Cenário: Como uma paralisação do governo afeta a vida dos americanos?


A vasta máquina do governo federal começou a ratear, mas, como acontece com um porta-aviões quando suas hélices param de girar, grande parte da burocracia continuará funcionando por algum tempo

Por Mark Landler

Um batalhão de infantaria da Guarda Nacional da Carolina do Norte cancela manobras planejadas por um ano. Amostras de vírus de gripe deixam de ser coletadas e testadas. Uma equipe mínima se prepara para responder a um dilúvio de perguntas sobre a nova tabela do imposto de renda. 

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A vasta máquina do governo federal começou a ratear na manhã de sábado, horas após o Senado não conseguir aprovar um acordo para concessão de recursos. Mas, como acontece com um porta-aviões quando suas hélices param de girar, grande parte da burocracia continuará funcionando por algum tempo e alguns serviços essenciais, como Forças Armadas, correios e previdência social, não sofrerão interrupção. 

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Cartaz informa visitantessobre fechamento da Estátua da Liberdade provocado pela paralisação do governo dos EUA. REUTERS/Shannon Stapleton Foto: REUTERS/Shannon Stapleton

Dezenas de milhares de funcionários federais foram despertados com a informação de seus departamentos (ministérios) de que, salvo por uma ação do Congresso, eles entrarão em férias coletivas no início da próxima semana. A paralisação não será uniforme: o Departamento de Educação vai deixar em casa 3.934 funcionários, enquanto no Pentágono toda a força uniformizada, e metade dos funcionários civis, continuarão a trabalhar. Mas, por enquanto, nem mesmo as tropas continuarão sendo pagas. 

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Na Casa Branca, três quintos da equipe que serve ao presidente Donald Trump entrarão em licença provisória. O Conselho de Segurança Nacional trabalhará a plena força, mas cerca de 60% dos funcionários mais próximos ao presidente entrarão em férias coletivas. Outros continuarão indo à Casa Branca ou trabalharão em casa com computador, mas por um máximo de quatro horas diárias, e apenas para manter a ordem. 

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Especialistas em funcionamento do governo disseram que a sensação de confusão e quebra de rotina foi amplificada pela lentidão governista em notificar agências encarregadas de providenciar funcionários temporários, pela alta rotatividade nos quadros federais e pela falta de planejamento para fazer frente a uma paralisação que poucos na Casa Branca esperavam que viesse a ocorrer.  “Seria ruim em qualquer época, mas será pior agora”, disse Max Stier, presidente da Parceria para o Serviço Público, grupo sem fins lucrativos que acompanha as atividades do governo federal.” A maioria dos órgãos fez um péssimo trabalho de comunicação com seus funcionários e não providenciou apoio”, afirmou ele.

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Entretanto, milhões de americanos não sentirão efeitos em seu cotidiano, e algumas das mais visíveis paralisações anteriores nos serviços públicos – o fechamento de parques nacionais , por exemplo – não ocorrerão agora. O Departamento do Interior informou que atrações como o Grand Canyon e o Memorial da 2ª Guerra Mundial, no National Mall, continuarão abertas para visita, embora o Serviço Nacional de Parques feche seus escritórios e pare de fornecer serviços como limpeza de salões, coleta de lixo e conservação de estradas. 

Na última vez que o Congresso não chegou a um acordo orçamentário, em 2013, durante o governo Obama, um grupo de veteranos de guerra, ajudado por parlamentares republicanos, derrubou piquetes e visitou o Memorial da 2ª Guerra. Desta vez, disse Heather Swift, porta-voz do Departamento do Interior, “os americanos, e especialmente nossos veteranos, que vierem à capital encontrarão os memoriais de guerra e os parques abertos”. 

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Em casa, as agências de correios, que desde os anos 1970 financiam suas operações com a venda de selos e outros serviços, continuarão abertas. O governo continuará a dar assistência a mais de 100 milhões de idosos, incapacitados e cidadãos de baixa renda por meio do Midicare e do Medicaid. Já os programas de benefícios não são diretamente afetados pela paralisação de pagamentos.

O governo Trump disse que funcionários federais continuarão a repassar aos Estados as verbas do Programa de Seguros para a Saúde Infantil, utilizando dinheiro não gasto em meses anteriores. Entretanto, os fundos estão se esgotando em muitos Estados e alguns governos já notificaram os pais de que seus filhos podem em breve ficar sem cobertura se o Congresso não tomar providências. 

Embora a Administração da Seguridade Social vá dar férias a mais de 10 mil de seus funcionários, outros 52 mil estarão a postos para pagar benefícios e executar tarefas essenciais. Cerca de 62 milhões de americanos, incluindo aposentados e incapacitados, recebem benefícios da Seguridade Social. 

