EUA reprovam intervenção militar no Zimbábue e pedem solução rápida


Porta-voz do Departamento de Estado disse que Casa Branca está preocupada com 'ações das forças militares' do país africano, mas não classifica ocorrido como um golpe de Estado; ONU pede diálogo e solução constitucional para resolver crise

Por Redação

WASHINGTON - Os Estados Unidos manifestaram na quarta-feira, 15, preocupação com a "intervenção militar no processo político" do Zimbábue e pediram uma resolução "rápida" para a crise política dentro da ordem constitucional, mas não chegaram a classificar o ocorrido como um golpe de Estado.

Mugabe resiste à pressão de militares para deixar governo do Zimbábue

Um porta-voz do Departamento de Estado americano, que pediu anonimato, afirmou que o governo de Donald Trump está "preocupado com as recentes ações das forças militares do Zimbábue", que se rebelaram contra o presidente Robert Mugabe e tomaram o controle do país.

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Militares continuam nas ruas da capital do Zimbábue, Harare, nesta quinta-feira em meio à indefinição sobre futuro de Robert Mugabe Foto: REUTERS/Philimon Bulawayo

"Pedimos a todos os líderes zimbabuanos a exercer a contenção, respeitar o estado de direito, garantir os direitos constitucionalmente protegidos de todos os cidadãos e resolver rapidamente as diferenças para permitir um retorno rápido à normalidade", disse o porta-voz.

O embaixador americano no Zimbábue, Harry Thomas, está "em contato com o governo" do país africano e recebeu informações tanto do Ministério de Relações Exteriores como do exército zimbabuano, explicou a fonte.

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The Economist: Um golpe na ascensão da primeira-dama

"Continuaremos nos relacionando com todas as partes que estejam dispostas a trabalhar conosco para conseguir uma resolução rápida e pacífica que esteja de acordo com a Constituição", afirmou.

Perguntado se os Estados Unidos consideram o ocorrido um golpe de Estado, o porta-voz se limitou a dizer que Washington "continua supervisionando a situação em Harare, que ainda está se desenvolvendo, e poderá proporcionar mais avaliações à medida que os fatos fiquem mais claros".

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O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, de 93 anos, foi posto em prisão domiciliar pelo exército do país que garantiu que a intenção não é de aplicar um golpe de Estado mas de intervir contra "criminosos" ligados ao político.

"Expressamos claramente as nossas preocupações sobre as ações tomadas pelas forças militares do Zimbábue", ressaltou. "Não perdoamos a intervenção militar em processos políticos", acrescentou o porta-voz.

Quanto ao pedido das forças militares do Zimbábue para que o Ocidente preste mais atenção à relação com o país, o porta-voz afirmou que os Estados Unidos "seguem comprometidos com o povo" do país africano e "com esperanças de um futuro mais promissor".

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Perfil: Mugabe, de herói nacional a déspota disposto a matar pelo poder

Nações Unidas

Ainda na quarta-feira, a ONU pediu calma para as partes em conflito no Zimbábue e ressaltou que a crise política no país deve ser resolvida por meio do diálogo, respeitando a Constituição.

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O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que está acompanhado a situação e pediu "calma e moderação" às partes. "Preservar os direitos fundamentais, incluindo a liberdade de expressão e reunião, é de importância vital", disse um dos porta-vozes da Secretaria-Geral da ONU, Fahran Haq.

Cronologia: o Zimbábue desde sua independência

"O secretário-geral ressalta a importância de resolver as diferenças políticas por meio de vias pacíficas e do diálogo, em linha com a Constituição do país", completou o porta-voz.

