A Marinha dos Estados Unidos divulgou que vai usar um tipo diferente de sonar durante exercícios na costa do Havaí, depois que ambientalistas ganharam um ordem de restrição temporária proibindo o serviço de usar um sonar de alta intensidade que poderia prejudicar os mamíferos marinhos. A ordem da juíza Florence-Marie Cooper veio depois que o Departamento de Defesa concedeu à Marinha a isenção por seis meses do Ato Federal de Proteção dos Mamíferos Marinhos, para permitir o uso do "sonar ativo de freqüência média". Ambientalistas argumentaram que a isenção tinha o objetivo de contornar o processo aberto por eles na semana passada para evitar que a Marinha fizesse uso do sonar no exercício Rimpac 2006. Advogados do governo estavam revendo o processo, e a Marinha deve recorrer em breve, disse Jon Yoshishige, um porta-voz da Frota do Pacífico americana no Havaí. Enquanto isso, os participantes do exercício multinacional vão procurar por submarinos usando o "sonar passivo", que foi historicamente usado nesses exercícios, disse o contra-almirante Barry Costello, comandante da 3ª Frota dos EUA. O sonar ativo localiza objetos analisando o som que bate neles e volta, enquanto o sonar passivo envolve a análise de ruídos gerados pelos objetos. Segundo Costello, o uso do sonar ativo para rastrear submarinos é uma perícia que pode se deteriorar com a falta de prática. "Os submarinos a diesel são a ameaça do futuro, e estão se proliferando no oeste do Pacífico", disse. "Eu sei que o sonar ativo é a única maneira eficaz de rastrear e mirar esses submarinos". A Marinha estima que as nações do oeste do Pacífico possuam pelo menos 140 submarinos a diesel. Os modelos mais novos são mais silenciosos e podem viajar por distâncias maiores sem ter que subir à superfície, tornando-os mais difíceis de detectar. Segundo os militares, o treino de caça a esses submarinos perto das ilhas havaianas é necessário, pois elas representam o tipo de ambiente em que é mais provável que se enfrente uma ameaça emergente de conflito de submarinos. Quarenta navios de oito países estão participando do Rimpac, os maiores jogos marítimos de guerra internacionais do mundo.