Leilão de sede fracassa e reacende esperança do Olaria no Rio


Falta de interessados é boa notícia para o tradicional clube do subúrbio carioca

Por Fabio Grellet

Já se passaram 37 anos desde que o time do Olaria, liderado por um centroavante baixinho que atendia pelo nome Romário e tinha 13 anos, sagrou-se campeão carioca da categoria infantil. O ano era 1979 e a fase tão boa que, dois anos depois, o clube a conquistaria seu principal título, a Taça de Bronze de 1981, espécie de Terceira Divisão brasileira.

Desde então, o clube perdeu patrocínios, deixou de participar do Campeonato Brasileiro – hoje disputa a segunda divisão do Carioca – e acumula dívidas de pelo menos R$ 2 milhões. Por causa delas, toda a estrutura do Olaria Atlético Clube, inclusive um estádio com capacidade para 6 mil torcedores, já foi levado a leilão quatro vezes, a última há dois dias. O lance mínimo inicial era de R$ 15 milhões, mas, em segunda chamada, caiu pela metade, como prevê a lei. Mesmo por R$ 7,5 milhões, não houve interessados em arrematar o imóvel.

Sede do Olaria, na zona norte do Rio de Janeiro Foto: Wilton Junior/Estadão
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Conhecido como "alçapão da Rua Bariri", o estádio Antônio Mourão Vieira Filho, construído em 1947, tem história no futebol do Rio. Ali, Fluminense, Vasco, Botafogo e Flamengo costumavam penar para sair com um bom resultado. No Campeonato Carioca de 1971, vencido pelo Fluminense, o Olaria chegou em terceiro lugar, à frente de Flamengo e Vasco, em time em que se destacavam o meia Afonsinho (pioneiro na luta pelos direitos dos atletas de futebol), o baixinho Osni na ponta-direita, o lateral-esquerdo Alfinete (logo comprado pelo Vasco) e o zagueirão Miguel, que naquele ano foi convocado para a seleção brasileira e mais tarde integrou a famosa Máquina Tricolor, ao lado dos tricampeões Rivellino, Paulo Cesar Caju, Félix e Carlos Alberto Torres.

Situado na Leopoldina, área histórica da zona norte do Rio, hoje mais conhecida pelos conflitos entre policiais e traficantes, a sede do clube fundado há 101 anos é tombada pela prefeitura do Rio desde 2013. Assim, não pode sofrer alterações estéticas. Quem arrematar o imóvel terá que mantê-lo como está. Essa é uma das explicações pela falta de interessados.

Vice-presidente jurídico do clube desde março, o advogado Lenivaldo Gomes da Silva, de 63 anos, expõe outra razão: "Quem vai querer construir algum prédio tão perto do morro do Alemão, com tanta violência por aqui?". Silva disse que só soube que o clube iria a leilão na terça-feira horas, antes de ele ocorrer. "Ainda estou tomando pé da situação, levantando as dívidas."

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O processo que gerou o leilão tramita na Justiça Federal e se refere a dívidas que, em 5 de abril, somavam R$ 1,958 milhão. Entre os credores estão a prefeitura do Rio, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e particulares. O primeiro leilão ocorreu em 13 de setembro. O segundo, no dia 27. Em razão de outro processo movido pelo INSS, o mesmo imóvel já havia sido oferecido em leilão em novembro de 2015 - na época, o primeiro lance mínimo foi de R$ 35 milhões e não houve interessados.

"Outros três processos em varas federais, também referentes a dívidas, foram suspensos por um ano", conta o advogado, que admite desconhecer a receita do clube. "A única fonte de dinheiro são as mensalidades dos sócios. Ao todo, são uns 15 mil, mas não sei quantos ainda pagam."

Já se passaram 37 anos desde que o time do Olaria, liderado por um centroavante baixinho que atendia pelo nome Romário e tinha 13 anos, sagrou-se campeão carioca da categoria infantil. O ano era 1979 e a fase tão boa que, dois anos depois, o clube a conquistaria seu principal título, a Taça de Bronze de 1981, espécie de Terceira Divisão brasileira.

Desde então, o clube perdeu patrocínios, deixou de participar do Campeonato Brasileiro – hoje disputa a segunda divisão do Carioca – e acumula dívidas de pelo menos R$ 2 milhões. Por causa delas, toda a estrutura do Olaria Atlético Clube, inclusive um estádio com capacidade para 6 mil torcedores, já foi levado a leilão quatro vezes, a última há dois dias. O lance mínimo inicial era de R$ 15 milhões, mas, em segunda chamada, caiu pela metade, como prevê a lei. Mesmo por R$ 7,5 milhões, não houve interessados em arrematar o imóvel.