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Haq reconheceu que a situação no Zimbábue é, por enquanto, um "pouco confusa", e a ONU está tentando obter mais informações sobre o que está ocorrendo no país. / EFE

Os 17 chefes de Estado e governo há mais tempo no poder

1 | 17

Elizabeth II - Rainha da Grã-Bretanha desde 1952

Foto: Stefan Wermuth/REUTERS
2 | 17

Khalifa bin Salman Al Khalifa - Primeiro-ministro do Bahrein desde 1970

Foto: Peerapat Wimolrungkarat/Creative Commons
3 | 17

Qaboos bin Said al Said - Sultão do Omã desde 1970

Foto: Fadi Al-Assaad/REUTERS
4 | 17

Margrethe II - Rainha da Dinamarca desde 1972

Foto: Jason Lee/REUTERS
5 | 17

Carl XVI Gustaf - Rei da Suécia desde 1973

Foto: Ints Kalnins/ REUTERS
6 | 17

Paul Biya - No poder desde 1975, atual presidente do Camarões e ex-primeiro-ministro

Foto: Benoit Tessier/REUTERS
7 | 17

Mohamed Abdelaziz - Presidente da República Árabe Saharaui Democrática (RASD) há 39 anos

Foto: Andrea Comas/REUTERS
8 | 17

Teodoro Obiang Nguema Mbasogo - No poder desde 1979, atual presidente da Guiné Equatorial, ex-presidente do conselho militar revolucionário e do conselho militar supremo

Foto: Amr Abdallah Dalsh/REUTERS
9 | 17

Robert Mugabe - Presidente do Zimbábue desde 1980

Foto: Philimon Bulawayo/REUTERS
10 | 17

Ali Khamenei - Aiatolá do Irã desde 1981

Foto: Leader.ir/Handout/Reuters
11 | 17

Hans-Adam II - Rei de Liechtenstein desde 1984

Foto: David W Cerny/REUTERS
12 | 17

Hun Sen - Primeiro-ministro do Camboja desde 1985

Foto: Mak Remissa/EFE/EPA
13 | 17

Yoweri Museveni - Presidente de Uganda desde 1986

Foto: Tiksa Negeri/REUTERS
14 | 17

Mswati III - Rei da Suazilândia desde 1986

Foto: Mary Altaffer/REUTERS
15 | 17

Akihito - Imperador do Japão desde 1989

Foto: Issei Kato/REUTERS
16 | 17

Omar Al-Bashir - Presidente do Sudão desde 1989

Foto: Pius Utomi Ekpei/AFP Photo
17 | 17

Nursultan Nazarbayev - Presidente do Casaquistão desde 1989

Foto: Shamil Zhumatov/REUTERS

WASHINGTON - Os Estados Unidos manifestaram na quarta-feira, 15, preocupação com a "intervenção militar no processo político" do Zimbábue e pediram uma resolução "rápida" para a crise política dentro da ordem constitucional, mas não chegaram a classificar o ocorrido como um golpe de Estado.

Mugabe resiste à pressão de militares para deixar governo do Zimbábue

Um porta-voz do Departamento de Estado americano, que pediu anonimato, afirmou que o governo de Donald Trump está "preocupado com as recentes ações das forças militares do Zimbábue", que se rebelaram contra o presidente Robert Mugabe e tomaram o controle do país.

Militares continuam nas ruas da capital do Zimbábue, Harare, nesta quinta-feira em meio à indefinição sobre futuro de Robert Mugabe Foto: REUTERS/Philimon Bulawayo

"Pedimos a todos os líderes zimbabuanos a exercer a contenção, respeitar o estado de direito, garantir os direitos constitucionalmente protegidos de todos os cidadãos e resolver rapidamente as diferenças para permitir um retorno rápido à normalidade", disse o porta-voz.

O embaixador americano no Zimbábue, Harry Thomas, está "em contato com o governo" do país africano e recebeu informações tanto do Ministério de Relações Exteriores como do exército zimbabuano, explicou a fonte.

The Economist: Um golpe na ascensão da primeira-dama

"Continuaremos nos relacionando com todas as partes que estejam dispostas a trabalhar conosco para conseguir uma resolução rápida e pacífica que esteja de acordo com a Constituição", afirmou.

