Líder catalão diz não querer 'separação traumática' e convoca reunião


UE e ONU pressionam por negociação entre governo central espanhol e autoridades catalãs enquanto protestos aumentam na região autônoma

Por Redação
Atualização:

BARCELONA, ESPANHA - Com uma reunião de gabinete marcada para discutir os próximos passos após o plebiscito independentista da Catalunha, o presidente da Generalitat – o governo autônomo catalão –, Carles Puigdemont,disse nesta segunda-feira,2, que não busca uma separação “traumática” da Espanha. Segundo ele, os nacionalistas catalães querem “um novo entendimento” com Madri.  A União Europeia e a ONU pressionam pelo diálogo, enquanto o governo central não admite qualquer cenário em que uma república catalã seja declarada independente. 

+ Justiça investigará uso excessivo de força por policiais na Catalunha

A reunião ocorre em meio à tensão com o governo espanhol ea possibilidade de umadeclaração unilateral de independência – que não seria aceita nem pela Espanha, nem pela União Europeia e teria poucas condições práticas de se concretizar. 

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“Não queremos uma separação traumática... queremos um novo entendimento com o Estado espanhol”, disse Puigdemont, que no dia anterior declarou que votação, que atraiu milhões de eleitores desafiadores apesar de o Tribunal Constitucional da Espanha tê-la declarado ilegal, foi válida e vinculante e seria aplicada.Ele acrescentou que o resultado final provavelmente não será apresentado ao Parlamento nesta segunda-feira ou na terça-feira.

Manifestantes se reúnem na Plaza Catalunha, em Barcelona, para protestar pela independência catalã Foto: REUTERS/Susana Vera

Diálogo

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 O líder catalão disse que não teve nenhum contato com o governo central espanhol epediu que o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, diga se concorda com uma mediação das conversas sobre o futuro da região, a ser supervisionada pela União Europeia.Puigdemont também pediu a retirada da Polícia Nacional, enviada por Madri à Catalunha, que reprimiu o plebiscito de domingo com violência e deixou cerca de 900 feridos. 

Madri voltou a ameaçar os catalães. "Se alguém pretende declarar a independência de uma parte do território em relação à Espanha, como não pode, como não está dentro de suas competências, será necessário fazer tudo o que a lei permite para impedir que isso aconteça", disse o ministro da Justiça Rafael Catalá,ao ser questionado sobrea invocação do artigo 155 da Constituição espanhola, que permite intervir na autonomia de uma região, caso "não sejam cumpridas as obrigações que a Constituição ou outras leis impõem".

Em Madri, o premiê Mariano Rajoy planeja coordenar os próximos passos em uma reunião com Pedro Sánchez, líder do opositor Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).

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Homem segura bandeira separatista catalã em ato em Barcelona Foto: REUTERS/Jon Nazca

Diplomacia

  A União Europeia (UE) e a ONU  defenderam que o governo espanhol para que estabeleça um diálogo com os separatistas catalães, dispostos a declarar de forma unilateral a independência da Catalunha, um dia depois do referendo de autodeterminação proibido pela Justiça e marcado pela violência policial.

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Em um comunicado, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu ao governo conservador de Mariano Rajoy investigações "completas, independentes e imparciais" sobre "todos os atos de violência" ocorridos no domingo na Catalunha. Por sua vez, a União Europeia pediu a Madri e Barcelona "que passem rapidamente do confronto ao diálogo", porque "a violência nunca pode ser um instrumento de política".

Protestos

A intensa mobilização das últimas semanas deve prosseguir nas ruas da Catalunha, com uma greve geral convocada para terça-feira (3) na região por 44 organizações, incluindo os dois maiores sindicatos - União Geral de Trabalhadores (UGT) e Comissões Operárias (CCOO).

