Indígenas deixam plenário da CCJ, mas permanecem no Congresso


Ocupação que começou na tarde de segunda-feira continuou noite adentro; manifestantes, que protestam contra as alterações das normas de demarcação de terras indígenas, negociam encontro com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha

Por Carla Araujo, Daniel de Carvalho e Valmar Hupsel Filho

BRASÍLIA - Os cerca de 150 índios, quilombolas, marisqueiras e pescadores artesanais que ocuparam o plenário 1 da Câmara dos Deputados durante toda a noite de segunda-feira, 5, e madrugada de terça-feira, 6, deixaram, no início da manhã desta terça, o plenário da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas permaneciam no Congresso. O ato marca a passagem dos 27 anos da Constituição brasileira e é um protesto contra o descumprimento de garantias constitucionais e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera os procedimentos para a demarcação de terras. 

A ocupação do plenário começou à tarde, logo após sessão da Comissão de Direitos Humanos, presidida pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS) e da qual participou a vice-procuradora-geral da República, Débora Duprat. Os índios, representantes de comunidades de pelo menos seis Estados, decidiram permanecer no plenário e exigiam ser recebidos pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Índios ocupam plenário 1 da Câmara Foto: Estadão
continua após a publicidade

A negociação foi intermediada por Pimenta, que abriu uma audiência pública da comissão para justificar a permanência dos ativistas. Por volta das 22h, Cunha afirmou que a sessão não estava autorizada e, a partir daquele momento, os manifestantes passariam a ser considerados invasores.

O presidente da Câmara se negou a receber representantes do grupo e determinou que as luzes e o ar condicionado fossem desligados, o que aconteceu por volta das 23h, provocando um breve momento de tensão.

Em microfone, no calor e no escuro, os indígenas cantavam, tocavam e davam testemunhos de violência e abuso policial em suas comunidades e criticavam o governo por omissão. “São 27 anos de direitos violados e violência contra nosso povo”, disse o líder Voninho Kaiowá, da etnia guarani-kaiowá, do Mato Grosso do Sul, onde há um mês uma liderança indígena foi morta a tiros.

continua após a publicidade

Os discursos foram acompanhados de perto por homens da Polícia Legislativa Federal que posicionaram-se nas saídas do plenário equipados com escudos, capacetes e cassetetes.

Com ajuda de uma lanterna, Pimenta procurava uma tomada para carregar o celular e convocar outros parlamentares. Aos poucos, chegaram o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), Sibá Machado (AC), líder do PT, Alessandro Molon (Rede-RJ), Moema Gramacho (PT-BA), Odorico Monteiro (PT-CE), Bohn Gass (PT-RS) e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

O grupo se reuniu no corredor das comissões e decidiu entrar em contato novamente com Cunha para um novo apelo. Eles optaram por ligar de um telefone desconhecido do presidente da Câmara para evitar que a ligação fosse rejeitada. O telefonema ficou então a cargo de Lindbergh, que foi reconhecido e saudado de pronto por Cunha com um “diga, senador”.

continua após a publicidade

Cunha, segundo o senador, ofereceu duas opções: aceitaria receber representantes indígenas ao meio-dia desta terça-feira se eles saíssem nesta madrugada ou deixaria eles ficarem até as 7h, mas sem recebê-los. As lideranças indígenas não aceitaram a saída imediata e abriram mão de serem recebidos.

“Ele pensou que cortando a luz vocês iam sair, colocando a tropa de choque vocês iam sair. Ele não sabia que o tiro ia sair pela culatra. É um desgaste maior para ele. A atitude truculenta deles fortaleceu vocês. Vocês podem sair e dizer que duelaram com o presidente Eduardo Cunha, esse que pensa que manda no Brasil, e venceram”, disse Lindbergh.

Resistência. Para espantar o sono, os indígenas, mesmo no escuro, cantaram e dançaram no plenário durante a madrugada. Desde o início da noite, eles aceitaram ficar sem cachimbo depois que a segurança da Casa informou que a fumaça poderia danificar obras de arte na sala. "A gente vai respeitar o patrimônio porque é nosso", disse um dos líderes do movimento.

continua após a publicidade

Pimenta chegou a sugerir que eles cantassem o Hino Nacional, para ser uma música que "todos" soubessem cantar, já que alguns cantos indígenas não eram de domínio de todos. A sugestão, no entanto, foi prontamente recusada pelos indígenas, que preferiram entoar cantos tradicionais.

