, dessa vez com a participação de representantes do Ministério da Fazenda, que reiteraram o tamanho do rombo nas contas previdenciárias. 

A secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, defendeu a necessidade da Reforma da Previdência proposta pelo governo Temer, em análise na Câmara dos Deputados. “O governo federal fará um esforço de R$ 50 bilhões este ano apenas para mitigar o déficit da Previdência”, afirmou. “Se houvesse equilíbrio contributivo na Previdência, haveria mais recursos para investimentos sociais.”

A secretaria do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi Foto: Nelson Müller/ Secom-ES

Ela rebateu informações de senadores, que argumentaram que, segundo dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip), a Previdência é superavitária. “Em todas as audiências públicas que fiz e com que fui brindado com a presença de algum representante do governo - e aqui eu fui brindado com uma mesa inteira -, cada um apresentou um valor, cada um fez uma salada de frutas”, afirmou o especialista em direito previdenciário Guilherme Portanova. Apenas três parlamentares participaram da sessão até o final.

Ana Paula apresentou números das três esferas de Poder argumentando que todas estão deficitárias. A situação mais grave, segundo ela, é a dos Estados. “Os municípios ainda conseguem apresentar no fluxo dos exercícios financeiros um superávit, mas os Estados não, eles apresentam um déficit que se agrava. Essa deterioração é muito forte e sempre acontece do lado das despesas”, disse.

Veja distorções existentes na Previdência brasileira

1 | 6

Militares

Foto: ANDRE DUSEK/ESTADÃO
2 | 6

Parentes de militares

Foto: AFP PHOTO / CHRISTOPHE SIMON
3 | 6

Servidores públicos

Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
4 | 6

Casamento de conveniência

Foto: Pixabay
5 | 6

Ex-parlamentares

Foto: ANDRE DUSEK / ESTAD?O
6 | 6

Veteranos de guerra

Foto: EVELSON DE FREITAS / AE

A secretária fez ainda um alerta sobre a situação futura da Previdência ressaltando que, com o envelhecimento da população, o déficit tende a se agravar. 

O procurador-geral da Fazenda Nacional, Fabrício de Soller, detalhou que o índice de recuperação da dívida previdenciária é de 16,5%, chegando a R$ 4,1 bilhões no ano passado. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional é um órgão vinculado à Advocacia Geral da União que faz o assessoramento jurídico do Ministério da Fazenda e a cobrança da Dívida Ativa da União.

ENTENDA OS PONTOS BÁSICOS DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA

“O estoque da dívida previdenciária era de R$ 432,9 bilhões em janeiro e continua crescendo ao ritmo de 15% ao ano. Os cem maiores devedores com débitos exigíveis - não parcelados ou suspensos judicialmente - têm dívida de R$ 33 bilhões”, afirmou Soller. “A recuperação de créditos previdenciários pela PGFN é da ordem de R$ 4 bilhões ao ano. Além disso, R$ 55 bilhões em dívidas do INSS estão parcelados.”

BRASÍLIA - A CPI da Previdência criada no Senado para questionar os dados do déficit apresentado pelo governo nas contas do INSS teve mais uma sessão nesta segunda-feira, 15, dessa vez com a participação de representantes do Ministério da Fazenda, que reiteraram o tamanho do rombo nas contas previdenciárias. 

A secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, defendeu a necessidade da Reforma da Previdência proposta pelo governo Temer, em análise na Câmara dos Deputados. “O governo federal fará um esforço de R$ 50 bilhões este ano apenas para mitigar o déficit da Previdência”, afirmou. “Se houvesse equilíbrio contributivo na Previdência, haveria mais recursos para investimentos sociais.”

A secretaria do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi Foto: Nelson Müller/ Secom-ES

Ela rebateu informações de senadores, que argumentaram que, segundo dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip), a Previdência é superavitária. “Em todas as audiências públicas que fiz e com que fui brindado com a presença de algum representante do governo - e aqui eu fui brindado com uma mesa inteira -, cada um apresentou um valor, cada um fez uma salada de frutas”, afirmou o especialista em direito previdenciário Guilherme Portanova. Apenas três parlamentares participaram da sessão até o final.

Ana Paula apresentou números das três esferas de Poder argumentando que todas estão deficitárias. A situação mais grave, segundo ela, é a dos Estados. “Os municípios ainda conseguem apresentar no fluxo dos exercícios financeiros um superávit, mas os Estados não, eles apresentam um déficit que se agrava. Essa deterioração é muito forte e sempre acontece do lado das despesas”, disse.

Veja distorções existentes na Previdência brasileira

1 | 6

Militares

Foto: ANDRE DUSEK/ESTADÃO
2 | 6

Parentes de militares

Foto: AFP PHOTO / CHRISTOPHE SIMON
3 | 6

Servidores públicos

Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
4 | 6

Casamento de conveniência

Foto: Pixabay
5 | 6

Ex-parlamentares

Foto: ANDRE DUSEK / ESTAD?O
6 | 6

Veteranos de guerra

Foto: EVELSON DE FREITAS / AE

A secretária fez ainda um alerta sobre a situação futura da Previdência ressaltando que, com o envelhecimento da população, o déficit tende a se agravar. 

O procurador-geral da Fazenda Nacional, Fabrício de Soller, detalhou que o índice de recuperação da dívida previdenciária é de 16,5%, chegando a R$ 4,1 bilhões no ano passado. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional é um órgão vinculado à Advocacia Geral da União que faz o assessoramento jurídico do Ministério da Fazenda e a cobrança da Dívida Ativa da União.

ENTENDA OS PONTOS BÁSICOS DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA

“O estoque da dívida previdenciária era de R$ 432,9 bilhões em janeiro e continua crescendo ao ritmo de 15% ao ano. Os cem maiores devedores com débitos exigíveis - não parcelados ou suspensos judicialmente - têm dívida de R$ 33 bilhões”, afirmou Soller. “A recuperação de créditos previdenciários pela PGFN é da ordem de R$ 4 bilhões ao ano. Além disso, R$ 55 bilhões em dívidas do INSS estão parcelados.”

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.