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Nesta segunda-feira, dois protestos foram convocados para o centro de Barcelona: um deles, na Praça Universidade, onde centenas de pessoas gritavam "as ruas serão sempre nossas"./ AFP, REUTERS e EFE

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O chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, disse que o governo agiu de acordo com a lei ao reprimir com violência o referendo de independência neste domingo. Já o presidente catalão, Carles Puigdemont, falou que os cidadãos ganharam o direito de ter um estado independente.

BARCELONA, ESPANHA - Com uma reunião de gabinete marcada para discutir os próximos passos após o plebiscito independentista da Catalunha, o presidente da Generalitat – o governo autônomo catalão –, Carles Puigdemont,disse nesta segunda-feira,2, que não busca uma separação “traumática” da Espanha. Segundo ele, os nacionalistas catalães querem “um novo entendimento” com Madri.  A União Europeia e a ONU pressionam pelo diálogo, enquanto o governo central não admite qualquer cenário em que uma república catalã seja declarada independente. 

+ Justiça investigará uso excessivo de força por policiais na Catalunha

A reunião ocorre em meio à tensão com o governo espanhol ea possibilidade de umadeclaração unilateral de independência – que não seria aceita nem pela Espanha, nem pela União Europeia e teria poucas condições práticas de se concretizar. 

“Não queremos uma separação traumática... queremos um novo entendimento com o Estado espanhol”, disse Puigdemont, que no dia anterior declarou que votação, que atraiu milhões de eleitores desafiadores apesar de o Tribunal Constitucional da Espanha tê-la declarado ilegal, foi válida e vinculante e seria aplicada.Ele acrescentou que o resultado final provavelmente não será apresentado ao Parlamento nesta segunda-feira ou na terça-feira.

Manifestantes se reúnem na Plaza Catalunha, em Barcelona, para protestar pela independência catalã Foto: REUTERS/Susana Vera

Diálogo

 O líder catalão disse que não teve nenhum contato com o governo central espanhol epediu que o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, diga se concorda com uma mediação das conversas sobre o futuro da região, a ser supervisionada pela União Europeia.Puigdemont também pediu a retirada da Polícia Nacional, enviada por Madri à Catalunha, que reprimiu o plebiscito de domingo com violência e deixou cerca de 900 feridos. 

Madri voltou a ameaçar os catalães. "Se alguém pretende declarar a independência de uma parte do território em relação à Espanha, como não pode, como não está dentro de suas competências, será necessário fazer tudo o que a lei permite para impedir que isso aconteça", disse o ministro da Justiça Rafael Catalá,ao ser questionado sobrea invocação do artigo 155 da Constituição espanhola, que permite intervir na autonomia de uma região, caso "não sejam cumpridas as obrigações que a Constituição ou outras leis impõem".

Em Madri, o premiê Mariano Rajoy planeja coordenar os próximos passos em uma reunião com Pedro Sánchez, líder do opositor Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).

Homem segura bandeira separatista catalã em ato em Barcelona Foto: REUTERS/Jon Nazca

Diplomacia

  A União Europeia (UE) e a ONU  defenderam que o governo espanhol para que estabeleça um diálogo com os separatistas catalães, dispostos a declarar de forma unilateral a independência da Catalunha, um dia depois do referendo de autodeterminação proibido pela Justiça e marcado pela violência policial.

Em um comunicado, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu ao governo conservador de Mariano Rajoy investigações "completas, independentes e imparciais" sobre "todos os atos de violência" ocorridos no domingo na Catalunha. Por sua vez, a União Europeia pediu a Madri e Barcelona "que passem rapidamente do confronto ao diálogo", porque "a violência nunca pode ser um instrumento de política".

Protestos

A intensa mobilização das últimas semanas deve prosseguir nas ruas da Catalunha, com uma greve geral convocada para terça-feira (3) na região por 44 organizações, incluindo os dois maiores sindicatos - União Geral de Trabalhadores (UGT) e Comissões Operárias (CCOO).

