Luísa Sonza é alvo de processo por racismo; entenda


Em 2020 a cantora foi denunciada por Isabel Macedo, que estava em uma festa em Fernando de Noronha, quando a cantora pediu um copo d´água para ela, achando que a advogada servia no evento

Por Redação
Atualização:

Em 2020, a cantora Luísa Sonza foi denunciada por um caso de racismo pela advogada Isabel Macedo. Na época, a jurista, que concedeu entrevista à repórter Thais Bernardes, do site Notícia Preta, disse em seu relato os detalhes de quando o fato ocorreu, dois anos antes, em uma festa em Fernando de Noronha. A notícia veio à tona há poucos dias, pois a audiência que estava marcada para acontecer na última semana, foi suspensa.

Em seu relato, a advogada, que alega ter sido tratada com discriminação na delegacia onde registrou o boletim de ocorrência, disse que a cantora pediu um copo d´água para ela, achando que Isabel trabalhava e servia na pousada que Luísa e outros famosos estavam. “Ao voltar do banheiro, fiquei próxima do palco para ouvir a música. Era meu aniversário, e eu tinha viajado sozinha. Estava dançando, me divertindo e aproveitando a festa. Por um acaso, parei atrás da Luísa. No evento tinha vários famosos, mas nem sabia quem era ela. Nunca tinha ouvido falar. Foi então que ela virou, bateu no meu ombro e disse: ‘Pega um copo d’água pra mim?’. Eu respondi que não tinha entendido, ela repetiu a frase e completou ‘Você não trabalha aqui?’.”

A cantora Luísa Sonza Foto: Instagram/@luisasonza
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Ao ouvir o pedido de Luísa, Isabel questionou a cantora por achar que ela trabalhasse servindo na festa. A cantora, então, teria dito que “não era o que ela estava pensando”.

“Na hora eu disse que ela nunca sentiria o que eu estava sentindo, pois nunca seria confundida com as pessoas que servem nas festas que ela frequenta”, relatou Isabel.

Na sequência, a advogada continua seu depoimento. “Não é demérito algum ser empregada, eu mesma já fui doméstica, a questão é por que a branquitude sempre nos enxerga nessa posição de serviçal? Por que nos entendem como pessoas que só podem servi-los mas nunca como pessoas que podem consumir, viver e viajar como eles?”

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Quando resolveu registrar sua queixa na delegacia, Isabel alega ter sofrido preconceito mais uma vez, agora, da delegada responsável por ouvir seu depoimento. “A inspetora, loira, começou a dizer que eu não era negra, que era morena, que não era bem assim. Eu querendo registrar como racismo e ela queria dizer que era injúria racial. Consegui fazer o boletim de ocorrência como racismo e anexei prints que fiz do story de uma artista, onde eu aparecia atrás da Sonza”, relembra.

Isabel ainda afirmou que não tornou o caso público antes porque não quer visibilidade e sim que a cantora arque com as consequências de seus atos. “Eu acionei o judiciário para que ela pague pelo que fez e entenda que isso não pode se repetir. A minha intenção com a ação é que isso tenha um caráter pedagógico, embora não tenhamos obrigação alguma de ensinar nada ao branco. Minha intenção com essa ação é que ela aprenda.”

A audiência, que foi cancelada, ainda não tem nova data para acontecer.

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Procurada pelo Estadão, a assessoria de Luísa Sonza não se pronunciou sobre o assunto até o momento da publicação desta reportagem.

Em 2020, a cantora Luísa Sonza foi denunciada por um caso de racismo pela advogada Isabel Macedo. Na época, a jurista, que concedeu entrevista à repórter Thais Bernardes, do site Notícia Preta, disse em seu relato os detalhes de quando o fato ocorreu, dois anos antes, em uma festa em Fernando de Noronha. A notícia veio à tona há poucos dias, pois a audiência que estava marcada para acontecer na última semana, foi suspensa.

