Teori: um gremista apaixonado por música clássica, que brincava sobre a fama repentina


Ministro do STF foi nomeado por Dilma Rousseff em 2014 e morreu na tarde desta quinta, 19, em acidente aéreo em Paraty (RJ)

Por Rafael Moraes Moura
Ministro faleceu nesta quinta, 19, em acidente aéreo em Paraty (RJ) 

BRASÍLIA - Catarinense de alma gaúcha, Teori Albino Zavascki era um ministro discreto, de perfil técnico, com sólida formação acadêmica, apaixonado por música clássica e torcedor do Grêmio, clube do qual foi conselheiro. Foi indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela então presidente Dilma Rousseff em setembro de 2012, na vaga aberta com a aposentadoria de Cezar Peluso.

Na época, a escolha de Dilma foi interpretada como uma tentativa de blindar o Palácio do Planalto contra pressões de setores do PT que se movimentavam no meio do julgamento do mensalão para patrocinar um nome ligado à legenda.

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De origem polonesa e italiana, Teori fez carreira no Rio Grande do Sul, onde se formou em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e depois se tornou mestre e doutor em direito processual pela mesma instituição. Foi professor de direito processual na Faculdade de Direito da UFRGS de 1987 a 2005.

Entre 1989 e 2003, integrou o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, com sede na cidade de Porto Alegre, onde foi presidente de 2001 a 2003. Em maio de 2003, tornou-se ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), depois de ser indicado no final de 2002 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Avesso aos holofotes, acreditava que a discrição fazia parte do ofício do juiz. Para preservar a integridade das investigações no âmbito da Operação Lava Jato, da qual era relator, evitava fazer comentários públicos sobre o trabalho, até como forma de manter a imparcialidade e não correr o risco de fazer pré-julgamentos. Entre colegas da Corte, era visto como um ministro íntegro, sério e firme.

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Em meio à rotina de trabalho no STF, Teori conseguia encontrar tempo para colocar um boné e caminhar na quadra onde vivia na Asa Sul, bairro nobre de Brasília. Nos últimos meses, fazia piada entre auxiliares sobre sair à rua e ser reconhecido por populares, levando sempre com bom humor o assédio das pessoas. Dentro do STF, quem lidou diretamente com ele o classifica como um ministro de humor elegante, fino, inteligente, que ouvia Chopin no gabinete.

Em dezembro, depois da última sessão plenária do STF, Teori conversou pela última vez com os repórteres que cobrem o Judiciário, classificando como "lamentável" o vazamento de parte do conteúdo da delação de executivos e ex-executivos da Odebrecht. O ministro havia prometido dar um "ritmo normal" à analise das delações, sem acelerar o processo. Também reconheceu que 2016 "foi um ano muito difícil para o Brasil" e afirmou "esperar que as coisas melhorem".

Em agosto de 2013, o ministro perdeu a sua mulher, Maria Helena Marques, que morreu aos 50 anos vítima de um câncer. Teori faleceu nesta quinta-feira aos 68 anos, deixando três filhos: Alexandre, Liliana e Francisco.

Ministro faleceu nesta quinta, 19, em acidente aéreo em Paraty (RJ) 

BRASÍLIA - Catarinense de alma gaúcha, Teori Albino Zavascki era um ministro discreto, de perfil técnico, com sólida formação acadêmica, apaixonado por música clássica e torcedor do Grêmio, clube do qual foi conselheiro. Foi indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela então presidente Dilma Rousseff em setembro de 2012, na vaga aberta com a aposentadoria de Cezar Peluso.

Na época, a escolha de Dilma foi interpretada como uma tentativa de blindar o Palácio do Planalto contra pressões de setores do PT que se movimentavam no meio do julgamento do mensalão para patrocinar um nome ligado à legenda.

De origem polonesa e italiana, Teori fez carreira no Rio Grande do Sul, onde se formou em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e depois se tornou mestre e doutor em direito processual pela mesma instituição. Foi professor de direito processual na Faculdade de Direito da UFRGS de 1987 a 2005.

Entre 1989 e 2003, integrou o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, com sede na cidade de Porto Alegre, onde foi presidente de 2001 a 2003. Em maio de 2003, tornou-se ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), depois de ser indicado no final de 2002 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Avesso aos holofotes, acreditava que a discrição fazia parte do ofício do juiz. Para preservar a integridade das investigações no âmbito da Operação Lava Jato, da qual era relator, evitava fazer comentários públicos sobre o trabalho, até como forma de manter a imparcialidade e não correr o risco de fazer pré-julgamentos. Entre colegas da Corte, era visto como um ministro íntegro, sério e firme.

Em meio à rotina de trabalho no STF, Teori conseguia encontrar tempo para colocar um boné e caminhar na quadra onde vivia na Asa Sul, bairro nobre de Brasília. Nos últimos meses, fazia piada entre auxiliares sobre sair à rua e ser reconhecido por populares, levando sempre com bom humor o assédio das pessoas. Dentro do STF, quem lidou diretamente com ele o classifica como um ministro de humor elegante, fino, inteligente, que ouvia Chopin no gabinete.

Em dezembro, depois da última sessão plenária do STF, Teori conversou pela última vez com os repórteres que cobrem o Judiciário, classificando como "lamentável" o vazamento de parte do conteúdo da delação de executivos e ex-executivos da Odebrecht. O ministro havia prometido dar um "ritmo normal" à analise das delações, sem acelerar o processo. Também reconheceu que 2016 "foi um ano muito difícil para o Brasil" e afirmou "esperar que as coisas melhorem".

