Passada pouco mais de uma semana da realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a China surge como líder isolada do quadro de medalhas (29 ouros, 17 pratas e 16 bronzes). Mas essa posição de protagonismo vem despertando polêmica graças a uma contagem alternativa que vem sendo explorada pelos órgãos de comunicação americanos. Eles ranqueiam as nações pelo número total de medalhas conquistadas e não pelo peso.
No critério oficial utilizado pelo Comitê Olímpico Internacional, depois de mais um dia de competições nesta segunda-feira, os chineses estão em vantagem de sete ouros para os Estados Unidos (29 contra 22), que soma ainda 25 pratas e 17 bronzes. O Japão continua no terceiro posto (17 ouros, seis pratas e 10 bronzes).
Já pela contagem alternativa dos veículos de comunicação dos Estados Unidos, a troca do primeiro para o segundo colocado se deve pelo fato de a delegação americana ter um total de 64 medalhas, duas a mais do que a China.
Essa contagem alternativa vem sendo adotada desde os Jogos de Pequim, em 2008. Naquela edição, a China foi líder do quadro de medalhas pelos critérios do COI. Os Estados Unidos, no entanto, tiveram mais pódios. Veículos com o peso do New York Times, e emissoras como a NBC adotam essa novo esquema de contagem que acaba colocado os americanos em evidência.
Pelos critérios do COI, o Brasil ocupa o 18° lugar com dois ouros, três pratas e cinco bronzes, totalizando dez medalhas no total.
Caso o Comitê Olímpico do Brasil adotasse o esquema americano de contagem, o país ficaria na frente da Croácia (16º), por exemplo, que tem um ouro a mais, porém tem sete medalhas no total. A República Tcheca (13º), quatro ouros, mas com um total de oito medalhas, também ficaria atrás do Brasil nesta contagem. O País passaria a ser o 15º no ranking levando em conta o total de medalhas conquistadas.
Essa artimanha despertou reações na web. Muitos internautas criticaram a adoção desse ranking não oficial pelos veículos de imprensa dos Estados Unidos.