Ao longo da madrugada, os deputados se revezaram em vigília para evitar que os manifestantes fossem atacados.

BRASÍLIA - Os cerca de 150 índios, quilombolas, marisqueiras e pescadores artesanais que ocuparam o plenário 1 da Câmara dos Deputados durante toda a noite de segunda-feira, 5, e madrugada de terça-feira, 6, deixaram, no início da manhã desta terça, o plenário da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas permaneciam no Congresso. O ato marca a passagem dos 27 anos da Constituição brasileira e é um protesto contra o descumprimento de garantias constitucionais e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera os procedimentos para a demarcação de terras. 

A ocupação do plenário começou à tarde, logo após sessão da Comissão de Direitos Humanos, presidida pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS) e da qual participou a vice-procuradora-geral da República, Débora Duprat. Os índios, representantes de comunidades de pelo menos seis Estados, decidiram permanecer no plenário e exigiam ser recebidos pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Índios ocupam plenário 1 da Câmara Foto: Estadão

A negociação foi intermediada por Pimenta, que abriu uma audiência pública da comissão para justificar a permanência dos ativistas. Por volta das 22h, Cunha afirmou que a sessão não estava autorizada e, a partir daquele momento, os manifestantes passariam a ser considerados invasores.

O presidente da Câmara se negou a receber representantes do grupo e determinou que as luzes e o ar condicionado fossem desligados, o que aconteceu por volta das 23h, provocando um breve momento de tensão.

Em microfone, no calor e no escuro, os indígenas cantavam, tocavam e davam testemunhos de violência e abuso policial em suas comunidades e criticavam o governo por omissão. “São 27 anos de direitos violados e violência contra nosso povo”, disse o líder Voninho Kaiowá, da etnia guarani-kaiowá, do Mato Grosso do Sul, onde há um mês uma liderança indígena foi morta a tiros.

Os discursos foram acompanhados de perto por homens da Polícia Legislativa Federal que posicionaram-se nas saídas do plenário equipados com escudos, capacetes e cassetetes.

Com ajuda de uma lanterna, Pimenta procurava uma tomada para carregar o celular e convocar outros parlamentares. Aos poucos, chegaram o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), Sibá Machado (AC), líder do PT, Alessandro Molon (Rede-RJ), Moema Gramacho (PT-BA), Odorico Monteiro (PT-CE), Bohn Gass (PT-RS) e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

O grupo se reuniu no corredor das comissões e decidiu entrar em contato novamente com Cunha para um novo apelo. Eles optaram por ligar de um telefone desconhecido do presidente da Câmara para evitar que a ligação fosse rejeitada. O telefonema ficou então a cargo de Lindbergh, que foi reconhecido e saudado de pronto por Cunha com um “diga, senador”.

Cunha, segundo o senador, ofereceu duas opções: aceitaria receber representantes indígenas ao meio-dia desta terça-feira se eles saíssem nesta madrugada ou deixaria eles ficarem até as 7h, mas sem recebê-los. As lideranças indígenas não aceitaram a saída imediata e abriram mão de serem recebidos.

“Ele pensou que cortando a luz vocês iam sair, colocando a tropa de choque vocês iam sair. Ele não sabia que o tiro ia sair pela culatra. É um desgaste maior para ele. A atitude truculenta deles fortaleceu vocês. Vocês podem sair e dizer que duelaram com o presidente Eduardo Cunha, esse que pensa que manda no Brasil, e venceram”, disse Lindbergh.

Resistência. Para espantar o sono, os indígenas, mesmo no escuro, cantaram e dançaram no plenário durante a madrugada. Desde o início da noite, eles aceitaram ficar sem cachimbo depois que a segurança da Casa informou que a fumaça poderia danificar obras de arte na sala. "A gente vai respeitar o patrimônio porque é nosso", disse um dos líderes do movimento.

Pimenta chegou a sugerir que eles cantassem o Hino Nacional, para ser uma música que "todos" soubessem cantar, já que alguns cantos indígenas não eram de domínio de todos. A sugestão, no entanto, foi prontamente recusada pelos indígenas, que preferiram entoar cantos tradicionais.