Nesta segunda-feira, dois protestos foram convocados para o centro de Barcelona: um deles, na Praça Universidade, onde centenas de pessoas gritavam "as ruas serão sempre nossas"./ AFP, REUTERS e EFE

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O chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, disse que o governo agiu de acordo com a lei ao reprimir com violência o referendo de independência neste domingo. Já o presidente catalão, Carles Puigdemont, falou que os cidadãos ganharam o direito de ter um estado independente.

BARCELONA, ESPANHA - Com uma reunião de gabinete marcada para discutir os próximos passos após o plebiscito independentista da Catalunha, o presidente da Generalitat – o governo autônomo catalão –, Carles Puigdemont,disse nesta segunda-feira,2, que não busca uma separação “traumática” da Espanha. Segundo ele, os nacionalistas catalães querem “um novo entendimento” com Madri.  A União Europeia e a ONU pressionam pelo diálogo, enquanto o governo central não admite qualquer cenário em que uma república catalã seja declarada independente. 

+ Justiça investigará uso excessivo de força por policiais na Catalunha

A reunião ocorre em meio à tensão com o governo espanhol ea possibilidade de umadeclaração unilateral de independência – que não seria aceita nem pela Espanha, nem pela União Europeia e teria poucas condições práticas de se concretizar. 

“Não queremos uma separação traumática... queremos um novo entendimento com o Estado espanhol”, disse Puigdemont, que no dia anterior declarou que votação, que atraiu milhões de eleitores desafiadores apesar de o Tribunal Constitucional da Espanha tê-la declarado ilegal, foi válida e vinculante e seria aplicada.Ele acrescentou que o resultado final provavelmente não será apresentado ao Parlamento nesta segunda-feira ou na terça-feira.

Manifestantes se reúnem na Plaza Catalunha, em Barcelona, para protestar pela independência catalã Foto: REUTERS/Susana Vera

Diálogo

 O líder catalão disse que não teve nenhum contato com o governo central espanhol epediu que o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, diga se concorda com uma mediação das conversas sobre o futuro da região, a ser supervisionada pela União Europeia.Puigdemont também pediu a retirada da Polícia Nacional, enviada por Madri à Catalunha, que reprimiu o plebiscito de domingo com violência e deixou cerca de 900 feridos. 

Madri voltou a ameaçar os catalães. "Se alguém pretende declarar a independência de uma parte do território em relação à Espanha, como não pode, como não está dentro de suas competências, será necessário fazer tudo o que a lei permite para impedir que isso aconteça", disse o ministro da Justiça Rafael Catalá,ao ser questionado sobrea invocação do artigo 155 da Constituição espanhola, que permite intervir na autonomia de uma região, caso "não sejam cumpridas as obrigações que a Constituição ou outras leis impõem".

Em Madri, o premiê Mariano Rajoy planeja coordenar os próximos passos em uma reunião com Pedro Sánchez, líder do opositor Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).

Homem segura bandeira separatista catalã em ato em Barcelona Foto: REUTERS/Jon Nazca

Diplomacia

  A União Europeia (UE) e a ONU  defenderam que o governo espanhol para que estabeleça um diálogo com os separatistas catalães, dispostos a declarar de forma unilateral a independência da Catalunha, um dia depois do referendo de autodeterminação proibido pela Justiça e marcado pela violência policial.

Em um comunicado, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu ao governo conservador de Mariano Rajoy investigações "completas, independentes e imparciais" sobre "todos os atos de violência" ocorridos no domingo na Catalunha. Por sua vez, a União Europeia pediu a Madri e Barcelona "que passem rapidamente do confronto ao diálogo", porque "a violência nunca pode ser um instrumento de política".

Protestos

A intensa mobilização das últimas semanas deve prosseguir nas ruas da Catalunha, com uma greve geral convocada para terça-feira (3) na região por 44 organizações, incluindo os dois maiores sindicatos - União Geral de Trabalhadores (UGT) e Comissões Operárias (CCOO).

