Ex-ministro da Fazenda, Barbosa é contra PEC que limita gastos


Para o economista, projeto de Temer é a pior maneira de conter o crescimento dos gastos do governo

Por Francisco Carlos de Assis
'Um governo que chegou ao poder por maneira controversa propor limitar tamanho do Orçamentoé um absurdo' Foto: Dida Sampaio|Estadão

O ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa disse nesta sexta-feira, 2, que não pode apoiar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 241) que propõe limitar o tamanho dos gastos públicos por considerá-la "a pior maneira de se fazer isso". "É a pior maneira para se fazer isso por dois motivos que não são tanto econômicos. São mais jurídico e político", disse Barbosa durante palestra que proferiu durante o IX Encontro Internacional da Associação Keynesiana Brasileira - Oitenta anos da Teoria Geral: Reflexões para a Superação da Crise Brasileira, que acontece na sede da FGV, em São Paulo.

De acordo com Barbosa, que fez questão de marcar posição contra ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o primeiro motivo pelo qual ele professa desaprovação à PEC que limita os gastos da União é o jurídico. Segundo ele, não se deve engessar as coisas na Constituição. O ex-ministro disse que de todas as reformas que o Brasil precisa enfrentar e fazer, a mais importante é a fiscal. "Eu sou sempre adepto do quanto melhor, melhor. É por isso que não posso apoiar a PEC,porque ela é a pior maneira de se fazer isso", reiterou.

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Na avaliação de Barbosa, se há um consenso entre os economistas é o de que é preciso tirar algumas coisas da Constituição. "Não temos que carregar ainda mais a nossa Constituição. O lugar de colocar uma meta de gastos é na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) por meio de lei complementar", explicou o ex-ministro ao defender por várias vezes que já passou do momento de se fazer mudanças na LRF. "Nem o PSDB que propôs em 2001 a LRF, pensou em colocar isso na Constituição. O melhor lugar para colocar isso é numa lei, como a presidente Dilma propôs no início deste ano", destacou.

O segundo motivo que o coloca contrário a PEC 241 "e esse é o principal e não é econômico" é proposta de congelamento dos gastos. "Eu acho que o gasto tem mesmo que crescer mais moderadamente eu estava trabalhando nisso. Mas o gasto corrente e não o gasto em investimento. Mas eu tenho a consciência de que essa é uma opinião minha", ponderou o economista. 

O ex-ministro defende ainda que se é para ter um prazo para estabelecer ritmo de gastos, que seja de quatro em quatro anos como já manda a Constituição. "Um governo que chegou ao poder por maneira controversa propor limitar tamanho do Orçamento Brasileiro por vinte anos, é um absurdo", criticou. 

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"Todo primeiro ano de mandato o presidente eleito tem que mandar para o Congresso um plano plurianual que estabelece as metas de gastos e as projeções de receitas por quatro anos. Propor o congelamento do Orçamento Público, independente de você achar que o Estado tem que ser maior ou menor, é dizer que até 2036 os próximos governantes e os parlamentares não poderão decidir o tamanho do Orçamento Público", contestou Barbosa.

"Significa que vamos eleger pessoas em 2018, 2022, 2026, 2030 e 2034 que não poderão decidir o tamanho do Orçamento Público nem que a economia cresça muito. Por isso essa PEC, mais que tudo, é um golpe na democracia e no direito da população brasileira de decidir seu próprio destino de quatro em quatro anos", indignou-se o ex-ministro do governo Dilma. Para ele, trata-se de um instrumento legislativo errado e com prazo inadequado, do ponto de vista político. 

"Nós temos, sim, que discutir o tamanho do Estado, temos que mudar o foco da nossa regra fiscal de meta de resultados para meta de gastos, mas da forma correta. Correta do ponto de vista econômico, que é a meta de gasto, correta do ponto de vista legislativo, tem que ser matéria de lei e não de Constituição e o mais importante, correto do ponto de vista democrático", disse.

