May propõe área de livre-comércio à União Europeia


Medida evitaria controles alfandegários e manteria aberta fronteira com a Irlanda; Londres manterá fora do acordo o setor de serviços

Atualização:

LONDRES - A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou nesta sexta-feira, 6, que seu governo, dividido sobre a saída da União Europeia (UE), chegou a uma posição comum para a criação de uma área de livre-comércio entre o Reino Unido e o bloco após o Brexit. A medida evitaria os controles alfandegários e manteria aberta a fronteira com a Irlanda. 

May em reunião em Chequers; para premiê, tempo de críticas abertas de seus ministros ao Brexit acabou Foto: AFP PHOTO / CROWN COPYRIGHT 2018 / Joel ROUSE

“Nossa proposta criaria uma zona de livre-comércio entre o Reino Unido e a UE com um conjunto de regras comuns para os bens industriais e os produtos agrícolas”, declarou, em um comunicado, a dirigente conservadora. O anúncio foi feito durante uma reunião de seu governo em Chequers, a casa de campo dos primeiros-ministros britânicos, a 70 km a noroeste de Londres. A proposta era esperada havia muito tempo pelos europeus, cansados das dúvidas do governo britânico sobre o conteúdo esperado das negociações do divórcio com a UE, previsto para daqui a nove meses.

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+ Brexit pode dar status duplo à Irlanda do Norte, diz Reino Unido

Após horas de tensas negociações, os ministros britânicos concordaram que o reino manterá uma equivalência regulatória com a UE para bens, mas não para serviços. May disse que dará mais detalhes sobre a proposta na próxima semana, em um “Livro Branco” que será enviado a Bruxelas. 

A área de livre-comércio entre Reino Unido e UE deve estabelecer uma “normativa comum” para “bens industriais e produtos agrícolas”, segundo explicou May. O Parlamento terá ainda de aprovar qualquer mudança futura nessas regulações. 

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“Como resultado, evitaremos conflito no campo do comércio, o que protege o emprego e as formas de sustento, ao mesmo tempo em que cumprimos nosso compromisso com a Irlanda do Norte”, mantendo a soberania parlamentar do país, afirmou a primeira-ministra. “Também concordamos com um novo modelo alfandegário favorável às empresas que nos dará liberdade para fechar novos acordos comerciais em outras partes do mundo.” 

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Reino Unido e União Europeia (UE) iniciaram nesta segunda-feira em Bruxelas as aguardadas negociações para a saída dos britânicos do bloco em março de 2019, em um contexto de incerteza sobre a fragilidade do governo britânico.

Londres quis manter fora desse acordo o setor de serviços, pois acredita que essa é a área que mais se expandirá com pactos comerciais com terceiros países após o Brexit. O aval duramente conquistado pode ainda fracassar com negociadores da UE. Ao se comprometer também em encerrar o fluxo livre de pessoas, não reconhecer a supremacia da corte europeia e suspender pagamentos ao bloco, May tende a ser acusada de escolher somente o que convém dentro da UE por autoridades de Bruxelas – determinadas em mandar um forte sinal para outros países não seguirem os passos do Reino Unido. O governo britânico admite o cenário de eventual saída da UE sem acordo com Bruxelas, algo temido pelas empresas.

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Sem críticas. O acordo de hoje, que mantém fortes laços comerciais com a UE, é uma vitória crucial para May sobre seus colegas de gabinete que apoiam uma saída mais rígida do bloco. Ela terá agora de lidar com seus ministros eurocéticos como o secretário do Brexit, David Davis, e o das Relações Exteriores, Boris Johnson. Eles têm criticado publicamente a inclinação de May por uma saída “suave”. 

Segundo a imprensa inglesa, May está determinada a passar por cima dessas críticas. O Times informou que ela está preparada para demitir Johnson se ele tentar minar o novo acordo. Ela disse a colegas que, se no passado permitiu a seu gabinete expressar suas visões individuais (sobre o Brexit), agora revogou esse privilégio. / EFE, AFP, REUTERS e W. POST 

LONDRES - A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou nesta sexta-feira, 6, que seu governo, dividido sobre a saída da União Europeia (UE), chegou a uma posição comum para a criação de uma área de livre-comércio entre o Reino Unido e o bloco após o Brexit. A medida evitaria os controles alfandegários e manteria aberta a fronteira com a Irlanda. 

May em reunião em Chequers; para premiê, tempo de críticas abertas de seus ministros ao Brexit acabou Foto: AFP PHOTO / CROWN COPYRIGHT 2018 / Joel ROUSE

“Nossa proposta criaria uma zona de livre-comércio entre o Reino Unido e a UE com um conjunto de regras comuns para os bens industriais e os produtos agrícolas”, declarou, em um comunicado, a dirigente conservadora. O anúncio foi feito durante uma reunião de seu governo em Chequers, a casa de campo dos primeiros-ministros britânicos, a 70 km a noroeste de Londres. A proposta era esperada havia muito tempo pelos europeus, cansados das dúvidas do governo britânico sobre o conteúdo esperado das negociações do divórcio com a UE, previsto para daqui a nove meses.

