Aventuras lácteas entre o Brasil e a França

Opinião|Munster DOP, o queijo de aromas fortes e sulfurosos


Diário de uma viagem para reportagens queijeiras, episódio 6: Casal fabrica tradicional queijo de casca lavada na fronteira francesa com a Alemanha

Por Débora Pereira

No fundo do vale do Munster, nas montanhas de Vosges, a fazenda Bessey fabrica queijo munster há mais de 100 anos. É um queijo de casca lisa, ligeiramente úmida, que vai do amarelo ao vermelho alaranjado. A massa é macia e seu sabor é franco e picante. Pode ser feito de leite cru ou pasteurizado.

O casal Jacques e Claude tem um rebanho de 45 vacas alimentadas com pasto por seis meses e, no inverno, com feno seco - elas não comem alimentos fermentados. "Isso é muito importante para garantir a qualidade microbiológica do nosso leite, pois o munster é um queijo de casca lavada, família tecnológica mais sensível a contaminações que as massas duras, por exemplo", confessa o produtor. Ele garante também que a ração complementar ao feno no inverno não tem cereal geneticamente modificado: "três valores norteiam nossa fazenda: respeito ao meio ambiente, ao bem-estar animal e qualidade dos produtos", conta ele, empolgado, que além do munster fabrica manteiga e vende leite cru.

A fabricação ocorre em um tacho de cobre adaptado com camisa dupla para manter o leite na temperatura ideal para ser transformado em queijo.

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É uma pena que tachos de cobre sejam proibidos para transformação queijeira no Brasil. FOTO: Débora Pereira/Profession Fromager

 

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O queijo munster é um produto com denominação de origem (DOP) desde 1969 e o seu caderno de regras já passou por várias modificações para se adaptar à realidade dos produtores. A última foi limitar a raça das vacas às Vosgiennes, Simmental, Prim'Holstein e Montbéliarde, pois a raça local Vosgiennes ainda não é suficiente para atender o volume de produção de queijo demandada pelo mercado.

 

Jacques Bessey em sua cave de cura. FOTO: Débora Pereira/Profession Fromager

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O queijo munster é curado por três semanas com várias lavagens para desenvolver sua casca típica, que exala aromas sulfurosos super fedidos para os padrões culturais alimentares brasileiros. Quando colocamos o queijo na boca, ele derrete lentamente e os sabores são muito mais suaves que o cheiro. É o argumento que uso para convencer alunos brasileiros dos meus cursos de análise sensorial de queijos a provar, mas existe quem não tenha coragem... É um tipo de queijo que se você compra e vai viajar de trem, todo mundo te olha atravessado: ele te dá uma aura perfumada protetora e ninguém quer sentar do seu lado, o que pode ser uma boa em tempos de covid.

 
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O queijo é esfregado com um pano molhado para desenvolver a Brevibacterium linens, que dá essa cor alaranjada e o cheiro típico

 

Na fazenda Bessey eles fabricam munsters médios e pequenos, mas o caderno de regras permite três tamanhos: 120 a 270g, 450 a 1 kg e entre 1 kg e 1,5 kg. "As famílias diminuíram de tamanho, ninguém mais quer comprar queijo grande como antigamente. Mesmo os comerciantes de queijo preferem agora os formatos menores para não precisar cortar", justifica Jacques.

No fundo do vale do Munster, nas montanhas de Vosges, a fazenda Bessey fabrica queijo munster há mais de 100 anos. É um queijo de casca lisa, ligeiramente úmida, que vai do amarelo ao vermelho alaranjado. A massa é macia e seu sabor é franco e picante. Pode ser feito de leite cru ou pasteurizado.

O casal Jacques e Claude tem um rebanho de 45 vacas alimentadas com pasto por seis meses e, no inverno, com feno seco - elas não comem alimentos fermentados. "Isso é muito importante para garantir a qualidade microbiológica do nosso leite, pois o munster é um queijo de casca lavada, família tecnológica mais sensível a contaminações que as massas duras, por exemplo", confessa o produtor. Ele garante também que a ração complementar ao feno no inverno não tem cereal geneticamente modificado: "três valores norteiam nossa fazenda: respeito ao meio ambiente, ao bem-estar animal e qualidade dos produtos", conta ele, empolgado, que além do munster fabrica manteiga e vende leite cru.