Nesta segunda-feira, dois protestos foram convocados para o centro de Barcelona: um deles, na Praça Universidade, onde centenas de pessoas gritavam "as ruas serão sempre nossas"./ AFP, REUTERS e EFE

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O chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, disse que o governo agiu de acordo com a lei ao reprimir com violência o referendo de independência neste domingo. Já o presidente catalão, Carles Puigdemont, falou que os cidadãos ganharam o direito de ter um estado independente.

BARCELONA, ESPANHA - Com uma reunião de gabinete marcada para discutir os próximos passos após o plebiscito independentista da Catalunha, o presidente da Generalitat – o governo autônomo catalão –, Carles Puigdemont,disse nesta segunda-feira,2, que não busca uma separação “traumática” da Espanha. Segundo ele, os nacionalistas catalães querem “um novo entendimento” com Madri.  A União Europeia e a ONU pressionam pelo diálogo, enquanto o governo central não admite qualquer cenário em que uma república catalã seja declarada independente. 

+ Justiça investigará uso excessivo de força por policiais na Catalunha

A reunião ocorre em meio à tensão com o governo espanhol ea possibilidade de umadeclaração unilateral de independência – que não seria aceita nem pela Espanha, nem pela União Europeia e teria poucas condições práticas de se concretizar. 

“Não queremos uma separação traumática... queremos um novo entendimento com o Estado espanhol”, disse Puigdemont, que no dia anterior declarou que votação, que atraiu milhões de eleitores desafiadores apesar de o Tribunal Constitucional da Espanha tê-la declarado ilegal, foi válida e vinculante e seria aplicada.Ele acrescentou que o resultado final provavelmente não será apresentado ao Parlamento nesta segunda-feira ou na terça-feira.

Manifestantes se reúnem na Plaza Catalunha, em Barcelona, para protestar pela independência catalã Foto: REUTERS/Susana Vera

Diálogo

 O líder catalão disse que não teve nenhum contato com o governo central espanhol epediu que o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, diga se concorda com uma mediação das conversas sobre o futuro da região, a ser supervisionada pela União Europeia.Puigdemont também pediu a retirada da Polícia Nacional, enviada por Madri à Catalunha, que reprimiu o plebiscito de domingo com violência e deixou cerca de 900 feridos. 

Madri voltou a ameaçar os catalães. "Se alguém pretende declarar a independência de uma parte do território em relação à Espanha, como não pode, como não está dentro de suas competências, será necessário fazer tudo o que a lei permite para impedir que isso aconteça", disse o ministro da Justiça Rafael Catalá,ao ser questionado sobrea invocação do artigo 155 da Constituição espanhola, que permite intervir na autonomia de uma região, caso "não sejam cumpridas as obrigações que a Constituição ou outras leis impõem".

Em Madri, o premiê Mariano Rajoy planeja coordenar os próximos passos em uma reunião com Pedro Sánchez, líder do opositor Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).

Homem segura bandeira separatista catalã em ato em Barcelona Foto: REUTERS/Jon Nazca

Diplomacia

  A União Europeia (UE) e a ONU  defenderam que o governo espanhol para que estabeleça um diálogo com os separatistas catalães, dispostos a declarar de forma unilateral a independência da Catalunha, um dia depois do referendo de autodeterminação proibido pela Justiça e marcado pela violência policial.

Em um comunicado, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu ao governo conservador de Mariano Rajoy investigações "completas, independentes e imparciais" sobre "todos os atos de violência" ocorridos no domingo na Catalunha. Por sua vez, a União Europeia pediu a Madri e Barcelona "que passem rapidamente do confronto ao diálogo", porque "a violência nunca pode ser um instrumento de política".

Protestos

A intensa mobilização das últimas semanas deve prosseguir nas ruas da Catalunha, com uma greve geral convocada para terça-feira (3) na região por 44 organizações, incluindo os dois maiores sindicatos - União Geral de Trabalhadores (UGT) e Comissões Operárias (CCOO).

Nesta segunda-feira, dois protestos foram convocados para o centro de Barcelona: um deles, na Praça Universidade, onde centenas de pessoas gritavam "as ruas serão sempre nossas"./ AFP, REUTERS e EFE

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