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Funcionários federais também garantiram que não haverá interrupção no programa de vales para merenda escolar, agora conhecido como Programa de Assistência à Nutrição Suplementar. Os serviços de segurança alimentar e inspeção continuarão inspecionando produtos como carne, frango e ovos. 

O secretário da Defesa, Jim Mattis, prometeu num memorando a sua equipe que tentará mitigar os efeitos da paralisação para os militares, pessoais e financeiros. Entre estes estão a perda de US$ 100 mil em benefícios para famílias que perdem um membro em serviço, bem como o pagamento de viagens para funerais e o transporte de corpos a partir da base da Força Aérea em Dover, segundo a organização sem fins lucrativos Programa de Assistência a Sobreviventes de Tragédias. 

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Várias cidades americanas tiveram protesto neste sábado, 20. As marchas foram contra o presidente Donald Trump.

As guerras, porém, vão prosseguir. “Continuaremos a executar operações diárias através do mundo – navios e submarinos continuarão no mar, nossos aviões continuarão a voar e nossos combatentes continuarão a perseguir terroristas no Oriente Médio, África e Sul da Ásia”, escreveu Mattis. 

Apesar de cerca da metade do quadro de trabalho do Departamento de Saúde e Serviços Humanitários entrar em férias coletivas, o órgão disse que não serão interrompidos serviços envolvendo segurança de vida e proteção de propriedade. Esses serviços incluem a linha telefônica para prevenção de suicídios, assistência a pacientes nos Institutos Nacionais de Saúde, fiscalização e recolhimento de produtos e outros serviços de proteção ao consumidor da Food and Drug Administration. / TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ 

Um batalhão de infantaria da Guarda Nacional da Carolina do Norte cancela manobras planejadas por um ano. Amostras de vírus de gripe deixam de ser coletadas e testadas. Uma equipe mínima se prepara para responder a um dilúvio de perguntas sobre a nova tabela do imposto de renda. 

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Cartaz informa visitantessobre fechamento da Estátua da Liberdade provocado pela paralisação do governo dos EUA. REUTERS/Shannon Stapleton Foto: REUTERS/Shannon Stapleton

Dezenas de milhares de funcionários federais foram despertados com a informação de seus departamentos (ministérios) de que, salvo por uma ação do Congresso, eles entrarão em férias coletivas no início da próxima semana. A paralisação não será uniforme: o Departamento de Educação vai deixar em casa 3.934 funcionários, enquanto no Pentágono toda a força uniformizada, e metade dos funcionários civis, continuarão a trabalhar. Mas, por enquanto, nem mesmo as tropas continuarão sendo pagas. 

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Entretanto, milhões de americanos não sentirão efeitos em seu cotidiano, e algumas das mais visíveis paralisações anteriores nos serviços públicos – o fechamento de parques nacionais , por exemplo – não ocorrerão agora. O Departamento do Interior informou que atrações como o Grand Canyon e o Memorial da 2ª Guerra Mundial, no National Mall, continuarão abertas para visita, embora o Serviço Nacional de Parques feche seus escritórios e pare de fornecer serviços como limpeza de salões, coleta de lixo e conservação de estradas. 

Na última vez que o Congresso não chegou a um acordo orçamentário, em 2013, durante o governo Obama, um grupo de veteranos de guerra, ajudado por parlamentares republicanos, derrubou piquetes e visitou o Memorial da 2ª Guerra. Desta vez, disse Heather Swift, porta-voz do Departamento do Interior, “os americanos, e especialmente nossos veteranos, que vierem à capital encontrarão os memoriais de guerra e os parques abertos”. 

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Em casa, as agências de correios, que desde os anos 1970 financiam suas operações com a venda de selos e outros serviços, continuarão abertas. O governo continuará a dar assistência a mais de 100 milhões de idosos, incapacitados e cidadãos de baixa renda por meio do Midicare e do Medicaid. Já os programas de benefícios não são diretamente afetados pela paralisação de pagamentos.

O governo Trump disse que funcionários federais continuarão a repassar aos Estados as verbas do Programa de Seguros para a Saúde Infantil, utilizando dinheiro não gasto em meses anteriores. Entretanto, os fundos estão se esgotando em muitos Estados e alguns governos já notificaram os pais de que seus filhos podem em breve ficar sem cobertura se o Congresso não tomar providências. 