A fabricação ocorre em um tacho de cobre adaptado com camisa dupla para manter o leite na temperatura ideal para ser transformado em queijo.

 

É uma pena que tachos de cobre sejam proibidos para transformação queijeira no Brasil. FOTO: Débora Pereira/Profession Fromager

 

O queijo munster é um produto com denominação de origem (DOP) desde 1969 e o seu caderno de regras já passou por várias modificações para se adaptar à realidade dos produtores. A última foi limitar a raça das vacas às Vosgiennes, Simmental, Prim'Holstein e Montbéliarde, pois a raça local Vosgiennes ainda não é suficiente para atender o volume de produção de queijo demandada pelo mercado.

 

Jacques Bessey em sua cave de cura. FOTO: Débora Pereira/Profession Fromager

 

O queijo munster é curado por três semanas com várias lavagens para desenvolver sua casca típica, que exala aromas sulfurosos super fedidos para os padrões culturais alimentares brasileiros. Quando colocamos o queijo na boca, ele derrete lentamente e os sabores são muito mais suaves que o cheiro. É o argumento que uso para convencer alunos brasileiros dos meus cursos de análise sensorial de queijos a provar, mas existe quem não tenha coragem... É um tipo de queijo que se você compra e vai viajar de trem, todo mundo te olha atravessado: ele te dá uma aura perfumada protetora e ninguém quer sentar do seu lado, o que pode ser uma boa em tempos de covid.

 

O queijo é esfregado com um pano molhado para desenvolver a Brevibacterium linens, que dá essa cor alaranjada e o cheiro típico

 

Na fazenda Bessey eles fabricam munsters médios e pequenos, mas o caderno de regras permite três tamanhos: 120 a 270g, 450 a 1 kg e entre 1 kg e 1,5 kg. "As famílias diminuíram de tamanho, ninguém mais quer comprar queijo grande como antigamente. Mesmo os comerciantes de queijo preferem agora os formatos menores para não precisar cortar", justifica Jacques.

No fundo do vale do Munster, nas montanhas de Vosges, a fazenda Bessey fabrica queijo munster há mais de 100 anos. É um queijo de casca lisa, ligeiramente úmida, que vai do amarelo ao vermelho alaranjado. A massa é macia e seu sabor é franco e picante. Pode ser feito de leite cru ou pasteurizado.

O casal Jacques e Claude tem um rebanho de 45 vacas alimentadas com pasto por seis meses e, no inverno, com feno seco - elas não comem alimentos fermentados. "Isso é muito importante para garantir a qualidade microbiológica do nosso leite, pois o munster é um queijo de casca lavada, família tecnológica mais sensível a contaminações que as massas duras, por exemplo", confessa o produtor. Ele garante também que a ração complementar ao feno no inverno não tem cereal geneticamente modificado: "três valores norteiam nossa fazenda: respeito ao meio ambiente, ao bem-estar animal e qualidade dos produtos", conta ele, empolgado, que além do munster fabrica manteiga e vende leite cru.

A fabricação ocorre em um tacho de cobre adaptado com camisa dupla para manter o leite na temperatura ideal para ser transformado em queijo.

 

É uma pena que tachos de cobre sejam proibidos para transformação queijeira no Brasil. FOTO: Débora Pereira/Profession Fromager

 

O queijo munster é um produto com denominação de origem (DOP) desde 1969 e o seu caderno de regras já passou por várias modificações para se adaptar à realidade dos produtores. A última foi limitar a raça das vacas às Vosgiennes, Simmental, Prim'Holstein e Montbéliarde, pois a raça local Vosgiennes ainda não é suficiente para atender o volume de produção de queijo demandada pelo mercado.