Perguntado se os Estados Unidos consideram o ocorrido um golpe de Estado, o porta-voz se limitou a dizer que Washington "continua supervisionando a situação em Harare, que ainda está se desenvolvendo, e poderá proporcionar mais avaliações à medida que os fatos fiquem mais claros".

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O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, de 93 anos, foi posto em prisão domiciliar pelo exército do país que garantiu que a intenção não é de aplicar um golpe de Estado mas de intervir contra "criminosos" ligados ao político.

"Expressamos claramente as nossas preocupações sobre as ações tomadas pelas forças militares do Zimbábue", ressaltou. "Não perdoamos a intervenção militar em processos políticos", acrescentou o porta-voz.

Quanto ao pedido das forças militares do Zimbábue para que o Ocidente preste mais atenção à relação com o país, o porta-voz afirmou que os Estados Unidos "seguem comprometidos com o povo" do país africano e "com esperanças de um futuro mais promissor".

Perfil: Mugabe, de herói nacional a déspota disposto a matar pelo poder

Nações Unidas

Ainda na quarta-feira, a ONU pediu calma para as partes em conflito no Zimbábue e ressaltou que a crise política no país deve ser resolvida por meio do diálogo, respeitando a Constituição.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que está acompanhado a situação e pediu "calma e moderação" às partes. "Preservar os direitos fundamentais, incluindo a liberdade de expressão e reunião, é de importância vital", disse um dos porta-vozes da Secretaria-Geral da ONU, Fahran Haq.

Cronologia: o Zimbábue desde sua independência

"O secretário-geral ressalta a importância de resolver as diferenças políticas por meio de vias pacíficas e do diálogo, em linha com a Constituição do país", completou o porta-voz.

Haq reconheceu que a situação no Zimbábue é, por enquanto, um "pouco confusa", e a ONU está tentando obter mais informações sobre o que está ocorrendo no país. / EFE

Os 17 chefes de Estado e governo há mais tempo no poder

1 | 17

Elizabeth II - Rainha da Grã-Bretanha desde 1952

Foto: Stefan Wermuth/REUTERS
2 | 17

Khalifa bin Salman Al Khalifa - Primeiro-ministro do Bahrein desde 1970

Foto: Peerapat Wimolrungkarat/Creative Commons
3 | 17

Qaboos bin Said al Said - Sultão do Omã desde 1970

Foto: Fadi Al-Assaad/REUTERS
4 | 17

Margrethe II - Rainha da Dinamarca desde 1972

Foto: Jason Lee/REUTERS
5 | 17

Carl XVI Gustaf - Rei da Suécia desde 1973

Foto: Ints Kalnins/ REUTERS
6 | 17

Paul Biya - No poder desde 1975, atual presidente do Camarões e ex-primeiro-ministro

Foto: Benoit Tessier/REUTERS
7 | 17

Mohamed Abdelaziz - Presidente da República Árabe Saharaui Democrática (RASD) há 39 anos

Foto: Andrea Comas/REUTERS
8 | 17

Teodoro Obiang Nguema Mbasogo - No poder desde 1979, atual presidente da Guiné Equatorial, ex-presidente do conselho militar revolucionário e do conselho militar supremo