Sede do Olaria, na zona norte do Rio de Janeiro Foto: Wilton Junior/Estadão

Conhecido como "alçapão da Rua Bariri", o estádio Antônio Mourão Vieira Filho, construído em 1947, tem história no futebol do Rio. Ali, Fluminense, Vasco, Botafogo e Flamengo costumavam penar para sair com um bom resultado. No Campeonato Carioca de 1971, vencido pelo Fluminense, o Olaria chegou em terceiro lugar, à frente de Flamengo e Vasco, em time em que se destacavam o meia Afonsinho (pioneiro na luta pelos direitos dos atletas de futebol), o baixinho Osni na ponta-direita, o lateral-esquerdo Alfinete (logo comprado pelo Vasco) e o zagueirão Miguel, que naquele ano foi convocado para a seleção brasileira e mais tarde integrou a famosa Máquina Tricolor, ao lado dos tricampeões Rivellino, Paulo Cesar Caju, Félix e Carlos Alberto Torres.

Situado na Leopoldina, área histórica da zona norte do Rio, hoje mais conhecida pelos conflitos entre policiais e traficantes, a sede do clube fundado há 101 anos é tombada pela prefeitura do Rio desde 2013. Assim, não pode sofrer alterações estéticas. Quem arrematar o imóvel terá que mantê-lo como está. Essa é uma das explicações pela falta de interessados.

Vice-presidente jurídico do clube desde março, o advogado Lenivaldo Gomes da Silva, de 63 anos, expõe outra razão: "Quem vai querer construir algum prédio tão perto do morro do Alemão, com tanta violência por aqui?". Silva disse que só soube que o clube iria a leilão na terça-feira horas, antes de ele ocorrer. "Ainda estou tomando pé da situação, levantando as dívidas."

O processo que gerou o leilão tramita na Justiça Federal e se refere a dívidas que, em 5 de abril, somavam R$ 1,958 milhão. Entre os credores estão a prefeitura do Rio, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e particulares. O primeiro leilão ocorreu em 13 de setembro. O segundo, no dia 27. Em razão de outro processo movido pelo INSS, o mesmo imóvel já havia sido oferecido em leilão em novembro de 2015 - na época, o primeiro lance mínimo foi de R$ 35 milhões e não houve interessados.

"Outros três processos em varas federais, também referentes a dívidas, foram suspensos por um ano", conta o advogado, que admite desconhecer a receita do clube. "A única fonte de dinheiro são as mensalidades dos sócios. Ao todo, são uns 15 mil, mas não sei quantos ainda pagam."

Já se passaram 37 anos desde que o time do Olaria, liderado por um centroavante baixinho que atendia pelo nome Romário e tinha 13 anos, sagrou-se campeão carioca da categoria infantil. O ano era 1979 e a fase tão boa que, dois anos depois, o clube a conquistaria seu principal título, a Taça de Bronze de 1981, espécie de Terceira Divisão brasileira.

Desde então, o clube perdeu patrocínios, deixou de participar do Campeonato Brasileiro – hoje disputa a segunda divisão do Carioca – e acumula dívidas de pelo menos R$ 2 milhões. Por causa delas, toda a estrutura do Olaria Atlético Clube, inclusive um estádio com capacidade para 6 mil torcedores, já foi levado a leilão quatro vezes, a última há dois dias. O lance mínimo inicial era de R$ 15 milhões, mas, em segunda chamada, caiu pela metade, como prevê a lei. Mesmo por R$ 7,5 milhões, não houve interessados em arrematar o imóvel.

Sede do Olaria, na zona norte do Rio de Janeiro Foto: Wilton Junior/Estadão

Conhecido como "alçapão da Rua Bariri", o estádio Antônio Mourão Vieira Filho, construído em 1947, tem história no futebol do Rio. Ali, Fluminense, Vasco, Botafogo e Flamengo costumavam penar para sair com um bom resultado. No Campeonato Carioca de 1971, vencido pelo Fluminense, o Olaria chegou em terceiro lugar, à frente de Flamengo e Vasco, em time em que se destacavam o meia Afonsinho (pioneiro na luta pelos direitos dos atletas de futebol), o baixinho Osni na ponta-direita, o lateral-esquerdo Alfinete (logo comprado pelo Vasco) e o zagueirão Miguel, que naquele ano foi convocado para a seleção brasileira e mais tarde integrou a famosa Máquina Tricolor, ao lado dos tricampeões Rivellino, Paulo Cesar Caju, Félix e Carlos Alberto Torres.

Situado na Leopoldina, área histórica da zona norte do Rio, hoje mais conhecida pelos conflitos entre policiais e traficantes, a sede do clube fundado há 101 anos é tombada pela prefeitura do Rio desde 2013. Assim, não pode sofrer alterações estéticas. Quem arrematar o imóvel terá que mantê-lo como está. Essa é uma das explicações pela falta de interessados.