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De acordo com o ex-ministro, de quatro em quatro anos a população elege seus representantes. "E nós temos que acreditar nisso e não tirar os direitos de quem vai ser eleito nos próximos vinte anos", afirmou.

'Um governo que chegou ao poder por maneira controversa propor limitar tamanho do Orçamentoé um absurdo' Foto: Dida Sampaio|Estadão

O ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa disse nesta sexta-feira, 2, que não pode apoiar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 241) que propõe limitar o tamanho dos gastos públicos por considerá-la "a pior maneira de se fazer isso". "É a pior maneira para se fazer isso por dois motivos que não são tanto econômicos. São mais jurídico e político", disse Barbosa durante palestra que proferiu durante o IX Encontro Internacional da Associação Keynesiana Brasileira - Oitenta anos da Teoria Geral: Reflexões para a Superação da Crise Brasileira, que acontece na sede da FGV, em São Paulo.

De acordo com Barbosa, que fez questão de marcar posição contra ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o primeiro motivo pelo qual ele professa desaprovação à PEC que limita os gastos da União é o jurídico. Segundo ele, não se deve engessar as coisas na Constituição. O ex-ministro disse que de todas as reformas que o Brasil precisa enfrentar e fazer, a mais importante é a fiscal. "Eu sou sempre adepto do quanto melhor, melhor. É por isso que não posso apoiar a PEC,porque ela é a pior maneira de se fazer isso", reiterou.

Na avaliação de Barbosa, se há um consenso entre os economistas é o de que é preciso tirar algumas coisas da Constituição. "Não temos que carregar ainda mais a nossa Constituição. O lugar de colocar uma meta de gastos é na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) por meio de lei complementar", explicou o ex-ministro ao defender por várias vezes que já passou do momento de se fazer mudanças na LRF. "Nem o PSDB que propôs em 2001 a LRF, pensou em colocar isso na Constituição. O melhor lugar para colocar isso é numa lei, como a presidente Dilma propôs no início deste ano", destacou.

O segundo motivo que o coloca contrário a PEC 241 "e esse é o principal e não é econômico" é proposta de congelamento dos gastos. "Eu acho que o gasto tem mesmo que crescer mais moderadamente eu estava trabalhando nisso. Mas o gasto corrente e não o gasto em investimento. Mas eu tenho a consciência de que essa é uma opinião minha", ponderou o economista. 

O ex-ministro defende ainda que se é para ter um prazo para estabelecer ritmo de gastos, que seja de quatro em quatro anos como já manda a Constituição. "Um governo que chegou ao poder por maneira controversa propor limitar tamanho do Orçamento Brasileiro por vinte anos, é um absurdo", criticou. 

"Todo primeiro ano de mandato o presidente eleito tem que mandar para o Congresso um plano plurianual que estabelece as metas de gastos e as projeções de receitas por quatro anos. Propor o congelamento do Orçamento Público, independente de você achar que o Estado tem que ser maior ou menor, é dizer que até 2036 os próximos governantes e os parlamentares não poderão decidir o tamanho do Orçamento Público", contestou Barbosa.

"Significa que vamos eleger pessoas em 2018, 2022, 2026, 2030 e 2034 que não poderão decidir o tamanho do Orçamento Público nem que a economia cresça muito. Por isso essa PEC, mais que tudo, é um golpe na democracia e no direito da população brasileira de decidir seu próprio destino de quatro em quatro anos", indignou-se o ex-ministro do governo Dilma. Para ele, trata-se de um instrumento legislativo errado e com prazo inadequado, do ponto de vista político. 

"Nós temos, sim, que discutir o tamanho do Estado, temos que mudar o foco da nossa regra fiscal de meta de resultados para meta de gastos, mas da forma correta. Correta do ponto de vista econômico, que é a meta de gasto, correta do ponto de vista legislativo, tem que ser matéria de lei e não de Constituição e o mais importante, correto do ponto de vista democrático", disse.