Embora a Administração da Seguridade Social vá dar férias a mais de 10 mil de seus funcionários, outros 52 mil estarão a postos para pagar benefícios e executar tarefas essenciais. Cerca de 62 milhões de americanos, incluindo aposentados e incapacitados, recebem benefícios da Seguridade Social. 

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O secretário da Defesa, Jim Mattis, prometeu num memorando a sua equipe que tentará mitigar os efeitos da paralisação para os militares, pessoais e financeiros. Entre estes estão a perda de US$ 100 mil em benefícios para famílias que perdem um membro em serviço, bem como o pagamento de viagens para funerais e o transporte de corpos a partir da base da Força Aérea em Dover, segundo a organização sem fins lucrativos Programa de Assistência a Sobreviventes de Tragédias. 

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As guerras, porém, vão prosseguir. “Continuaremos a executar operações diárias através do mundo – navios e submarinos continuarão no mar, nossos aviões continuarão a voar e nossos combatentes continuarão a perseguir terroristas no Oriente Médio, África e Sul da Ásia”, escreveu Mattis. 

Apesar de cerca da metade do quadro de trabalho do Departamento de Saúde e Serviços Humanitários entrar em férias coletivas, o órgão disse que não serão interrompidos serviços envolvendo segurança de vida e proteção de propriedade. Esses serviços incluem a linha telefônica para prevenção de suicídios, assistência a pacientes nos Institutos Nacionais de Saúde, fiscalização e recolhimento de produtos e outros serviços de proteção ao consumidor da Food and Drug Administration. / TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ 

Um batalhão de infantaria da Guarda Nacional da Carolina do Norte cancela manobras planejadas por um ano. Amostras de vírus de gripe deixam de ser coletadas e testadas. Uma equipe mínima se prepara para responder a um dilúvio de perguntas sobre a nova tabela do imposto de renda. 

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A vasta máquina do governo federal começou a ratear na manhã de sábado, horas após o Senado não conseguir aprovar um acordo para concessão de recursos. Mas, como acontece com um porta-aviões quando suas hélices param de girar, grande parte da burocracia continuará funcionando por algum tempo e alguns serviços essenciais, como Forças Armadas, correios e previdência social, não sofrerão interrupção. 

Cartaz informa visitantessobre fechamento da Estátua da Liberdade provocado pela paralisação do governo dos EUA. REUTERS/Shannon Stapleton Foto: REUTERS/Shannon Stapleton

Dezenas de milhares de funcionários federais foram despertados com a informação de seus departamentos (ministérios) de que, salvo por uma ação do Congresso, eles entrarão em férias coletivas no início da próxima semana. A paralisação não será uniforme: o Departamento de Educação vai deixar em casa 3.934 funcionários, enquanto no Pentágono toda a força uniformizada, e metade dos funcionários civis, continuarão a trabalhar. Mas, por enquanto, nem mesmo as tropas continuarão sendo pagas. 

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Na Casa Branca, três quintos da equipe que serve ao presidente Donald Trump entrarão em licença provisória. O Conselho de Segurança Nacional trabalhará a plena força, mas cerca de 60% dos funcionários mais próximos ao presidente entrarão em férias coletivas. Outros continuarão indo à Casa Branca ou trabalharão em casa com computador, mas por um máximo de quatro horas diárias, e apenas para manter a ordem. 

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Especialistas em funcionamento do governo disseram que a sensação de confusão e quebra de rotina foi amplificada pela lentidão governista em notificar agências encarregadas de providenciar funcionários temporários, pela alta rotatividade nos quadros federais e pela falta de planejamento para fazer frente a uma paralisação que poucos na Casa Branca esperavam que viesse a ocorrer.  “Seria ruim em qualquer época, mas será pior agora”, disse Max Stier, presidente da Parceria para o Serviço Público, grupo sem fins lucrativos que acompanha as atividades do governo federal.” A maioria dos órgãos fez um péssimo trabalho de comunicação com seus funcionários e não providenciou apoio”, afirmou ele.

Entretanto, milhões de americanos não sentirão efeitos em seu cotidiano, e algumas das mais visíveis paralisações anteriores nos serviços públicos – o fechamento de parques nacionais , por exemplo – não ocorrerão agora. O Departamento do Interior informou que atrações como o Grand Canyon e o Memorial da 2ª Guerra Mundial, no National Mall, continuarão abertas para visita, embora o Serviço Nacional de Parques feche seus escritórios e pare de fornecer serviços como limpeza de salões, coleta de lixo e conservação de estradas. 

Na última vez que o Congresso não chegou a um acordo orçamentário, em 2013, durante o governo Obama, um grupo de veteranos de guerra, ajudado por parlamentares republicanos, derrubou piquetes e visitou o Memorial da 2ª Guerra. Desta vez, disse Heather Swift, porta-voz do Departamento do Interior, “os americanos, e especialmente nossos veteranos, que vierem à capital encontrarão os memoriais de guerra e os parques abertos”. 