 

Jacques Bessey em sua cave de cura. FOTO: Débora Pereira/Profession Fromager

 

O queijo munster é curado por três semanas com várias lavagens para desenvolver sua casca típica, que exala aromas sulfurosos super fedidos para os padrões culturais alimentares brasileiros. Quando colocamos o queijo na boca, ele derrete lentamente e os sabores são muito mais suaves que o cheiro. É o argumento que uso para convencer alunos brasileiros dos meus cursos de análise sensorial de queijos a provar, mas existe quem não tenha coragem... É um tipo de queijo que se você compra e vai viajar de trem, todo mundo te olha atravessado: ele te dá uma aura perfumada protetora e ninguém quer sentar do seu lado, o que pode ser uma boa em tempos de covid.

 

O queijo é esfregado com um pano molhado para desenvolver a Brevibacterium linens, que dá essa cor alaranjada e o cheiro típico

 

Na fazenda Bessey eles fabricam munsters médios e pequenos, mas o caderno de regras permite três tamanhos: 120 a 270g, 450 a 1 kg e entre 1 kg e 1,5 kg. "As famílias diminuíram de tamanho, ninguém mais quer comprar queijo grande como antigamente. Mesmo os comerciantes de queijo preferem agora os formatos menores para não precisar cortar", justifica Jacques.

No fundo do vale do Munster, nas montanhas de Vosges, a fazenda Bessey fabrica queijo munster há mais de 100 anos. É um queijo de casca lisa, ligeiramente úmida, que vai do amarelo ao vermelho alaranjado. A massa é macia e seu sabor é franco e picante. Pode ser feito de leite cru ou pasteurizado.

O casal Jacques e Claude tem um rebanho de 45 vacas alimentadas com pasto por seis meses e, no inverno, com feno seco - elas não comem alimentos fermentados. "Isso é muito importante para garantir a qualidade microbiológica do nosso leite, pois o munster é um queijo de casca lavada, família tecnológica mais sensível a contaminações que as massas duras, por exemplo", confessa o produtor. Ele garante também que a ração complementar ao feno no inverno não tem cereal geneticamente modificado: "três valores norteiam nossa fazenda: respeito ao meio ambiente, ao bem-estar animal e qualidade dos produtos", conta ele, empolgado, que além do munster fabrica manteiga e vende leite cru.

A fabricação ocorre em um tacho de cobre adaptado com camisa dupla para manter o leite na temperatura ideal para ser transformado em queijo.

 

É uma pena que tachos de cobre sejam proibidos para transformação queijeira no Brasil. FOTO: Débora Pereira/Profession Fromager

 

O queijo munster é um produto com denominação de origem (DOP) desde 1969 e o seu caderno de regras já passou por várias modificações para se adaptar à realidade dos produtores. A última foi limitar a raça das vacas às Vosgiennes, Simmental, Prim'Holstein e Montbéliarde, pois a raça local Vosgiennes ainda não é suficiente para atender o volume de produção de queijo demandada pelo mercado.

 

Jacques Bessey em sua cave de cura. FOTO: Débora Pereira/Profession Fromager

 

O queijo munster é curado por três semanas com várias lavagens para desenvolver sua casca típica, que exala aromas sulfurosos super fedidos para os padrões culturais alimentares brasileiros. Quando colocamos o queijo na boca, ele derrete lentamente e os sabores são muito mais suaves que o cheiro. É o argumento que uso para convencer alunos brasileiros dos meus cursos de análise sensorial de queijos a provar, mas existe quem não tenha coragem... É um tipo de queijo que se você compra e vai viajar de trem, todo mundo te olha atravessado: ele te dá uma aura perfumada protetora e ninguém quer sentar do seu lado, o que pode ser uma boa em tempos de covid.

 

O queijo é esfregado com um pano molhado para desenvolver a Brevibacterium linens, que dá essa cor alaranjada e o cheiro típico

 

Na fazenda Bessey eles fabricam munsters médios e pequenos, mas o caderno de regras permite três tamanhos: 120 a 270g, 450 a 1 kg e entre 1 kg e 1,5 kg. "As famílias diminuíram de tamanho, ninguém mais quer comprar queijo grande como antigamente. Mesmo os comerciantes de queijo preferem agora os formatos menores para não precisar cortar", justifica Jacques.

Opinião por Débora Pereira

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