Ao longo da madrugada, os deputados se revezaram em vigília para evitar que os manifestantes fossem atacados.

BRASÍLIA - Os cerca de 150 índios, quilombolas, marisqueiras e pescadores artesanais que ocuparam o plenário 1 da Câmara dos Deputados durante toda a noite de segunda-feira, 5, e madrugada de terça-feira, 6, deixaram, no início da manhã desta terça, o plenário da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas permaneciam no Congresso. O ato marca a passagem dos 27 anos da Constituição brasileira e é um protesto contra o descumprimento de garantias constitucionais e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera os procedimentos para a demarcação de terras. 

A ocupação do plenário começou à tarde, logo após sessão da Comissão de Direitos Humanos, presidida pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS) e da qual participou a vice-procuradora-geral da República, Débora Duprat. Os índios, representantes de comunidades de pelo menos seis Estados, decidiram permanecer no plenário e exigiam ser recebidos pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Índios ocupam plenário 1 da Câmara Foto: Estadão

A negociação foi intermediada por Pimenta, que abriu uma audiência pública da comissão para justificar a permanência dos ativistas. Por volta das 22h, Cunha afirmou que a sessão não estava autorizada e, a partir daquele momento, os manifestantes passariam a ser considerados invasores.

O presidente da Câmara se negou a receber representantes do grupo e determinou que as luzes e o ar condicionado fossem desligados, o que aconteceu por volta das 23h, provocando um breve momento de tensão.

Em microfone, no calor e no escuro, os indígenas cantavam, tocavam e davam testemunhos de violência e abuso policial em suas comunidades e criticavam o governo por omissão. “São 27 anos de direitos violados e violência contra nosso povo”, disse o líder Voninho Kaiowá, da etnia guarani-kaiowá, do Mato Grosso do Sul, onde há um mês uma liderança indígena foi morta a tiros.

Os discursos foram acompanhados de perto por homens da Polícia Legislativa Federal que posicionaram-se nas saídas do plenário equipados com escudos, capacetes e cassetetes.

Com ajuda de uma lanterna, Pimenta procurava uma tomada para carregar o celular e convocar outros parlamentares. Aos poucos, chegaram o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), Sibá Machado (AC), líder do PT, Alessandro Molon (Rede-RJ), Moema Gramacho (PT-BA), Odorico Monteiro (PT-CE), Bohn Gass (PT-RS) e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

O grupo se reuniu no corredor das comissões e decidiu entrar em contato novamente com Cunha para um novo apelo. Eles optaram por ligar de um telefone desconhecido do presidente da Câmara para evitar que a ligação fosse rejeitada. O telefonema ficou então a cargo de Lindbergh, que foi reconhecido e saudado de pronto por Cunha com um “diga, senador”.

Cunha, segundo o senador, ofereceu duas opções: aceitaria receber representantes indígenas ao meio-dia desta terça-feira se eles saíssem nesta madrugada ou deixaria eles ficarem até as 7h, mas sem recebê-los. As lideranças indígenas não aceitaram a saída imediata e abriram mão de serem recebidos.

“Ele pensou que cortando a luz vocês iam sair, colocando a tropa de choque vocês iam sair. Ele não sabia que o tiro ia sair pela culatra. É um desgaste maior para ele. A atitude truculenta deles fortaleceu vocês. Vocês podem sair e dizer que duelaram com o presidente Eduardo Cunha, esse que pensa que manda no Brasil, e venceram”, disse Lindbergh.

Resistência. Para espantar o sono, os indígenas, mesmo no escuro, cantaram e dançaram no plenário durante a madrugada. Desde o início da noite, eles aceitaram ficar sem cachimbo depois que a segurança da Casa informou que a fumaça poderia danificar obras de arte na sala. "A gente vai respeitar o patrimônio porque é nosso", disse um dos líderes do movimento.

Pimenta chegou a sugerir que eles cantassem o Hino Nacional, para ser uma música que "todos" soubessem cantar, já que alguns cantos indígenas não eram de domínio de todos. A sugestão, no entanto, foi prontamente recusada pelos indígenas, que preferiram entoar cantos tradicionais.