Em seu relato, a advogada, que alega ter sido tratada com discriminação na delegacia onde registrou o boletim de ocorrência, disse que a cantora pediu um copo d´água para ela, achando que Isabel trabalhava e servia na pousada que Luísa e outros famosos estavam. “Ao voltar do banheiro, fiquei próxima do palco para ouvir a música. Era meu aniversário, e eu tinha viajado sozinha. Estava dançando, me divertindo e aproveitando a festa. Por um acaso, parei atrás da Luísa. No evento tinha vários famosos, mas nem sabia quem era ela. Nunca tinha ouvido falar. Foi então que ela virou, bateu no meu ombro e disse: ‘Pega um copo d’água pra mim?’. Eu respondi que não tinha entendido, ela repetiu a frase e completou ‘Você não trabalha aqui?’.”

A cantora Luísa Sonza Foto: Instagram/@luisasonza

Ao ouvir o pedido de Luísa, Isabel questionou a cantora por achar que ela trabalhasse servindo na festa. A cantora, então, teria dito que “não era o que ela estava pensando”.

“Na hora eu disse que ela nunca sentiria o que eu estava sentindo, pois nunca seria confundida com as pessoas que servem nas festas que ela frequenta”, relatou Isabel.

Na sequência, a advogada continua seu depoimento. “Não é demérito algum ser empregada, eu mesma já fui doméstica, a questão é por que a branquitude sempre nos enxerga nessa posição de serviçal? Por que nos entendem como pessoas que só podem servi-los mas nunca como pessoas que podem consumir, viver e viajar como eles?”

Quando resolveu registrar sua queixa na delegacia, Isabel alega ter sofrido preconceito mais uma vez, agora, da delegada responsável por ouvir seu depoimento. “A inspetora, loira, começou a dizer que eu não era negra, que era morena, que não era bem assim. Eu querendo registrar como racismo e ela queria dizer que era injúria racial. Consegui fazer o boletim de ocorrência como racismo e anexei prints que fiz do story de uma artista, onde eu aparecia atrás da Sonza”, relembra.

Isabel ainda afirmou que não tornou o caso público antes porque não quer visibilidade e sim que a cantora arque com as consequências de seus atos. “Eu acionei o judiciário para que ela pague pelo que fez e entenda que isso não pode se repetir. A minha intenção com a ação é que isso tenha um caráter pedagógico, embora não tenhamos obrigação alguma de ensinar nada ao branco. Minha intenção com essa ação é que ela aprenda.”

A audiência, que foi cancelada, ainda não tem nova data para acontecer.

Procurada pelo Estadão, a assessoria de Luísa Sonza não se pronunciou sobre o assunto até o momento da publicação desta reportagem.

Em 2020, a cantora Luísa Sonza foi denunciada por um caso de racismo pela advogada Isabel Macedo. Na época, a jurista, que concedeu entrevista à repórter Thais Bernardes, do site Notícia Preta, disse em seu relato os detalhes de quando o fato ocorreu, dois anos antes, em uma festa em Fernando de Noronha. A notícia veio à tona há poucos dias, pois a audiência que estava marcada para acontecer na última semana, foi suspensa.

Em seu relato, a advogada, que alega ter sido tratada com discriminação na delegacia onde registrou o boletim de ocorrência, disse que a cantora pediu um copo d´água para ela, achando que Isabel trabalhava e servia na pousada que Luísa e outros famosos estavam. “Ao voltar do banheiro, fiquei próxima do palco para ouvir a música. Era meu aniversário, e eu tinha viajado sozinha. Estava dançando, me divertindo e aproveitando a festa. Por um acaso, parei atrás da Luísa. No evento tinha vários famosos, mas nem sabia quem era ela. Nunca tinha ouvido falar. Foi então que ela virou, bateu no meu ombro e disse: ‘Pega um copo d’água pra mim?’. Eu respondi que não tinha entendido, ela repetiu a frase e completou ‘Você não trabalha aqui?’.”

A cantora Luísa Sonza Foto: Instagram/@luisasonza

Ao ouvir o pedido de Luísa, Isabel questionou a cantora por achar que ela trabalhasse servindo na festa. A cantora, então, teria dito que “não era o que ela estava pensando”.

“Na hora eu disse que ela nunca sentiria o que eu estava sentindo, pois nunca seria confundida com as pessoas que servem nas festas que ela frequenta”, relatou Isabel.

Na sequência, a advogada continua seu depoimento. “Não é demérito algum ser empregada, eu mesma já fui doméstica, a questão é por que a branquitude sempre nos enxerga nessa posição de serviçal? Por que nos entendem como pessoas que só podem servi-los mas nunca como pessoas que podem consumir, viver e viajar como eles?”