De acordo com o ex-ministro, de quatro em quatro anos a população elege seus representantes. "E nós temos que acreditar nisso e não tirar os direitos de quem vai ser eleito nos próximos vinte anos", afirmou.

'Um governo que chegou ao poder por maneira controversa propor limitar tamanho do Orçamentoé um absurdo' Foto: Dida Sampaio|Estadão

O ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa disse nesta sexta-feira, 2, que não pode apoiar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 241) que propõe limitar o tamanho dos gastos públicos por considerá-la "a pior maneira de se fazer isso". "É a pior maneira para se fazer isso por dois motivos que não são tanto econômicos. São mais jurídico e político", disse Barbosa durante palestra que proferiu durante o IX Encontro Internacional da Associação Keynesiana Brasileira - Oitenta anos da Teoria Geral: Reflexões para a Superação da Crise Brasileira, que acontece na sede da FGV, em São Paulo.

De acordo com Barbosa, que fez questão de marcar posição contra ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o primeiro motivo pelo qual ele professa desaprovação à PEC que limita os gastos da União é o jurídico. Segundo ele, não se deve engessar as coisas na Constituição. O ex-ministro disse que de todas as reformas que o Brasil precisa enfrentar e fazer, a mais importante é a fiscal. "Eu sou sempre adepto do quanto melhor, melhor. É por isso que não posso apoiar a PEC,porque ela é a pior maneira de se fazer isso", reiterou.

Na avaliação de Barbosa, se há um consenso entre os economistas é o de que é preciso tirar algumas coisas da Constituição. "Não temos que carregar ainda mais a nossa Constituição. O lugar de colocar uma meta de gastos é na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) por meio de lei complementar", explicou o ex-ministro ao defender por várias vezes que já passou do momento de se fazer mudanças na LRF. "Nem o PSDB que propôs em 2001 a LRF, pensou em colocar isso na Constituição. O melhor lugar para colocar isso é numa lei, como a presidente Dilma propôs no início deste ano", destacou.

O segundo motivo que o coloca contrário a PEC 241 "e esse é o principal e não é econômico" é proposta de congelamento dos gastos. "Eu acho que o gasto tem mesmo que crescer mais moderadamente eu estava trabalhando nisso. Mas o gasto corrente e não o gasto em investimento. Mas eu tenho a consciência de que essa é uma opinião minha", ponderou o economista. 

O ex-ministro defende ainda que se é para ter um prazo para estabelecer ritmo de gastos, que seja de quatro em quatro anos como já manda a Constituição. "Um governo que chegou ao poder por maneira controversa propor limitar tamanho do Orçamento Brasileiro por vinte anos, é um absurdo", criticou. 

"Todo primeiro ano de mandato o presidente eleito tem que mandar para o Congresso um plano plurianual que estabelece as metas de gastos e as projeções de receitas por quatro anos. Propor o congelamento do Orçamento Público, independente de você achar que o Estado tem que ser maior ou menor, é dizer que até 2036 os próximos governantes e os parlamentares não poderão decidir o tamanho do Orçamento Público", contestou Barbosa.

"Significa que vamos eleger pessoas em 2018, 2022, 2026, 2030 e 2034 que não poderão decidir o tamanho do Orçamento Público nem que a economia cresça muito. Por isso essa PEC, mais que tudo, é um golpe na democracia e no direito da população brasileira de decidir seu próprio destino de quatro em quatro anos", indignou-se o ex-ministro do governo Dilma. Para ele, trata-se de um instrumento legislativo errado e com prazo inadequado, do ponto de vista político. 

"Nós temos, sim, que discutir o tamanho do Estado, temos que mudar o foco da nossa regra fiscal de meta de resultados para meta de gastos, mas da forma correta. Correta do ponto de vista econômico, que é a meta de gasto, correta do ponto de vista legislativo, tem que ser matéria de lei e não de Constituição e o mais importante, correto do ponto de vista democrático", disse.

De acordo com o ex-ministro, de quatro em quatro anos a população elege seus representantes. "E nós temos que acreditar nisso e não tirar os direitos de quem vai ser eleito nos próximos vinte anos", afirmou.