Vice-presidente jurídico do clube desde março, o advogado Lenivaldo Gomes da Silva, de 63 anos, expõe outra razão: "Quem vai querer construir algum prédio tão perto do morro do Alemão, com tanta violência por aqui?". Silva disse que só soube que o clube iria a leilão na terça-feira horas, antes de ele ocorrer. "Ainda estou tomando pé da situação, levantando as dívidas."

O processo que gerou o leilão tramita na Justiça Federal e se refere a dívidas que, em 5 de abril, somavam R$ 1,958 milhão. Entre os credores estão a prefeitura do Rio, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e particulares. O primeiro leilão ocorreu em 13 de setembro. O segundo, no dia 27. Em razão de outro processo movido pelo INSS, o mesmo imóvel já havia sido oferecido em leilão em novembro de 2015 - na época, o primeiro lance mínimo foi de R$ 35 milhões e não houve interessados.

"Outros três processos em varas federais, também referentes a dívidas, foram suspensos por um ano", conta o advogado, que admite desconhecer a receita do clube. "A única fonte de dinheiro são as mensalidades dos sócios. Ao todo, são uns 15 mil, mas não sei quantos ainda pagam."

Já se passaram 37 anos desde que o time do Olaria, liderado por um centroavante baixinho que atendia pelo nome Romário e tinha 13 anos, sagrou-se campeão carioca da categoria infantil. O ano era 1979 e a fase tão boa que, dois anos depois, o clube a conquistaria seu principal título, a Taça de Bronze de 1981, espécie de Terceira Divisão brasileira.

Desde então, o clube perdeu patrocínios, deixou de participar do Campeonato Brasileiro – hoje disputa a segunda divisão do Carioca – e acumula dívidas de pelo menos R$ 2 milhões. Por causa delas, toda a estrutura do Olaria Atlético Clube, inclusive um estádio com capacidade para 6 mil torcedores, já foi levado a leilão quatro vezes, a última há dois dias. O lance mínimo inicial era de R$ 15 milhões, mas, em segunda chamada, caiu pela metade, como prevê a lei. Mesmo por R$ 7,5 milhões, não houve interessados em arrematar o imóvel.

Sede do Olaria, na zona norte do Rio de Janeiro Foto: Wilton Junior/Estadão

Conhecido como "alçapão da Rua Bariri", o estádio Antônio Mourão Vieira Filho, construído em 1947, tem história no futebol do Rio. Ali, Fluminense, Vasco, Botafogo e Flamengo costumavam penar para sair com um bom resultado. No Campeonato Carioca de 1971, vencido pelo Fluminense, o Olaria chegou em terceiro lugar, à frente de Flamengo e Vasco, em time em que se destacavam o meia Afonsinho (pioneiro na luta pelos direitos dos atletas de futebol), o baixinho Osni na ponta-direita, o lateral-esquerdo Alfinete (logo comprado pelo Vasco) e o zagueirão Miguel, que naquele ano foi convocado para a seleção brasileira e mais tarde integrou a famosa Máquina Tricolor, ao lado dos tricampeões Rivellino, Paulo Cesar Caju, Félix e Carlos Alberto Torres.

Situado na Leopoldina, área histórica da zona norte do Rio, hoje mais conhecida pelos conflitos entre policiais e traficantes, a sede do clube fundado há 101 anos é tombada pela prefeitura do Rio desde 2013. Assim, não pode sofrer alterações estéticas. Quem arrematar o imóvel terá que mantê-lo como está. Essa é uma das explicações pela falta de interessados.

Vice-presidente jurídico do clube desde março, o advogado Lenivaldo Gomes da Silva, de 63 anos, expõe outra razão: "Quem vai querer construir algum prédio tão perto do morro do Alemão, com tanta violência por aqui?". Silva disse que só soube que o clube iria a leilão na terça-feira horas, antes de ele ocorrer. "Ainda estou tomando pé da situação, levantando as dívidas."

O processo que gerou o leilão tramita na Justiça Federal e se refere a dívidas que, em 5 de abril, somavam R$ 1,958 milhão. Entre os credores estão a prefeitura do Rio, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e particulares. O primeiro leilão ocorreu em 13 de setembro. O segundo, no dia 27. Em razão de outro processo movido pelo INSS, o mesmo imóvel já havia sido oferecido em leilão em novembro de 2015 - na época, o primeiro lance mínimo foi de R$ 35 milhões e não houve interessados.

"Outros três processos em varas federais, também referentes a dívidas, foram suspensos por um ano", conta o advogado, que admite desconhecer a receita do clube. "A única fonte de dinheiro são as mensalidades dos sócios. Ao todo, são uns 15 mil, mas não sei quantos ainda pagam."

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