Foto: Amr Abdallah Dalsh/REUTERS
9 | 17

Robert Mugabe - Presidente do Zimbábue desde 1980

Foto: Philimon Bulawayo/REUTERS
10 | 17

Ali Khamenei - Aiatolá do Irã desde 1981

Foto: Leader.ir/Handout/Reuters
11 | 17

Hans-Adam II - Rei de Liechtenstein desde 1984

Foto: David W Cerny/REUTERS
12 | 17

Hun Sen - Primeiro-ministro do Camboja desde 1985

Foto: Mak Remissa/EFE/EPA
13 | 17

Yoweri Museveni - Presidente de Uganda desde 1986

Foto: Tiksa Negeri/REUTERS
14 | 17

Mswati III - Rei da Suazilândia desde 1986

Foto: Mary Altaffer/REUTERS
15 | 17

Akihito - Imperador do Japão desde 1989

Foto: Issei Kato/REUTERS
16 | 17

Omar Al-Bashir - Presidente do Sudão desde 1989

Foto: Pius Utomi Ekpei/AFP Photo
17 | 17

Nursultan Nazarbayev - Presidente do Casaquistão desde 1989

Foto: Shamil Zhumatov/REUTERS

WASHINGTON - Os Estados Unidos manifestaram na quarta-feira, 15, preocupação com a "intervenção militar no processo político" do Zimbábue e pediram uma resolução "rápida" para a crise política dentro da ordem constitucional, mas não chegaram a classificar o ocorrido como um golpe de Estado.

Mugabe resiste à pressão de militares para deixar governo do Zimbábue

Um porta-voz do Departamento de Estado americano, que pediu anonimato, afirmou que o governo de Donald Trump está "preocupado com as recentes ações das forças militares do Zimbábue", que se rebelaram contra o presidente Robert Mugabe e tomaram o controle do país.

Militares continuam nas ruas da capital do Zimbábue, Harare, nesta quinta-feira em meio à indefinição sobre futuro de Robert Mugabe Foto: REUTERS/Philimon Bulawayo

"Pedimos a todos os líderes zimbabuanos a exercer a contenção, respeitar o estado de direito, garantir os direitos constitucionalmente protegidos de todos os cidadãos e resolver rapidamente as diferenças para permitir um retorno rápido à normalidade", disse o porta-voz.

O embaixador americano no Zimbábue, Harry Thomas, está "em contato com o governo" do país africano e recebeu informações tanto do Ministério de Relações Exteriores como do exército zimbabuano, explicou a fonte.

The Economist: Um golpe na ascensão da primeira-dama

"Continuaremos nos relacionando com todas as partes que estejam dispostas a trabalhar conosco para conseguir uma resolução rápida e pacífica que esteja de acordo com a Constituição", afirmou.

Perguntado se os Estados Unidos consideram o ocorrido um golpe de Estado, o porta-voz se limitou a dizer que Washington "continua supervisionando a situação em Harare, que ainda está se desenvolvendo, e poderá proporcionar mais avaliações à medida que os fatos fiquem mais claros".

Seu navegador não suporta esse video.

O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, de 93 anos, foi posto em prisão domiciliar pelo exército do país que garantiu que a intenção não é de aplicar um golpe de Estado mas de intervir contra "criminosos" ligados ao político.

"Expressamos claramente as nossas preocupações sobre as ações tomadas pelas forças militares do Zimbábue", ressaltou. "Não perdoamos a intervenção militar em processos políticos", acrescentou o porta-voz.

Quanto ao pedido das forças militares do Zimbábue para que o Ocidente preste mais atenção à relação com o país, o porta-voz afirmou que os Estados Unidos "seguem comprometidos com o povo" do país africano e "com esperanças de um futuro mais promissor".

Perfil: Mugabe, de herói nacional a déspota disposto a matar pelo poder

Nações Unidas

Ainda na quarta-feira, a ONU pediu calma para as partes em conflito no Zimbábue e ressaltou que a crise política no país deve ser resolvida por meio do diálogo, respeitando a Constituição.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que está acompanhado a situação e pediu "calma e moderação" às partes. "Preservar os direitos fundamentais, incluindo a liberdade de expressão e reunião, é de importância vital", disse um dos porta-vozes da Secretaria-Geral da ONU, Fahran Haq.

Cronologia: o Zimbábue desde sua independência

"O secretário-geral ressalta a importância de resolver as diferenças políticas por meio de vias pacíficas e do diálogo, em linha com a Constituição do país", completou o porta-voz.