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Em casa, as agências de correios, que desde os anos 1970 financiam suas operações com a venda de selos e outros serviços, continuarão abertas. O governo continuará a dar assistência a mais de 100 milhões de idosos, incapacitados e cidadãos de baixa renda por meio do Midicare e do Medicaid. Já os programas de benefícios não são diretamente afetados pela paralisação de pagamentos.

O governo Trump disse que funcionários federais continuarão a repassar aos Estados as verbas do Programa de Seguros para a Saúde Infantil, utilizando dinheiro não gasto em meses anteriores. Entretanto, os fundos estão se esgotando em muitos Estados e alguns governos já notificaram os pais de que seus filhos podem em breve ficar sem cobertura se o Congresso não tomar providências. 

Embora a Administração da Seguridade Social vá dar férias a mais de 10 mil de seus funcionários, outros 52 mil estarão a postos para pagar benefícios e executar tarefas essenciais. Cerca de 62 milhões de americanos, incluindo aposentados e incapacitados, recebem benefícios da Seguridade Social. 

+ Análise: Republicanos recorrem à política do juízo final

Funcionários federais também garantiram que não haverá interrupção no programa de vales para merenda escolar, agora conhecido como Programa de Assistência à Nutrição Suplementar. Os serviços de segurança alimentar e inspeção continuarão inspecionando produtos como carne, frango e ovos. 

O secretário da Defesa, Jim Mattis, prometeu num memorando a sua equipe que tentará mitigar os efeitos da paralisação para os militares, pessoais e financeiros. Entre estes estão a perda de US$ 100 mil em benefícios para famílias que perdem um membro em serviço, bem como o pagamento de viagens para funerais e o transporte de corpos a partir da base da Força Aérea em Dover, segundo a organização sem fins lucrativos Programa de Assistência a Sobreviventes de Tragédias. 

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Várias cidades americanas tiveram protesto neste sábado, 20. As marchas foram contra o presidente Donald Trump.

As guerras, porém, vão prosseguir. “Continuaremos a executar operações diárias através do mundo – navios e submarinos continuarão no mar, nossos aviões continuarão a voar e nossos combatentes continuarão a perseguir terroristas no Oriente Médio, África e Sul da Ásia”, escreveu Mattis. 

Apesar de cerca da metade do quadro de trabalho do Departamento de Saúde e Serviços Humanitários entrar em férias coletivas, o órgão disse que não serão interrompidos serviços envolvendo segurança de vida e proteção de propriedade. Esses serviços incluem a linha telefônica para prevenção de suicídios, assistência a pacientes nos Institutos Nacionais de Saúde, fiscalização e recolhimento de produtos e outros serviços de proteção ao consumidor da Food and Drug Administration. / TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ 

Um batalhão de infantaria da Guarda Nacional da Carolina do Norte cancela manobras planejadas por um ano. Amostras de vírus de gripe deixam de ser coletadas e testadas. Uma equipe mínima se prepara para responder a um dilúvio de perguntas sobre a nova tabela do imposto de renda. 

+ Republicano acusa equipe de Trump de inviabilizar acordos migratórios

A vasta máquina do governo federal começou a ratear na manhã de sábado, horas após o Senado não conseguir aprovar um acordo para concessão de recursos. Mas, como acontece com um porta-aviões quando suas hélices param de girar, grande parte da burocracia continuará funcionando por algum tempo e alguns serviços essenciais, como Forças Armadas, correios e previdência social, não sofrerão interrupção. 

Cartaz informa visitantessobre fechamento da Estátua da Liberdade provocado pela paralisação do governo dos EUA. REUTERS/Shannon Stapleton Foto: REUTERS/Shannon Stapleton

Dezenas de milhares de funcionários federais foram despertados com a informação de seus departamentos (ministérios) de que, salvo por uma ação do Congresso, eles entrarão em férias coletivas no início da próxima semana. A paralisação não será uniforme: o Departamento de Educação vai deixar em casa 3.934 funcionários, enquanto no Pentágono toda a força uniformizada, e metade dos funcionários civis, continuarão a trabalhar. Mas, por enquanto, nem mesmo as tropas continuarão sendo pagas. 