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Após horas de tensas negociações, os ministros britânicos concordaram que o reino manterá uma equivalência regulatória com a UE para bens, mas não para serviços. May disse que dará mais detalhes sobre a proposta na próxima semana, em um “Livro Branco” que será enviado a Bruxelas. 

A área de livre-comércio entre Reino Unido e UE deve estabelecer uma “normativa comum” para “bens industriais e produtos agrícolas”, segundo explicou May. O Parlamento terá ainda de aprovar qualquer mudança futura nessas regulações. 

“Como resultado, evitaremos conflito no campo do comércio, o que protege o emprego e as formas de sustento, ao mesmo tempo em que cumprimos nosso compromisso com a Irlanda do Norte”, mantendo a soberania parlamentar do país, afirmou a primeira-ministra. “Também concordamos com um novo modelo alfandegário favorável às empresas que nos dará liberdade para fechar novos acordos comerciais em outras partes do mundo.” 

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Reino Unido e União Europeia (UE) iniciaram nesta segunda-feira em Bruxelas as aguardadas negociações para a saída dos britânicos do bloco em março de 2019, em um contexto de incerteza sobre a fragilidade do governo britânico.

Londres quis manter fora desse acordo o setor de serviços, pois acredita que essa é a área que mais se expandirá com pactos comerciais com terceiros países após o Brexit. O aval duramente conquistado pode ainda fracassar com negociadores da UE. Ao se comprometer também em encerrar o fluxo livre de pessoas, não reconhecer a supremacia da corte europeia e suspender pagamentos ao bloco, May tende a ser acusada de escolher somente o que convém dentro da UE por autoridades de Bruxelas – determinadas em mandar um forte sinal para outros países não seguirem os passos do Reino Unido. O governo britânico admite o cenário de eventual saída da UE sem acordo com Bruxelas, algo temido pelas empresas.

Sem críticas. O acordo de hoje, que mantém fortes laços comerciais com a UE, é uma vitória crucial para May sobre seus colegas de gabinete que apoiam uma saída mais rígida do bloco. Ela terá agora de lidar com seus ministros eurocéticos como o secretário do Brexit, David Davis, e o das Relações Exteriores, Boris Johnson. Eles têm criticado publicamente a inclinação de May por uma saída “suave”. 

Segundo a imprensa inglesa, May está determinada a passar por cima dessas críticas. O Times informou que ela está preparada para demitir Johnson se ele tentar minar o novo acordo. Ela disse a colegas que, se no passado permitiu a seu gabinete expressar suas visões individuais (sobre o Brexit), agora revogou esse privilégio. / EFE, AFP, REUTERS e W. POST 

LONDRES - A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou nesta sexta-feira, 6, que seu governo, dividido sobre a saída da União Europeia (UE), chegou a uma posição comum para a criação de uma área de livre-comércio entre o Reino Unido e o bloco após o Brexit. A medida evitaria os controles alfandegários e manteria aberta a fronteira com a Irlanda. 

May em reunião em Chequers; para premiê, tempo de críticas abertas de seus ministros ao Brexit acabou Foto: AFP PHOTO / CROWN COPYRIGHT 2018 / Joel ROUSE

“Nossa proposta criaria uma zona de livre-comércio entre o Reino Unido e a UE com um conjunto de regras comuns para os bens industriais e os produtos agrícolas”, declarou, em um comunicado, a dirigente conservadora. O anúncio foi feito durante uma reunião de seu governo em Chequers, a casa de campo dos primeiros-ministros britânicos, a 70 km a noroeste de Londres. A proposta era esperada havia muito tempo pelos europeus, cansados das dúvidas do governo britânico sobre o conteúdo esperado das negociações do divórcio com a UE, previsto para daqui a nove meses.

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Após horas de tensas negociações, os ministros britânicos concordaram que o reino manterá uma equivalência regulatória com a UE para bens, mas não para serviços. May disse que dará mais detalhes sobre a proposta na próxima semana, em um “Livro Branco” que será enviado a Bruxelas. 

A área de livre-comércio entre Reino Unido e UE deve estabelecer uma “normativa comum” para “bens industriais e produtos agrícolas”, segundo explicou May. O Parlamento terá ainda de aprovar qualquer mudança futura nessas regulações. 

“Como resultado, evitaremos conflito no campo do comércio, o que protege o emprego e as formas de sustento, ao mesmo tempo em que cumprimos nosso compromisso com a Irlanda do Norte”, mantendo a soberania parlamentar do país, afirmou a primeira-ministra. “Também concordamos com um novo modelo alfandegário favorável às empresas que nos dará liberdade para fechar novos acordos comerciais em outras partes do mundo.” 