Haq reconheceu que a situação no Zimbábue é, por enquanto, um "pouco confusa", e a ONU está tentando obter mais informações sobre o que está ocorrendo no país. / EFE

Os 17 chefes de Estado e governo há mais tempo no poder

1 | 17

Elizabeth II - Rainha da Grã-Bretanha desde 1952

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2 | 17

Khalifa bin Salman Al Khalifa - Primeiro-ministro do Bahrein desde 1970

Foto: Peerapat Wimolrungkarat/Creative Commons
3 | 17

Qaboos bin Said al Said - Sultão do Omã desde 1970

Foto: Fadi Al-Assaad/REUTERS
4 | 17

Margrethe II - Rainha da Dinamarca desde 1972

Foto: Jason Lee/REUTERS
5 | 17

Carl XVI Gustaf - Rei da Suécia desde 1973

Foto: Ints Kalnins/ REUTERS
6 | 17

Paul Biya - No poder desde 1975, atual presidente do Camarões e ex-primeiro-ministro

Foto: Benoit Tessier/REUTERS
7 | 17

Mohamed Abdelaziz - Presidente da República Árabe Saharaui Democrática (RASD) há 39 anos

Foto: Andrea Comas/REUTERS
8 | 17

Teodoro Obiang Nguema Mbasogo - No poder desde 1979, atual presidente da Guiné Equatorial, ex-presidente do conselho militar revolucionário e do conselho militar supremo

Foto: Amr Abdallah Dalsh/REUTERS
9 | 17

Robert Mugabe - Presidente do Zimbábue desde 1980

Foto: Philimon Bulawayo/REUTERS
10 | 17

Ali Khamenei - Aiatolá do Irã desde 1981

Foto: Leader.ir/Handout/Reuters
11 | 17

Hans-Adam II - Rei de Liechtenstein desde 1984

Foto: David W Cerny/REUTERS
12 | 17

Hun Sen - Primeiro-ministro do Camboja desde 1985

Foto: Mak Remissa/EFE/EPA
13 | 17

Yoweri Museveni - Presidente de Uganda desde 1986

Foto: Tiksa Negeri/REUTERS
14 | 17

Mswati III - Rei da Suazilândia desde 1986

Foto: Mary Altaffer/REUTERS
15 | 17

Akihito - Imperador do Japão desde 1989

Foto: Issei Kato/REUTERS
16 | 17

Omar Al-Bashir - Presidente do Sudão desde 1989

Foto: Pius Utomi Ekpei/AFP Photo
17 | 17

Nursultan Nazarbayev - Presidente do Casaquistão desde 1989

Foto: Shamil Zhumatov/REUTERS

WASHINGTON - Os Estados Unidos manifestaram na quarta-feira, 15, preocupação com a "intervenção militar no processo político" do Zimbábue e pediram uma resolução "rápida" para a crise política dentro da ordem constitucional, mas não chegaram a classificar o ocorrido como um golpe de Estado.

Mugabe resiste à pressão de militares para deixar governo do Zimbábue

Um porta-voz do Departamento de Estado americano, que pediu anonimato, afirmou que o governo de Donald Trump está "preocupado com as recentes ações das forças militares do Zimbábue", que se rebelaram contra o presidente Robert Mugabe e tomaram o controle do país.

Militares continuam nas ruas da capital do Zimbábue, Harare, nesta quinta-feira em meio à indefinição sobre futuro de Robert Mugabe Foto: REUTERS/Philimon Bulawayo

"Pedimos a todos os líderes zimbabuanos a exercer a contenção, respeitar o estado de direito, garantir os direitos constitucionalmente protegidos de todos os cidadãos e resolver rapidamente as diferenças para permitir um retorno rápido à normalidade", disse o porta-voz.

O embaixador americano no Zimbábue, Harry Thomas, está "em contato com o governo" do país africano e recebeu informações tanto do Ministério de Relações Exteriores como do exército zimbabuano, explicou a fonte.

The Economist: Um golpe na ascensão da primeira-dama

"Continuaremos nos relacionando com todas as partes que estejam dispostas a trabalhar conosco para conseguir uma resolução rápida e pacífica que esteja de acordo com a Constituição", afirmou.