+ Milhares vãos às ruas protestar contra governo Trump

Na Casa Branca, três quintos da equipe que serve ao presidente Donald Trump entrarão em licença provisória. O Conselho de Segurança Nacional trabalhará a plena força, mas cerca de 60% dos funcionários mais próximos ao presidente entrarão em férias coletivas. Outros continuarão indo à Casa Branca ou trabalharão em casa com computador, mas por um máximo de quatro horas diárias, e apenas para manter a ordem. 

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Especialistas em funcionamento do governo disseram que a sensação de confusão e quebra de rotina foi amplificada pela lentidão governista em notificar agências encarregadas de providenciar funcionários temporários, pela alta rotatividade nos quadros federais e pela falta de planejamento para fazer frente a uma paralisação que poucos na Casa Branca esperavam que viesse a ocorrer.  “Seria ruim em qualquer época, mas será pior agora”, disse Max Stier, presidente da Parceria para o Serviço Público, grupo sem fins lucrativos que acompanha as atividades do governo federal.” A maioria dos órgãos fez um péssimo trabalho de comunicação com seus funcionários e não providenciou apoio”, afirmou ele.

Entretanto, milhões de americanos não sentirão efeitos em seu cotidiano, e algumas das mais visíveis paralisações anteriores nos serviços públicos – o fechamento de parques nacionais , por exemplo – não ocorrerão agora. O Departamento do Interior informou que atrações como o Grand Canyon e o Memorial da 2ª Guerra Mundial, no National Mall, continuarão abertas para visita, embora o Serviço Nacional de Parques feche seus escritórios e pare de fornecer serviços como limpeza de salões, coleta de lixo e conservação de estradas. 

Na última vez que o Congresso não chegou a um acordo orçamentário, em 2013, durante o governo Obama, um grupo de veteranos de guerra, ajudado por parlamentares republicanos, derrubou piquetes e visitou o Memorial da 2ª Guerra. Desta vez, disse Heather Swift, porta-voz do Departamento do Interior, “os americanos, e especialmente nossos veteranos, que vierem à capital encontrarão os memoriais de guerra e os parques abertos”. 

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Em casa, as agências de correios, que desde os anos 1970 financiam suas operações com a venda de selos e outros serviços, continuarão abertas. O governo continuará a dar assistência a mais de 100 milhões de idosos, incapacitados e cidadãos de baixa renda por meio do Midicare e do Medicaid. Já os programas de benefícios não são diretamente afetados pela paralisação de pagamentos.

O governo Trump disse que funcionários federais continuarão a repassar aos Estados as verbas do Programa de Seguros para a Saúde Infantil, utilizando dinheiro não gasto em meses anteriores. Entretanto, os fundos estão se esgotando em muitos Estados e alguns governos já notificaram os pais de que seus filhos podem em breve ficar sem cobertura se o Congresso não tomar providências. 

Embora a Administração da Seguridade Social vá dar férias a mais de 10 mil de seus funcionários, outros 52 mil estarão a postos para pagar benefícios e executar tarefas essenciais. Cerca de 62 milhões de americanos, incluindo aposentados e incapacitados, recebem benefícios da Seguridade Social. 

+ Análise: Republicanos recorrem à política do juízo final

Funcionários federais também garantiram que não haverá interrupção no programa de vales para merenda escolar, agora conhecido como Programa de Assistência à Nutrição Suplementar. Os serviços de segurança alimentar e inspeção continuarão inspecionando produtos como carne, frango e ovos. 

O secretário da Defesa, Jim Mattis, prometeu num memorando a sua equipe que tentará mitigar os efeitos da paralisação para os militares, pessoais e financeiros. Entre estes estão a perda de US$ 100 mil em benefícios para famílias que perdem um membro em serviço, bem como o pagamento de viagens para funerais e o transporte de corpos a partir da base da Força Aérea em Dover, segundo a organização sem fins lucrativos Programa de Assistência a Sobreviventes de Tragédias. 

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Várias cidades americanas tiveram protesto neste sábado, 20. As marchas foram contra o presidente Donald Trump.

As guerras, porém, vão prosseguir. “Continuaremos a executar operações diárias através do mundo – navios e submarinos continuarão no mar, nossos aviões continuarão a voar e nossos combatentes continuarão a perseguir terroristas no Oriente Médio, África e Sul da Ásia”, escreveu Mattis. 

Apesar de cerca da metade do quadro de trabalho do Departamento de Saúde e Serviços Humanitários entrar em férias coletivas, o órgão disse que não serão interrompidos serviços envolvendo segurança de vida e proteção de propriedade. Esses serviços incluem a linha telefônica para prevenção de suicídios, assistência a pacientes nos Institutos Nacionais de Saúde, fiscalização e recolhimento de produtos e outros serviços de proteção ao consumidor da Food and Drug Administration. / TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ 

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