Ao longo da madrugada, os deputados se revezaram em vigília para evitar que os manifestantes fossem atacados.

BRASÍLIA - Os cerca de 150 índios, quilombolas, marisqueiras e pescadores artesanais que ocuparam o plenário 1 da Câmara dos Deputados durante toda a noite de segunda-feira, 5, e madrugada de terça-feira, 6, deixaram, no início da manhã desta terça, o plenário da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas permaneciam no Congresso. O ato marca a passagem dos 27 anos da Constituição brasileira e é um protesto contra o descumprimento de garantias constitucionais e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera os procedimentos para a demarcação de terras. 

A ocupação do plenário começou à tarde, logo após sessão da Comissão de Direitos Humanos, presidida pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS) e da qual participou a vice-procuradora-geral da República, Débora Duprat. Os índios, representantes de comunidades de pelo menos seis Estados, decidiram permanecer no plenário e exigiam ser recebidos pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Índios ocupam plenário 1 da Câmara Foto: Estadão

A negociação foi intermediada por Pimenta, que abriu uma audiência pública da comissão para justificar a permanência dos ativistas. Por volta das 22h, Cunha afirmou que a sessão não estava autorizada e, a partir daquele momento, os manifestantes passariam a ser considerados invasores.

O presidente da Câmara se negou a receber representantes do grupo e determinou que as luzes e o ar condicionado fossem desligados, o que aconteceu por volta das 23h, provocando um breve momento de tensão.

Em microfone, no calor e no escuro, os indígenas cantavam, tocavam e davam testemunhos de violência e abuso policial em suas comunidades e criticavam o governo por omissão. “São 27 anos de direitos violados e violência contra nosso povo”, disse o líder Voninho Kaiowá, da etnia guarani-kaiowá, do Mato Grosso do Sul, onde há um mês uma liderança indígena foi morta a tiros.

Os discursos foram acompanhados de perto por homens da Polícia Legislativa Federal que posicionaram-se nas saídas do plenário equipados com escudos, capacetes e cassetetes.

Com ajuda de uma lanterna, Pimenta procurava uma tomada para carregar o celular e convocar outros parlamentares. Aos poucos, chegaram o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), Sibá Machado (AC), líder do PT, Alessandro Molon (Rede-RJ), Moema Gramacho (PT-BA), Odorico Monteiro (PT-CE), Bohn Gass (PT-RS) e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

O grupo se reuniu no corredor das comissões e decidiu entrar em contato novamente com Cunha para um novo apelo. Eles optaram por ligar de um telefone desconhecido do presidente da Câmara para evitar que a ligação fosse rejeitada. O telefonema ficou então a cargo de Lindbergh, que foi reconhecido e saudado de pronto por Cunha com um “diga, senador”.

Cunha, segundo o senador, ofereceu duas opções: aceitaria receber representantes indígenas ao meio-dia desta terça-feira se eles saíssem nesta madrugada ou deixaria eles ficarem até as 7h, mas sem recebê-los. As lideranças indígenas não aceitaram a saída imediata e abriram mão de serem recebidos.

“Ele pensou que cortando a luz vocês iam sair, colocando a tropa de choque vocês iam sair. Ele não sabia que o tiro ia sair pela culatra. É um desgaste maior para ele. A atitude truculenta deles fortaleceu vocês. Vocês podem sair e dizer que duelaram com o presidente Eduardo Cunha, esse que pensa que manda no Brasil, e venceram”, disse Lindbergh.

Resistência. Para espantar o sono, os indígenas, mesmo no escuro, cantaram e dançaram no plenário durante a madrugada. Desde o início da noite, eles aceitaram ficar sem cachimbo depois que a segurança da Casa informou que a fumaça poderia danificar obras de arte na sala. "A gente vai respeitar o patrimônio porque é nosso", disse um dos líderes do movimento.

Pimenta chegou a sugerir que eles cantassem o Hino Nacional, para ser uma música que "todos" soubessem cantar, já que alguns cantos indígenas não eram de domínio de todos. A sugestão, no entanto, foi prontamente recusada pelos indígenas, que preferiram entoar cantos tradicionais.

Ao longo da madrugada, os deputados se revezaram em vigília para evitar que os manifestantes fossem atacados.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.