Perguntado se os Estados Unidos consideram o ocorrido um golpe de Estado, o porta-voz se limitou a dizer que Washington "continua supervisionando a situação em Harare, que ainda está se desenvolvendo, e poderá proporcionar mais avaliações à medida que os fatos fiquem mais claros".

Seu navegador não suporta esse video.

O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, de 93 anos, foi posto em prisão domiciliar pelo exército do país que garantiu que a intenção não é de aplicar um golpe de Estado mas de intervir contra "criminosos" ligados ao político.

"Expressamos claramente as nossas preocupações sobre as ações tomadas pelas forças militares do Zimbábue", ressaltou. "Não perdoamos a intervenção militar em processos políticos", acrescentou o porta-voz.

Quanto ao pedido das forças militares do Zimbábue para que o Ocidente preste mais atenção à relação com o país, o porta-voz afirmou que os Estados Unidos "seguem comprometidos com o povo" do país africano e "com esperanças de um futuro mais promissor".

Perfil: Mugabe, de herói nacional a déspota disposto a matar pelo poder

Nações Unidas

Ainda na quarta-feira, a ONU pediu calma para as partes em conflito no Zimbábue e ressaltou que a crise política no país deve ser resolvida por meio do diálogo, respeitando a Constituição.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que está acompanhado a situação e pediu "calma e moderação" às partes. "Preservar os direitos fundamentais, incluindo a liberdade de expressão e reunião, é de importância vital", disse um dos porta-vozes da Secretaria-Geral da ONU, Fahran Haq.

Cronologia: o Zimbábue desde sua independência

"O secretário-geral ressalta a importância de resolver as diferenças políticas por meio de vias pacíficas e do diálogo, em linha com a Constituição do país", completou o porta-voz.

Haq reconheceu que a situação no Zimbábue é, por enquanto, um "pouco confusa", e a ONU está tentando obter mais informações sobre o que está ocorrendo no país. / EFE

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2 | 17

Khalifa bin Salman Al Khalifa - Primeiro-ministro do Bahrein desde 1970

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3 | 17

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4 | 17

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Foto: Jason Lee/REUTERS
5 | 17

Carl XVI Gustaf - Rei da Suécia desde 1973

Foto: Ints Kalnins/ REUTERS
6 | 17

Paul Biya - No poder desde 1975, atual presidente do Camarões e ex-primeiro-ministro

Foto: Benoit Tessier/REUTERS
7 | 17

Mohamed Abdelaziz - Presidente da República Árabe Saharaui Democrática (RASD) há 39 anos

Foto: Andrea Comas/REUTERS
8 | 17

Teodoro Obiang Nguema Mbasogo - No poder desde 1979, atual presidente da Guiné Equatorial, ex-presidente do conselho militar revolucionário e do conselho militar supremo

Foto: Amr Abdallah Dalsh/REUTERS
9 | 17

Robert Mugabe - Presidente do Zimbábue desde 1980

Foto: Philimon Bulawayo/REUTERS
10 | 17

Ali Khamenei - Aiatolá do Irã desde 1981

Foto: Leader.ir/Handout/Reuters
11 | 17

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Foto: David W Cerny/REUTERS
12 | 17

Hun Sen - Primeiro-ministro do Camboja desde 1985

Foto: Mak Remissa/EFE/EPA
13 | 17

Yoweri Museveni - Presidente de Uganda desde 1986

Foto: Tiksa Negeri/REUTERS
14 | 17

Mswati III - Rei da Suazilândia desde 1986

Foto: Mary Altaffer/REUTERS
15 | 17

Akihito - Imperador do Japão desde 1989

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16 | 17

Omar Al-Bashir - Presidente do Sudão desde 1989

Foto: Pius Utomi Ekpei/AFP Photo
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Nursultan Nazarbayev - Presidente do Casaquistão desde 1989

Foto: Shamil Zhumatov/REUTERS

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