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Reino Unido e União Europeia (UE) iniciaram nesta segunda-feira em Bruxelas as aguardadas negociações para a saída dos britânicos do bloco em março de 2019, em um contexto de incerteza sobre a fragilidade do governo britânico.

Londres quis manter fora desse acordo o setor de serviços, pois acredita que essa é a área que mais se expandirá com pactos comerciais com terceiros países após o Brexit. O aval duramente conquistado pode ainda fracassar com negociadores da UE. Ao se comprometer também em encerrar o fluxo livre de pessoas, não reconhecer a supremacia da corte europeia e suspender pagamentos ao bloco, May tende a ser acusada de escolher somente o que convém dentro da UE por autoridades de Bruxelas – determinadas em mandar um forte sinal para outros países não seguirem os passos do Reino Unido. O governo britânico admite o cenário de eventual saída da UE sem acordo com Bruxelas, algo temido pelas empresas.

Sem críticas. O acordo de hoje, que mantém fortes laços comerciais com a UE, é uma vitória crucial para May sobre seus colegas de gabinete que apoiam uma saída mais rígida do bloco. Ela terá agora de lidar com seus ministros eurocéticos como o secretário do Brexit, David Davis, e o das Relações Exteriores, Boris Johnson. Eles têm criticado publicamente a inclinação de May por uma saída “suave”. 

Segundo a imprensa inglesa, May está determinada a passar por cima dessas críticas. O Times informou que ela está preparada para demitir Johnson se ele tentar minar o novo acordo. Ela disse a colegas que, se no passado permitiu a seu gabinete expressar suas visões individuais (sobre o Brexit), agora revogou esse privilégio. / EFE, AFP, REUTERS e W. POST 

LONDRES - A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou nesta sexta-feira, 6, que seu governo, dividido sobre a saída da União Europeia (UE), chegou a uma posição comum para a criação de uma área de livre-comércio entre o Reino Unido e o bloco após o Brexit. A medida evitaria os controles alfandegários e manteria aberta a fronteira com a Irlanda. 

May em reunião em Chequers; para premiê, tempo de críticas abertas de seus ministros ao Brexit acabou Foto: AFP PHOTO / CROWN COPYRIGHT 2018 / Joel ROUSE

“Nossa proposta criaria uma zona de livre-comércio entre o Reino Unido e a UE com um conjunto de regras comuns para os bens industriais e os produtos agrícolas”, declarou, em um comunicado, a dirigente conservadora. O anúncio foi feito durante uma reunião de seu governo em Chequers, a casa de campo dos primeiros-ministros britânicos, a 70 km a noroeste de Londres. A proposta era esperada havia muito tempo pelos europeus, cansados das dúvidas do governo britânico sobre o conteúdo esperado das negociações do divórcio com a UE, previsto para daqui a nove meses.

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Após horas de tensas negociações, os ministros britânicos concordaram que o reino manterá uma equivalência regulatória com a UE para bens, mas não para serviços. May disse que dará mais detalhes sobre a proposta na próxima semana, em um “Livro Branco” que será enviado a Bruxelas. 

A área de livre-comércio entre Reino Unido e UE deve estabelecer uma “normativa comum” para “bens industriais e produtos agrícolas”, segundo explicou May. O Parlamento terá ainda de aprovar qualquer mudança futura nessas regulações. 

“Como resultado, evitaremos conflito no campo do comércio, o que protege o emprego e as formas de sustento, ao mesmo tempo em que cumprimos nosso compromisso com a Irlanda do Norte”, mantendo a soberania parlamentar do país, afirmou a primeira-ministra. “Também concordamos com um novo modelo alfandegário favorável às empresas que nos dará liberdade para fechar novos acordos comerciais em outras partes do mundo.” 

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Reino Unido e União Europeia (UE) iniciaram nesta segunda-feira em Bruxelas as aguardadas negociações para a saída dos britânicos do bloco em março de 2019, em um contexto de incerteza sobre a fragilidade do governo britânico.

Londres quis manter fora desse acordo o setor de serviços, pois acredita que essa é a área que mais se expandirá com pactos comerciais com terceiros países após o Brexit. O aval duramente conquistado pode ainda fracassar com negociadores da UE. Ao se comprometer também em encerrar o fluxo livre de pessoas, não reconhecer a supremacia da corte europeia e suspender pagamentos ao bloco, May tende a ser acusada de escolher somente o que convém dentro da UE por autoridades de Bruxelas – determinadas em mandar um forte sinal para outros países não seguirem os passos do Reino Unido. O governo britânico admite o cenário de eventual saída da UE sem acordo com Bruxelas, algo temido pelas empresas.

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