Quando resolveu registrar sua queixa na delegacia, Isabel alega ter sofrido preconceito mais uma vez, agora, da delegada responsável por ouvir seu depoimento. “A inspetora, loira, começou a dizer que eu não era negra, que era morena, que não era bem assim. Eu querendo registrar como racismo e ela queria dizer que era injúria racial. Consegui fazer o boletim de ocorrência como racismo e anexei prints que fiz do story de uma artista, onde eu aparecia atrás da Sonza”, relembra.

Isabel ainda afirmou que não tornou o caso público antes porque não quer visibilidade e sim que a cantora arque com as consequências de seus atos. “Eu acionei o judiciário para que ela pague pelo que fez e entenda que isso não pode se repetir. A minha intenção com a ação é que isso tenha um caráter pedagógico, embora não tenhamos obrigação alguma de ensinar nada ao branco. Minha intenção com essa ação é que ela aprenda.”

A audiência, que foi cancelada, ainda não tem nova data para acontecer.

Procurada pelo Estadão, a assessoria de Luísa Sonza não se pronunciou sobre o assunto até o momento da publicação desta reportagem.

Em 2020, a cantora Luísa Sonza foi denunciada por um caso de racismo pela advogada Isabel Macedo. Na época, a jurista, que concedeu entrevista à repórter Thais Bernardes, do site Notícia Preta, disse em seu relato os detalhes de quando o fato ocorreu, dois anos antes, em uma festa em Fernando de Noronha. A notícia veio à tona há poucos dias, pois a audiência que estava marcada para acontecer na última semana, foi suspensa.

Em seu relato, a advogada, que alega ter sido tratada com discriminação na delegacia onde registrou o boletim de ocorrência, disse que a cantora pediu um copo d´água para ela, achando que Isabel trabalhava e servia na pousada que Luísa e outros famosos estavam. “Ao voltar do banheiro, fiquei próxima do palco para ouvir a música. Era meu aniversário, e eu tinha viajado sozinha. Estava dançando, me divertindo e aproveitando a festa. Por um acaso, parei atrás da Luísa. No evento tinha vários famosos, mas nem sabia quem era ela. Nunca tinha ouvido falar. Foi então que ela virou, bateu no meu ombro e disse: ‘Pega um copo d’água pra mim?’. Eu respondi que não tinha entendido, ela repetiu a frase e completou ‘Você não trabalha aqui?’.”

A cantora Luísa Sonza Foto: Instagram/@luisasonza

Ao ouvir o pedido de Luísa, Isabel questionou a cantora por achar que ela trabalhasse servindo na festa. A cantora, então, teria dito que “não era o que ela estava pensando”.

“Na hora eu disse que ela nunca sentiria o que eu estava sentindo, pois nunca seria confundida com as pessoas que servem nas festas que ela frequenta”, relatou Isabel.

Na sequência, a advogada continua seu depoimento. “Não é demérito algum ser empregada, eu mesma já fui doméstica, a questão é por que a branquitude sempre nos enxerga nessa posição de serviçal? Por que nos entendem como pessoas que só podem servi-los mas nunca como pessoas que podem consumir, viver e viajar como eles?”

Quando resolveu registrar sua queixa na delegacia, Isabel alega ter sofrido preconceito mais uma vez, agora, da delegada responsável por ouvir seu depoimento. “A inspetora, loira, começou a dizer que eu não era negra, que era morena, que não era bem assim. Eu querendo registrar como racismo e ela queria dizer que era injúria racial. Consegui fazer o boletim de ocorrência como racismo e anexei prints que fiz do story de uma artista, onde eu aparecia atrás da Sonza”, relembra.

Isabel ainda afirmou que não tornou o caso público antes porque não quer visibilidade e sim que a cantora arque com as consequências de seus atos. “Eu acionei o judiciário para que ela pague pelo que fez e entenda que isso não pode se repetir. A minha intenção com a ação é que isso tenha um caráter pedagógico, embora não tenhamos obrigação alguma de ensinar nada ao branco. Minha intenção com essa ação é que ela aprenda.”

A audiência, que foi cancelada, ainda não tem nova data para acontecer.

Procurada pelo Estadão, a assessoria de Luísa Sonza não se pronunciou sobre o assunto até o momento da publicação desta reportagem.

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