'Um governo que chegou ao poder por maneira controversa propor limitar tamanho do Orçamentoé um absurdo' Foto: Dida Sampaio|Estadão

O ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa disse nesta sexta-feira, 2, que não pode apoiar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 241) que propõe limitar o tamanho dos gastos públicos por considerá-la "a pior maneira de se fazer isso". "É a pior maneira para se fazer isso por dois motivos que não são tanto econômicos. São mais jurídico e político", disse Barbosa durante palestra que proferiu durante o IX Encontro Internacional da Associação Keynesiana Brasileira - Oitenta anos da Teoria Geral: Reflexões para a Superação da Crise Brasileira, que acontece na sede da FGV, em São Paulo.

De acordo com Barbosa, que fez questão de marcar posição contra ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o primeiro motivo pelo qual ele professa desaprovação à PEC que limita os gastos da União é o jurídico. Segundo ele, não se deve engessar as coisas na Constituição. O ex-ministro disse que de todas as reformas que o Brasil precisa enfrentar e fazer, a mais importante é a fiscal. "Eu sou sempre adepto do quanto melhor, melhor. É por isso que não posso apoiar a PEC,porque ela é a pior maneira de se fazer isso", reiterou.

Na avaliação de Barbosa, se há um consenso entre os economistas é o de que é preciso tirar algumas coisas da Constituição. "Não temos que carregar ainda mais a nossa Constituição. O lugar de colocar uma meta de gastos é na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) por meio de lei complementar", explicou o ex-ministro ao defender por várias vezes que já passou do momento de se fazer mudanças na LRF. "Nem o PSDB que propôs em 2001 a LRF, pensou em colocar isso na Constituição. O melhor lugar para colocar isso é numa lei, como a presidente Dilma propôs no início deste ano", destacou.

O segundo motivo que o coloca contrário a PEC 241 "e esse é o principal e não é econômico" é proposta de congelamento dos gastos. "Eu acho que o gasto tem mesmo que crescer mais moderadamente eu estava trabalhando nisso. Mas o gasto corrente e não o gasto em investimento. Mas eu tenho a consciência de que essa é uma opinião minha", ponderou o economista. 

O ex-ministro defende ainda que se é para ter um prazo para estabelecer ritmo de gastos, que seja de quatro em quatro anos como já manda a Constituição. "Um governo que chegou ao poder por maneira controversa propor limitar tamanho do Orçamento Brasileiro por vinte anos, é um absurdo", criticou. 

"Todo primeiro ano de mandato o presidente eleito tem que mandar para o Congresso um plano plurianual que estabelece as metas de gastos e as projeções de receitas por quatro anos. Propor o congelamento do Orçamento Público, independente de você achar que o Estado tem que ser maior ou menor, é dizer que até 2036 os próximos governantes e os parlamentares não poderão decidir o tamanho do Orçamento Público", contestou Barbosa.

"Significa que vamos eleger pessoas em 2018, 2022, 2026, 2030 e 2034 que não poderão decidir o tamanho do Orçamento Público nem que a economia cresça muito. Por isso essa PEC, mais que tudo, é um golpe na democracia e no direito da população brasileira de decidir seu próprio destino de quatro em quatro anos", indignou-se o ex-ministro do governo Dilma. Para ele, trata-se de um instrumento legislativo errado e com prazo inadequado, do ponto de vista político. 

"Nós temos, sim, que discutir o tamanho do Estado, temos que mudar o foco da nossa regra fiscal de meta de resultados para meta de gastos, mas da forma correta. Correta do ponto de vista econômico, que é a meta de gasto, correta do ponto de vista legislativo, tem que ser matéria de lei e não de Constituição e o mais importante, correto do ponto de vista democrático", disse.

De acordo com o ex-ministro, de quatro em quatro anos a população elege seus representantes. "E nós temos que acreditar nisso e não tirar os direitos de quem vai ser eleito nos próximos vinte anos", afirmou.

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