Em agosto de 2013, o ministro perdeu a sua mulher, Maria Helena Marques, que morreu aos 50 anos vítima de um câncer. Teori faleceu nesta quinta-feira aos 68 anos, deixando três filhos: Alexandre, Liliana e Francisco.

Ministro faleceu nesta quinta, 19, em acidente aéreo em Paraty (RJ) 

BRASÍLIA - Catarinense de alma gaúcha, Teori Albino Zavascki era um ministro discreto, de perfil técnico, com sólida formação acadêmica, apaixonado por música clássica e torcedor do Grêmio, clube do qual foi conselheiro. Foi indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela então presidente Dilma Rousseff em setembro de 2012, na vaga aberta com a aposentadoria de Cezar Peluso.

Na época, a escolha de Dilma foi interpretada como uma tentativa de blindar o Palácio do Planalto contra pressões de setores do PT que se movimentavam no meio do julgamento do mensalão para patrocinar um nome ligado à legenda.

De origem polonesa e italiana, Teori fez carreira no Rio Grande do Sul, onde se formou em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e depois se tornou mestre e doutor em direito processual pela mesma instituição. Foi professor de direito processual na Faculdade de Direito da UFRGS de 1987 a 2005.

Entre 1989 e 2003, integrou o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, com sede na cidade de Porto Alegre, onde foi presidente de 2001 a 2003. Em maio de 2003, tornou-se ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), depois de ser indicado no final de 2002 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Avesso aos holofotes, acreditava que a discrição fazia parte do ofício do juiz. Para preservar a integridade das investigações no âmbito da Operação Lava Jato, da qual era relator, evitava fazer comentários públicos sobre o trabalho, até como forma de manter a imparcialidade e não correr o risco de fazer pré-julgamentos. Entre colegas da Corte, era visto como um ministro íntegro, sério e firme.

Em meio à rotina de trabalho no STF, Teori conseguia encontrar tempo para colocar um boné e caminhar na quadra onde vivia na Asa Sul, bairro nobre de Brasília. Nos últimos meses, fazia piada entre auxiliares sobre sair à rua e ser reconhecido por populares, levando sempre com bom humor o assédio das pessoas. Dentro do STF, quem lidou diretamente com ele o classifica como um ministro de humor elegante, fino, inteligente, que ouvia Chopin no gabinete.

Em dezembro, depois da última sessão plenária do STF, Teori conversou pela última vez com os repórteres que cobrem o Judiciário, classificando como "lamentável" o vazamento de parte do conteúdo da delação de executivos e ex-executivos da Odebrecht. O ministro havia prometido dar um "ritmo normal" à analise das delações, sem acelerar o processo. Também reconheceu que 2016 "foi um ano muito difícil para o Brasil" e afirmou "esperar que as coisas melhorem".

Em agosto de 2013, o ministro perdeu a sua mulher, Maria Helena Marques, que morreu aos 50 anos vítima de um câncer. Teori faleceu nesta quinta-feira aos 68 anos, deixando três filhos: Alexandre, Liliana e Francisco.

Ministro faleceu nesta quinta, 19, em acidente aéreo em Paraty (RJ) 

BRASÍLIA - Catarinense de alma gaúcha, Teori Albino Zavascki era um ministro discreto, de perfil técnico, com sólida formação acadêmica, apaixonado por música clássica e torcedor do Grêmio, clube do qual foi conselheiro. Foi indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela então presidente Dilma Rousseff em setembro de 2012, na vaga aberta com a aposentadoria de Cezar Peluso.

Na época, a escolha de Dilma foi interpretada como uma tentativa de blindar o Palácio do Planalto contra pressões de setores do PT que se movimentavam no meio do julgamento do mensalão para patrocinar um nome ligado à legenda.

De origem polonesa e italiana, Teori fez carreira no Rio Grande do Sul, onde se formou em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e depois se tornou mestre e doutor em direito processual pela mesma instituição. Foi professor de direito processual na Faculdade de Direito da UFRGS de 1987 a 2005.

Entre 1989 e 2003, integrou o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, com sede na cidade de Porto Alegre, onde foi presidente de 2001 a 2003. Em maio de 2003, tornou-se ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), depois de ser indicado no final de 2002 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Avesso aos holofotes, acreditava que a discrição fazia parte do ofício do juiz. Para preservar a integridade das investigações no âmbito da Operação Lava Jato, da qual era relator, evitava fazer comentários públicos sobre o trabalho, até como forma de manter a imparcialidade e não correr o risco de fazer pré-julgamentos. Entre colegas da Corte, era visto como um ministro íntegro, sério e firme.

Em meio à rotina de trabalho no STF, Teori conseguia encontrar tempo para colocar um boné e caminhar na quadra onde vivia na Asa Sul, bairro nobre de Brasília. Nos últimos meses, fazia piada entre auxiliares sobre sair à rua e ser reconhecido por populares, levando sempre com bom humor o assédio das pessoas. Dentro do STF, quem lidou diretamente com ele o classifica como um ministro de humor elegante, fino, inteligente, que ouvia Chopin no gabinete.

Em dezembro, depois da última sessão plenária do STF, Teori conversou pela última vez com os repórteres que cobrem o Judiciário, classificando como "lamentável" o vazamento de parte do conteúdo da delação de executivos e ex-executivos da Odebrecht. O ministro havia prometido dar um "ritmo normal" à analise das delações, sem acelerar o processo. Também reconheceu que 2016 "foi um ano muito difícil para o Brasil" e afirmou "esperar que as coisas melhorem".

Em agosto de 2013, o ministro perdeu a sua mulher, Maria Helena Marques, que morreu aos 50 anos vítima de um câncer. Teori faleceu nesta quinta-feira aos 68 anos, deixando três filhos: Alexandre, Liliana e Francisco.

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